01 de Agosto de 2020

17a 18a semana - Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO- SANTO AFONSO DE LIGÓRIO BISPO E DOUTOR
(branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

– Velarei sobre as minhas ovelhas, diz o Senhor; chamarei um pastor que as conduza e serei o seu Deus (Ez 34,11.23).

 

Oração do dia

– Ó Deus, que suscitais continuamente em vossa Igreja novos exemplos de virtude, dai-nos seguir de tal modo os passos do bispo santo Afonso Maria, no zelo pela salvação de todos, que alcancemos com ele a recompensa celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Jr 26,11-16.24

– Leitura do livro do profeta Jeremias: Naqueles dias, 11os sacerdotes e profetas dirigiram-se aos chefes e a todo o povo, dizendo: “Este homem foi julgado réu de morte, porque profetizou contra esta cidade, como ouvistes com vossos ouvidos”. 12Disse Jeremias aos dignitários e a todo o povo: “O Senhor incumbiu-me de profetizar para esta casa e para esta cidade através de todas as palavras que ouvistes. 13Agora, portanto, tratai de emendar a vossa vida e as obras, ouvi a voz do Senhor, vosso Deus, que ele voltará atrás da decisão que tomou contra vós. 14Eu estou aqui, em vossas mãos, fazei de mim o que vos parecer conveniente e justo, 15mas ficai sabendo que, se me derdes a morte, tereis derramado sangue inocente contra vós mesmos e contra esta cidade e seus habitantes, pois em verdade o Senhor enviou-me a vós para falar tudo isso a vossos ouvidos”. 16Os chefes e o povo em geral disseram aos sacerdotes e profetas: “Este homem não merece ser condenado à morte; ele falou-nos em nome do Senhor, nosso Deus”. 24Jeremias passou a ter proteção de Aicam, filho de Safã, para não cair nas mãos do povo e evitar ser morto.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 69, 15-16.30-31.33-34 (R: 14)

 

– No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!
R: No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!

– Retirai-me deste lodo, pois me afundo! Libertai-me, ó Senhor, dos que me odeiam, e salvai-me destas águas tão profundas! Que as águas turbulentas não me arrastem, não me devorem violentos turbilhões, nem a cova feche a boca sobre mim!

R: No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!

– Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus! Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria!

R: No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!

– Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.

R: No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

– Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, porque o reino dos céus há de ser deles (Mt 5,10).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 14,1-12

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

1Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. 2Ele disse a seus servidores: “É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele”. 3De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4Pois João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido tê-la como esposa”. 5Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. 6Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes 7que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 8Instigada pela mãe, ela disse: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista”. 9O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere. 11Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça e esta a levou a sua mãe. 12Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santo Afonso Maria de Ligório

- por Pe. Alexandre

Celebramos, neste dia, a memória de um santo Bispo e Doutor da Igreja que se tornou pelo seu testemunho “Patrono dos confessores e teólogos de doutrina moral”. Afonso Maria de Ligório nasceu em Nápoles, na Itália, em 1696, numa nobre família que, ao saber das qualidades do menino prodígio, proporcionaram-lhe o caminho dos estudos a fim de levá-lo à fama.

Com 16 anos doutorou-se em direito civil e eclesiástico e já se destacava em sua posição social quando se deparou, involuntariamente, sustentando uma falsidade, isto levou Afonso a profundas reflexões, a ponto de passar três dias seguidos em frente ao crucifixo. Escolhendo a renúncia profissional, a herança e títulos de nobreza, Santo Afonso acolheu sua via vocacional, já que o Senhor o queria advogando as causas do Cristo.

Santo Afonso Maria de Ligório colocou todos os seus dons a serviço do Reino dos Céus, por isso, como sacerdote, desenvolveu várias missões entre os mendigos da periferia de Nápoles e camponeses; isto até contagiar vários e fundar a Congregação do Santíssimo Redentor, ou Redentoristas. Depois de percorrer várias cidades e vilas do sul da Itália convertendo pecadores, reformando costumes e santificando as famílias, Santo Afonso de Ligório, com 60 anos, foi eleito Bispo e assim pastoreou com prudência e santidade o povo de Deus, mesmo com a realidade de ter perdido a amizade do Papa e sido expulso de sua fundação.

Entrou no Céu com 91 anos, depois de deixar vários escritos sobre a Doutrina Moral, sobre a devoção ao Santíssimo Sacramento e a respeito da Mãe de Deus, sendo o mais conhecido: “As Glórias de Maria”.

Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós!

- por Pe. Alexandre

Não te é permitido viver com ela! (Mt 14, 1-12)

 

Herodes Antipas, rei da Galiléia e da Peréia, casado com a filha de um rei da Arábia, tomou também a mulher de seu irmão Herodes Filipe, Herodíades, e fez dela a sua concubina. Em sua pregação no Jordão, quando convidava o povo à conversão, preparando-se para a chegada do Reino de Deus, João Batista denunciava também a conduta imoral do rei, provocando a ira da concubina. Temendo a reação do povo, Herodes mandou prendê-lo.

Admirável a coragem e a santa ousadia do Batizador, acusando a corrupção do poderoso, mesmo com o risco de sua própria vida. Agindo assim, João se colocava na mais legítima linha de denúncia profética do Antigo Testamento, trilhando os passos de Isaías, Jeremias e Amós, tantas vezes perseguidos e denunciados como perturbadores da ordem pública,

Hoje, a Igreja Católica também assume uma estatura profética, quando defende os valores do Evangelho e tem a coragem de se postar na contramão do mundo que vai retornando ao primitivo paganismo. Ao condenar o aborto e a eutanásia, ao recusar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a dissolução do matrimônio cristão, a Igreja demonstra sua fidelidade à Palavra de Deus.

Acusada de retrógrada e conservadora, na verdade a Igreja traz uma moral “nova” – a moral que veio com a pregação do Evangelho e provocou a admiração e a conversão das nações pagãs. Ao contrário, quem caminha para trás, merecendo o rótulo de atraso – são os que pretendem “direitos” que as antigas tribos pagãs já exercitavam antes de sua evangelização: o “direito” de eliminar crianças defeituosas, assassinar anciãos incômodos e tratar a mulher como um objeto.

João Paulo II, com suas encíclicas de conteúdo moral (como Veritatis Splendor e Evangelium Vitae), é um exemplo recente da luta da Igreja na defesa da verdade e da vida, orientando toda a sociedade para a retomada de uma reflexão sobre os aspectos éticos de nossa existência. Mesmo em ambientes não-cristãos, erguem-se vozes de peso que clamam por uma reforma moral da sociedade.

Nos ambientes em que vivo e convivo, tenho a coragem de defender os valores do Evangelho? Ou me calo diante da pregação do ateísmo e da libertinagem de costumes?

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