19 de Outubro de 2020

29a semana do tempo comum Segunda-feira

- por Pe. Alexandre

SEGUNDA FEIRA DA XXIX SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, á sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16, 6.8).

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ef 2,1-10

– Leitura da carta de são Paulo aos Efésios: Irmãos, 1vós estáveis mortos por causa de vossas faltas e pecados, 2nos quais vivíeis outrora, quando seguíeis o deus deste mundo, o príncipe que reina entre o céu e a terra, o espírito que age agora entre os rebeldes. 3Nós éramos deste número, todos nós. Outrora nos abandonávamos às paixões da carne; satisfazíamos os seus desejos, seguíamos os seus caprichos e éramos por natureza como os demais, filhos da ira. 4Mas Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, 5quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos! 6Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus em virtude de nossa união com Jesus Cristo.
7Assim, pela bondade, que nos demonstrou em Jesus Cristo, Deus quis mostrar, através dos séculos futuros, a incomparável riqueza da sua graça. 8Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus! 9Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. 10Pois é ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 100,2-3.4-5 (R: 3b)

 

O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.
R: O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.

– Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!

R: O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.

– Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.

R: O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.

– Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor, dai-lhe graças, seu nome bendizei!

R: O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.

– Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!

R: O Senhor mesmo nos fez, e somos seus.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus (Mt 5,3).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 12, 13-21

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo: 13Alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: ‘Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo.’ 14Jesus respondeu: ‘Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?’ 15E disse-lhes: ‘Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens.’ 16E contou-lhes uma parábola: ‘A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo,
junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: – Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’ 20Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida.
E para quem ficará o que tu acumulaste?’ 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus.’

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Paulo da Cruz

- por Pe. Alexandre

Nasceu em Ovada (Itália) em 1694, de piedosos pais, que muito educaram o filho no Cristianismo. Foi o segundo de 16 filhos. Quando jovem de oração e contemplativo, fez uma aliança com colegas, a fim de meditarem a Paixão e morte de Jesus.

De início, trabalhou com o pai e não sentia o chamado ao sacerdócio, mas, ao apostolado. Aos 19 anos, ouvido uma exortação do pároco, sentiu-se profundamente comovido e resolveu entregar-se inteiramente ao serviço de Deus. Assim, partilhou com um Bispo, o impulso de propagar a devoção à Paixão e morte daquele que morreu por amor à humanidade e salvação de cada um.

Enviado pelo Bispo, tornou-se instrumento de conversão para milhares, até que o Bispo ordenou-o sacerdote e, mais tarde, o Papa deu a licença para aceitar candidatos em seu Noviciado.

Nasceu desta maneira a Congregação dos Padres Passionistas, com a finalidade de firmar nos corações dos fiéis um grande amor à Paixão e morte de Nosso Senhor, através das missões populares. Além da Congregação dos Passionistas, fundou também um instituto feminino de estrita clausura: as Irmãs Passionistas.

Profundo devoto da Sagrada Paixão, o fundador São Paulo da Cruz desde que começou o apostolado sozinho não abandonou o hábito preto, a cruz branca e as duras penitências, como se alimentar de pão e água e dormir no chão. Depois de muito evangelizar (também através de seus muitos escritos) e alcançar milagres para o povo, associou-se à Cruz e à Nossa Senhora das Dores, para entrar como vitorioso no Céu em 1775, somando 81 anos de idade. O Papa Pio IX canonizou-o em 1867. O seu corpo venera-se na basílica dos santos João e Paulo.

São Paulo da Cruz, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Esta noite, pedirão a tua alma… (Lc 12,13-21)

 

A parábola deste Evangelho fala de um homem avarento, cuja insensatez consiste em acumular bens além da conta, deixando de considerar que a vida passa, há de ter um fim, e deveremos prestar contas dos dons que nos foram concedidos.

 

Naturalmente, este avarento não vê seus bens como “dons”, mas imagina que eles são uma conquista de seu trabalho e, por isso mesmo, mera propriedade da qual pode dispor como bem entender. O infeliz acha “normal” acumular bens em excesso quando estes poderiam ser partilhados ou aplicados para benefício de outros.

 

Sua ilusão poderia ser contrabalançada se ele tivesse uma consciência clara da efemeridade desta vida. E o engano seria logo desfeito se levasse em conta que, ao final da existência, ele passaria por um julgamento e uma avaliação da forma como teria vivido o tempo a ele concedido. Afinal, também o tempo de viver é “dom” de Deus,

 

E não se trata de dizer que as coisas deste mundo não valem nada e, assim sendo, é melhor desprezá-las. Nada disso! As coisas deste mundo podem ter imenso valor quando utilizadas para o bem comum, para auxiliar os fracos e sustentar os pobres. Terras, rebanhos, dinheiro, máquinas, técnicas, habilidades, conhecimento – tudo tem valor quando promove a vida e o progresso dos outros. Assim, por exemplo, o empresário pode investir seus recursos para criar empregos e oferecer trabalho.

 

Evidentemente, Jesus não contou esta parábola para amedrontar ninguém. Ao contrário, ao realçar a brevidade desta vida, o Mestre pretende libertar-nos da escravidão que encarcera os avarentos. Uma vez livres, podemos relativizar os bens materiais e fazer deles ferramentas do bem. Deixarão de mofar nos cofres, de serem roídos pela traça, de atrair os assaltantes…

Quando o povo diz que “caixão não tem bolsos”, mostra sua compreensão dessa mesma lição que Jesus Cristo nos dá neste Evangelho. Gastar o tempo acumulando bens que não poderemos transportar para a vida eterna é um grave erro, suficiente para impedir que cheguemos a descobrir o sentido da existência.

Enfim, o avarento conta apenas consigo mesmo. Ele ignora que Deus é Pai. Ele não aprendeu a viver como filho de Deus…

 

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