30º Domingo do Tempo Comum
Irmãos e irmãs, a paz!
Encontramos no Evangelho deste domingo, dois homens que subiram ao Templo para orar: um era fariseu, o outro publicano. Os fariseus consideravam-se puros e perfeitos cumpridores da Lei; os publicanos, que se encarregavam de arrecadar os impostos, eram tidos por homens que amavam mais os seus negócios do que o cumprimento da Lei.
No inicio da parábola percebemos que o fariseu entrou no Templo sem humildade. Ele é o centro dos seus pensamentos. Compara-se com os outros e considera-se superior. A soberba é o maior obstáculo que o homem opõe à graça de Deus.
Temos que fugir do exemplo e da oração do fariseu e aprender do publicano: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador. É uma jaculatória que podemos repetir muitas vezes, pois faz crescer na alma o amor à humildade, também quando rezamos.
O publicano dirige a Deus uma oração humilde e não confia nos seus méritos, mas na misericórdia divina: “Mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador”. O Senhor, que resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes, perdoa e justifica esse homem. Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro.
O publicano manteve-se à distância, e por isso Deus se aproximou dele mais facilmente. O Senhor comove-se diante de um coração humilde, e nele derrama as suas graças.
São João Crisóstomo dizia que era melhor ser pecador e humilde do que virtuoso e orgulhoso. Ele escreveu: “Imagina duas carroças: a uma delas você atrela a virtude e o orgulho, na outra, o pecado e a humildade, e verá que a carroça puxada pelo pecado adianta-se em relação ao da virtude, não em virtude da sua própria força, mas pela força da humildade que está junto”.
Com minha bênção,
Padre Alexandre Fernandes
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