A mulher sob o olhar de Deus (Padre Alexandre Fernandes)

Aos olhos do mundo a mulher empodera-se com a autossuficiência, independência e conquista de “tornar-se dona de
si mesma”. Em uma cultura em que o orgulho e o ego da mulher são superexaltados, como valorizar a mais humilde de todas as mulheres? Ora, se o olhar do mundo prevalece sobre as mulheres empoderadas de si mesmas, o olhar de Deus um dia pairou sobre aquela que seria o modelo de todas as mulheres, a mais bendita de todas justamente por ser a criatura mais humilde da face da Terra.

Nossa Senhora, a humilde serva de Deus soube O agradar em tudo porque não pensou em si, fixou os olhos somente no Senhor e em tudo realizou a Sua vontade: “A minh’alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Salvador! Porque olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita!” – Lc 1,46-48.

Mas, na sociedade atual que infla o ego das mulheres rumo a uma autonomia que as aproxima mais que tudo do egoísmo, como valorizar a virtude da humildade? E nesse viés, olhar para a Santíssima Virgem como um modelo não seria até contraditório?
Na contramão do mundo, podemos olhar para a mulher verdadeiramente empoderada aos olhos de Deus e veremos nela a Graça divina, a comunhão perfeita com o Senhor, as virtudes cristãs escritas em sua vida e sem dúvida reconheceremos a Virgem Maria.

Contrária ao orgulho e a soberba de um ego exaltado, a humildade encaixa-se perfeitamente como a virtude mais bela e primordial da mulher cristã. A humildade é a verdade de quem somos, pobres filhos de Deus pequeninos e dependentes totalmente de Sua graça. Por isso a mulher humilde não exalta a si mesma;

A mulher humilde tem o Senhor como o seu primeiro amor; Aquele que primeiro a amou, sonhou com ela; reconhece-se profundamente amada e querida e retribui o verdadeiro amor com a verdade do seu coração. Diante de Sua grandeza ela não tem medo de se entregar e de submeter-se inteiramente ao Seu senhorio imitando a mais humilde Serva – Nossa Senhora. Esvazia-se de suas prepotências, despe-se de sua autossuficiência e enche-se da Graça divina.

Cheia de graça semelhante à Virgem Maria, plena do verdadeiro Amor, a mulher cristã empoderada por Deus não é carente, não precisa das afirmações do mundo para se sentir inteira, pois Deus a valoriza – e isso basta.

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