29 de Dezembro de 2020
Oitava do Natal - Ano B. Terça-feira
- por Pe. Alexandre
TERÇA FEIRA DA OITAVA DO NATAL
(branco, glória, pref. do Natal – ofício do dia)
Antífona da entrada
– Deus amou tanto o mundo, que lhe deu o seu próprio Filho: quem nele crê não perece, mas possui a vida eterna (Jo 3,16).
Oração do dia
– Ó Deus invisível e todo-poderoso, que dissipastes as trevas do mundo com a vinda da vossa luz, volvei para nós o vosso olhar, a fim de que proclamemos dignamente a maravilhosa natividade do vosso Filho unigênito. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: 1Jo 2, 3-11
– Leitura da primeira carta de são João: Caríssimos, 3para saber que conhecemos Jesus, vejamos se guardamos os seus mandamentos. 4Quem diz: “Eu conheço a Deus”, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. 5Naquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado. O critério para sabermos se estamos com Jesus é este: 6quem diz que permanece nele, deve também proceder como ele procedeu. 7Caríssimos, não vos comunico um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes desde o início; este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. 8No entanto, o que vos escrevo é um mandamento novo – que é verdadeiro nele e em vós – pois que as trevas passam e já brilha a luz verdadeira. 9Aquele que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda está nas trevas. 10O que ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. 11Mas o que odeia o seu irmão está nas trevas, caminha nas trevas, e não sabe aonde vai, porque as trevas ofuscaram os seus olhos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 96,1-2a.2b-3.5b-6 (R: 11a)
– O céu se rejubile e exulte a terra!
R: O céu se rejubile e exulte a terra!
– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!
R: O céu se rejubile e exulte a terra!
– Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
R: O céu se rejubile e exulte a terra!
– Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus: diante dele vão a glória e a majestade, e o seu templo, que beleza e esplendor!
R: O céu se rejubile e exulte a terra!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Sois a luz que brilhará para os gentios e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2,32)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 2, 22-35
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– 22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, 26e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão recebeu-o nos braços e bendisse a Deus: 29 “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti uma espada te traspassará a alma”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Sagrada Família
- por Pe. Alexandre
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amem
Hoje a Igreja celebra a Solenidade da Sagrada Família de Nazaré. Na liturgia o trecho do Evangelho de Lucas apresenta-nos a Virgem Maria e são José que, fiéis à tradição, vão a Jerusalém para a Páscoa juntamente com Jesus, quando Ele tinha doze anos. A primeira vez que Jesus entrou no Templo do Senhor tinha sido quarenta dias depois do seu nascimento, quando os seus pais ofereceram por ele «um par de rolas ou duas pombinhas, o sacrifício dos pobres. Hoje Jesus está de novo no Templo, mas desta vez desempenha um papel diferente, que o envolve em primeira pessoa. Ele realiza, juntamente com Maria e José, a peregrinação a Jerusalém segundo quanto prescreve a Lei.
Contudo, quando os seus pais regressam a Nazaré, acontece algo inesperado: Ele, sem dizer nada, permanece na Cidade. Por três dias Maria e José o procuram e o encontram no Templo, em diálogo com os doutores da Lei e quando lhe pedem explicações, Jesus responde que não devem admirar-se porque aquele é o seu lugar, aquela é a sua casa, junto do Pai, que é Deus.
A preocupação de Maria e José por Jesus é a mesma de todos os pais que educam um filho, que o introduzem na vida e na compreensão da realidade. Portanto, hoje é indispensável dirigir uma oração especial ao Senhor por todas as famílias do mundo. Imitando a Sagrada Família de Nazaré, os pais se preocupem seriamente pelo crescimento e pela educação dos próprios filhos, a fim de que amadureçam como homens responsáveis e cidadãos honestos, sem nunca esquecer que a fé é um dom precioso que deve ser alimentado nos próprios filhos, inclusive com o exemplo pessoal.
Ao mesmo tempo, rezemos para que cada criança seja recebida como dom de Deus, apoiada pelo amor do pai e da mãe, para poder crescer como o Senhor Jesus, «em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens. O amor, a fidelidade e a dedicação de Maria e José sejam exemplo para todos os esposos cristãos, que não são os amigos ou os donos da vida dos seus filhos, mas os guardiães deste dom incomparável de Deus.
O silêncio de José, homem justo e o exemplo de Maria, que ponderava todas as coisas no seu coração, nos façam entrar no mistério cheio de fé e humanidade da Sagrada Família. Desejo a todas as famílias cristãs que vivam na presença de Deus, com o mesmo amor e a mesma alegria da família de Jesus, Maria e José.
Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós.
Benção final.
Meditação
- por Pe. Alexandre
Ele recebeu-o nos braços… (Lc 2,22-35)
O Velho Simeão representa bem aquela fatia do povo da Primeira Aliança que, como sentinela sobre a muralha, atravessara os séculos em atenta vigília, à espera do Messias prometido. Os ícones da Igreja do Oriente mostram o Menino todo luminoso nas mãos de Simeão, que tem os olhos fitos nos olhos Menino, a ponto de se poder traçar entre eles uma linha reta.
Como pano de fundo, a frase de seu Cântico, o “Nunc Dimittis”: “Meus olhos viram a tua salvação”. Cumprida a promessa de Deus, tendo já testemunhado a fidelidade de Deus, Simeão canta: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo!” Isto é, já posso morrer, pois vivi o momento-chave de minha vida.
Por isso mesmo, ao presenciar a chegada de José e de Maria, que traziam o Menino para sua apresentação no Templo do Senhor, Simeão estende prontamente os braços no gesto de acolhida. Este ancião é a imagem daqueles que, movidos pela Graça de Deus, abrem a Jesus a alma e o coração, tomando-o como centro e motivo de sua existência.
Mas permanece atual o grande mistério da recusa do Cristo. São ainda numerosos aqueles que não se abrem ao oferecimento gratuito de salvação, na pessoa de Jesus. Tal como no tempo de Cristo, quando muitos de seus contemporâneos o recusaram, em especial aqueles que teriam algo a perder – política ou financeiramente –com a adesão ao Mestre de Nazaré, também hoje há pessoas e grupos de coração empedernido, que movem contra Cristo e sua Igreja a mais feroz oposição.
Deixando de lado a hipótese de uma opção consciente pelo Anticristo, a atitude desse exército inimigo pode ser entendida como uma reação de defesa, apegados que estão a projetos e ideais que nascem da ambição e do ódio, da concupiscência e da luxúria, da ganância e do hedonismo pagão. Para eles, o Mártir do Calvário é permanente ameaça. Por isso guerreiam contra Ele, pensando com isso preservar sua liberdade e sua autonomia. Nada diferente do pecado das origens, quando o primeiro casal acatou a sugestão monstruosa de decidir, por conta própria, o que era o bem e o que era o mal… A mesma soberba, a mesma rebeldia.
E Simeão abraça o Menino, sabendo que nele está a sua razão de viver…
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