19 de Agosto de 2021
20a semana comum Quinta-feira
- por Pe. Alexandre
QUINTA FEIRA DA XX SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona da entrada
– Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar e contemplai a face do vosso ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil (Sl 83, 10)
Oração do dia
– Ó Deus, preparastes para quem vos amam bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Jz 11,29-39
– Leitura do livro dos Juízes: Naqueles dias, 29o espírito do Senhor veio sobre Jefté e ele, atravessando Galaad e Manassés, passou por Masfa e Galaad e de lá marchou contra os filhos de Amon. 30E Jefté fez um voto ao Senhor, dizendo: “Se entregares os amonitas em minhas mãos, 31a primeira pessoa que sair da porta de minha casa para vir ao meu encontro, quando eu voltar vencedor sobre os amonitas, pertencerá ao Senhor e eu a oferecerei em holocausto”. 32Jefté passou às terras dos amonitas para combater contra eles, e o Senhor entregou-os em suas mãos. 33E Jefté fez uma grande mortandade em vinte cidades, desde Aroer até a entrada de Menit e até Abel-Carmim, e assim os filhos de Amon foram subjugados pelos filhos de Israel. 34Quando Jefté voltou para sua casa em Masfa, sua filha veio-lhe ao encontro, dançando ao som do tamborim. Era a sua única filha, pois não tinha mais filhos. 35Ao vê-la, rasgou as vestes e bradou: “Ai, minha filha, tu me prostraste de dor! És a causa da minha desgraça! Pois fiz uma promessa ao Senhor e não posso voltar atrás”. 36Então ela respondeu: “Meu pai, se fizeste um voto ao Senhor, trata-me segundo o que prometeste, porque o Senhor concedeu que te vingasses de teus inimigos, os amonitas”. 37Depois, disse ao pai: “Concede-me apenas o que te peço: deixa-me livre dois meses para ir vagar pelos montes com minhas companheiras e chorar a minha virgindade”. 38“Vai!”, respondeu ele. E deixou-a partir por dois meses. Ela foi com suas companheiras chorar pelos montes a sua virgindade. 39aPassados os dois meses, voltou para o seu pai e ele cumpriu o voto que tinha feito.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 40, 5.7-8a.8b.9.10 (R: 8a.9a)
– Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
– É feliz quem a Deus se confia; quem não segue os que adoram os ídolos e se perdem por falsos caminhos.
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
– Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, e então eu vos disse: “Eis que venho!”
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
– Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!”
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
– Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Oxalá ouvísseis hoje sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba!
(Sl 94,8).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 22,1-14
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 1Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, 2dizendo: “O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. 3E mandou os seus empregados chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir. 4O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’ 5Mas eles não fizeram caso: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, 6outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. 7O rei ficou indignado e mandou suas tropas, para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. 8Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’. 10Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. 11Quando o rei entrou para ver os convidados observou ali um homem que não estava usando traje de festa 12e perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu. 13Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Ali haverá choro e ranger de dentes’. 14Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São João Eudes
- por Pe. Alexandre
O santo deste dia foi definido por São Pio X como “autor, pai, doutor, apóstolo, promotor e propagandista da devoção litúrgica aos sagrados Corações de Jesus e Maria”. São João Eudes nasceu na Normandia, em 1601, num tempo em que o século XVII estava sendo marcado pelo jansenismo, quietismo e filosofismo.
Ao viver numa família religiosa, João estranhou quando, externando seu desejo de consagrar-se a Deus, encontrou barreiras com o seu pai, que não foram maiores do que o chamado do Senhor. Por isso, com 24 anos, estava sendo ordenado sacerdote. Homem de Deus, soube colher e promover os frutos do Espírito para a época, tanto assim que foi importantíssimo para a renovação e formação do clero, evangelização das massas rurais e difusão da espiritualidade centrada nos Corações de Jesus e de Maria, a qual venceu com o amor afetivo de Deus as friezas e tentações da época.
São João Eudes, com suas inúmeras missões e escritos, influenciou fortemente todo o seu país e o mundo cristão. Depois de fundar a Congregação de Jesus e Maria (Eudistas), ao lado do ramo feminino chamada Refúgio de Nossa Senhora da Caridade, São João Eudes entrou no Céu em 1680, e foi canonizado em 1925.
São João Eudes, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Eles não fizeram caso… (Mt 22,1-14)
Um Rei celebra as bodas do Filho. Por meio dos servos, envia honroso convite àqueles que o próprio Rei selecionara para o banquete. O Rei desta parábola é Deus. O Filho é o Messias esperado pelos hebreus. A imagem do “banquete” é uma das figuras que o Antigo Testamento utiliza repetidamente para anunciar os tempos messiânicos, tempos de fartura, de leite e mel, de vinhos velhos e carnes medulosas… (Cf. Is 25,6; 55,2; Jl 2,19; Zc 8,12.)
Aqui ocorre uma fratura na narrativa. Os convidados recusam o convite, pois têm outros interesses, ocupações que não devem interromper: campos a trabalhar e negócios a realizar. Desprezando o excepcional favor que lhes é oferecido, chegam ao extremo de ultrajar e assassinar os enviados do Rei.
Os enviados, portadores do convite real, são perseguidos como Jeremias, decapitados como João Batista. Quem são os convidados preferenciais? O povo de Israel, “preferido” de Deus, ao qual “foram dadas a adoção, a glória, as alianças, a Lei, o culto, as promessas e os patriarcas” (cf. Rm 9,4-5).
Estamos diante de um terrível mistério: a recusa de Deus. A recusa da salvação. Em sua liberdade, o homem pode abraçar o mal e rejeitar o bem. Pode repelir a luz e mergulhar nas trevas. Nesse sentido, diríamos que Deus não nos condena, mas nós mesmos nos condenamos ao escolher outro deus, outro senhor, seja o dinheiro, o poder, a fruição dos prazeres ou nosso próprio EU.
A segunda parte da parábola mostra o afã do Rei em não deixar vazia a sala do banquete. Desta vez, são “ajuntados” os que estão à margem os “de fora”, que vagueiam pelos caminhos e encruzilhadas. Diante da recusa de Israel, também aos “pagãos” – “os que não eram povo” – é oferecida a veste branca, que S. Gregório Magno interpreta como a virtude da caridade.
Nós, cristãos, temos algo em comum com o povo da Primeira Aliança se nos sentimos especiais, privilegiados, ao compararmos nosso culto com as práticas dos animistas, seus fetiches, com os hindus e seus rituais de purificação. Cuidado! Podemos cair na armadilha criada por nosso próprio orgulho. Após décadas de missas e orações, meditações e penitências, podemos cair na ilusão de que Deus nos deve algo e – num acesso de loucura espiritual – apresentar ao Senhor uma fatura, cobrando a salvação. Ora, o banquete é puro dom. Pura graça. Nada merecido. Nada conquistado com suor e sacrifícios. Tão gratuito quanto a entrega de Jesus, em sua Paixão: puro ato de amor.
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