07 de Fevereiro de 2021

Quinta semana do tempo Comum Domingo

- por Pe. Alexandre

V DOMINGO DO TEMPO COMUM 
(verde, glória, creio, I semana do saltério)

 

Antífona da entrada

– Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus (Sl 94,6).

 

Oração do dia

– Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Jó 7,1-4.6-7

 

– Leitura do livro de Jó: Jó disse: 1“Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? Seus dias não são como dias de um mercenário? 2Como um escravo suspira pela sombra, como um assalariado aguarda sua paga, 3assim tive por ganho meses de decepção, e couberam-me noites de sofrimento. 4Se me deito, penso: Quando poderei levantar-me? E, ao amanhecer, espero novamente a tarde e me encho de sofrimentos até ao anoitecer. 6Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear e se consomem sem esperança. 7Lembra-te de que minha vida é apenas um sopro e meus olhos não voltarão a ver a felicidade!

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 147, 1-6 (R: 3a)

 

– Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações.

R: Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações.

 

– Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom, cantai ao nosso Deus, porque é suave: ele é digno de louvor, ele o merece! O Senhor reconstruiu Jerusalém, e os dispersos de Israel juntou de novo.

R: Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações.

 

– Ele conforta os corações despedaçados, ele enfaixa suas feridas e as cura; fixa o número de todas as estrelas e chama a cada uma por seu nome.

R: Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações.

 

– É grande e onipotente o nosso Deus, seu saber não tem medida nem limites. O Senhor Deus é o amparo dos humildes, mas dobra até o chão os que são ímpios.

R: Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações.

 

2ª Leitura: 1Cor 9,16-19.22-23

 

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos: 16Pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho! 17Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. 18Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, sem usar os direitos que o evangelho me dá. 19Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. 22Com os fracos, eu me fiz fraco, para ganhar os fracos. Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. 23Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 1,29-39

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

– Glória a vós, Senhor!  


Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los. 32À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era. 35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”.

39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

são Romualdo

- por Pe. Alexandre

São Romualdo abade e fundador (951-1027). O fundador do célebre Mosteiro de Camaldoli tem sua festa litúrgica comemorada a 9 de junho, dia de sua morte, mas a 7 de fevereiro se celebra o aniversário do traslado de seus restos mortais (conservados ainda hoje milagrosamente incorruptos) em Val de Castro, nos arredores de Camaldoli, em Fabiano.

Romualdo nasceu em Ravena, da nobre família dos Onesti. Esse nome, entretanto, não foi honrado devidamente pelo pai, pois este — segundo narram as crônicas — cometeu um crime presenciado involuntariamente por são Romualdo. O jovem ficou tão abalado pelo ocorrido, que decidiu fugir de casa e tornar-se monge na abadia beneditina de Classe, nas proximidades de Ravena.

Eleito abade desse mosteiro, permaneceu pouco tempo no exercício de suas funções. Aproximava-se o fim do milênio, e muitos cristãos acreditavam que o final do mundo iria chegar. Por isso, empreendiam extenuantes peregrinações penitenciais.

Também Romualdo — certamente não porque desse crédito a esse medo irracional — abandonou a tranquilidade da vida monástica e pôs-se a caminho, sem um destino preciso, visto ser por natureza inclinado à vida errática. Onde quer que se detivesse, dava origem a novos mosteiros. Destes, o mais famoso é precisamente o de Camaldoli, até hoje oásis de recolhimento religioso para os que — embora por curto espaço de tempo — desejam escapar do bulício do mundo.

Nesse recanto da província de Arezo, os beneditinos camaldulenses seguem um gênero de vida eremítica que conjuga a austera solidão dos monges orientais com o estilo de vida cenobítica observado no Ocidente pela regra de são Bento.

Contudo, nem mesmo o eremitério de Camaldoli teve o condão de deter o errático monge. Numerosas foram as etapas de seu eterno peregrinar. Renunciou, novamente, à função de abade, que lhe fora confiada pelo imperador Oto III, que o admirava.

Por fim, após haver convencido o pai a tornar-se monge na abadia de São Severo, procurou para si um refúgio mais seguro — primeiramente em Monte Cassino, a seguir em Verghereto, Lemo, Roma, Fontebuona, Valumbrosa e, ao final, Val de Castro, onde o colheu a morte. Mas, mesmo depois desta, como vimos, não teve moradia permanente.

Meditação

- por Pe. Alexandre

Foi para isso que eu vim… (Mc 1,29-39)

 

O Evangelho de Marcos reflete a pregação de Pedro em Roma. Hoje, tanto a narrativa da cura da sogra de Pedro quanto as anotações sobre o cuidado de Jesus de Nazaré com a multidão de doentes tiveram o Apóstolo como testemunha ocular de um “dia comum” de seu Mestre, cercado por todas as misérias humanas.

Mas Jesus não se concentra apenas na cura dos males físicos do homem, pois sua missão principal é de outra natureza: proclamar a Boa Nova. E ele acentua: “Foi para isso que eu vim”.

Frei Raniero Cantalamessa comenta a passagem:

 

“Podemos ver o nexo entre promoção humana e evangelização na própria narração evangélica de hoje, como, de resto, em tantas outras páginas evangélicas: Jesus cura os enfermos e, simultaneamente, prega o reino; multiplica o pão material e promete o pão do céu (cf. Jo 6); promove evangelizando e evangeliza promovendo.

 

O Evangelho emprega o mesmo verbo (sozo, em grego), seja para indicar a cura do corpo (o curar), seja para indicar a libertação da alma (o salvar). Cristo – e somente Ele – pode tornar o homem “são e salvo”. Nesta vida terrena, de forma progressiva, como sinal, promessa e esperança (cf. Rm 8,24: spe salvi [salvos pela esperança]); na vida eterna, de modo pleno e definitivo.”

 

Além do mais, Jesus sabia muito bem que sempre teríamos pobres (cf. Jo 12,8), e que o anúncio do Evangelho acabaria redundando em benefício deles.

 

A história testemunha que uma multidão de pessoas, após ouvirem o anúncio da Boa Nova de Jesus, reorientaram sua vida para a ação social e se dedicaram a fazer o que Jesus fazia: cuidar dos enfermos, ensinar e incentivar a fraternidade entre os homens. Os fundadores das ordens e congregações dedicadas à ação social foram homens e mulheres que ouviram e acolheram o Evangelho. Se não tivessem ouvido o Evangelho, sua “obra social” jamais teria existido.

 

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