01 de Julho de 2021

13a semana comum- Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA – XIII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – Ofício do dia)

 

Antífona da entrada

– Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria. (Sl 46,2)

Oração do di

– Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Gn 22,1-19

– Leitura do livro do Gênesis: Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um monte que eu te indicar”. 3Abraão levantou-se bem cedo, selou o jumento, tomou consigo dois dos seus servos e seu filho Isaac. Depois de ter rachado lenha para o holocausto, pôs-se a caminho, para o lugar que Deus lhe havia ordenado. 4No terceiro dia, Abraão, levantando os olhos, viu de longe o lugar. 5Disse, então, a seus servos: “Esperai aqui com o jumento, enquanto eu e o menino vamos até lá. Depois de adorarmos a Deus, voltaremos a vós”. 6Abraão tomou a lenha para o holocausto e a pôs às costas do seu filho Isaac, enquanto ele levava o fogo e a faca. E os dois continuaram caminhando juntos. 7lsaac disse a Abraão: “Meu pai”. “Que queres, meu filho?”, respondeu ele. E o menino disse: “Temos o fogo e a lenha, mas onde está a vítima para o holo­causto?” 8Abraão respondeu: “Deus providenciará a vítima para o holocausto, meu filho”. E os dois continuaram caminhando juntos. 9Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho. 11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!” 12E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”. 13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho. 14Abraão passou a chamar aquele lugar: “O Senhor providenciará”. Donde até hoje se diz: “O monte onde o Senhor providenciará”. 15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu, 16e lhe disse: “Juro por mim mesmo — oráculo do Senhor —, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descenden­tes conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeces­te”. 19Abraão tornou para junto dos seus servos, e, juntos, puse­ram-se a caminho de Bersabeia, onde Abraão passou a morar.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 115,1-2.3-4.5-6.8-9 (R: 9)

 

Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.
R: Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

– Eu amo o Senhor, porque ouve o grito da minha oração. Inclinou para mim seu ouvido, no dia em que eu o invoquei.

R: Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

– Prendiam-me as cordas da morte, apertavam-me os laços do abismo; invadiam-me angústia e tristeza: eu então invoquei o Senhor “Salvai, ó Senhor, minha vida!”

R: Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

– O Senhor é justiça e bondade, nosso Deus é amor-compaixão. É o Senhor quem defende os humildes: eu estava oprimido, e salvou-me.

R: Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

– Libertou minha vida da morte, enxugou de meus olhos o pranto e livrou os meus pés do tropeço. Andarei na presença de Deus, junto a ele na terra dos vivos.

R: Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Em Cristo, Deus reconciliou consigo mesmo a humanidade; e a nós ele entregou essa reconciliação (2Cor 5,19).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 9,1-8

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

– Naquele tempo, 1entrando em um barco, Jesus atravessou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. 2Apresentaram-lhe, então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!” 3Então alguns mestres da Lei pensaram: “Esse homem está blasfemando!” 4Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse: “Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? 5O que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’? 6Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, — disse, então, ao paralítico — “Levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua casa”. 7O paralítico então se levantou, e foi para a sua casa. 8Vendo isso, a multidão ficou com medo e glorificou a Deus, por ter dado tal poder aos homens.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santo Aarão

- por Pe. Alexandre

Pertencente aos santos do Antigo Testamento, o santo de hoje era o irmão mais velho de Moisés. O primeiro sumo sacerdote dos hebreus foi um importante colaborador no reenvio do povo eleito liberto da escravidão do Egito à Terra Prometida.

Seu testemunho está nas Sagradas Escrituras no Pentateuco, no Salmo 98 e no livro do Eclesiástico.

“Exaltou também a Aarão, santo como ele, seu irmão, da tribo de Levi. Confirmou para ele uma aliança eterna, deu-lhe o sacerdócio do seu povo, encheu-o de felicidade e de glória. Moisés consagrou-lhe as mãos e o ungiu com o óleo santo. Foi-lhe, pois, concedido por aliança eterna, a ele e à sua descendência, enquanto durar o céu: servir ao Senhor e exercer o sacerdócio, e abençoar o povo em seu nome” (Eclo 45,7-8.18-19).

Aos 83 anos de idade, apresentou-se ao faraó, junto com Moisés, e foi autor dos milagres das três primeiras pragas. Durante o tempo em que o irmão esteve no monte Sinai para receber os mandamentos de Deus, ficou responsável por conduzir o povo, porém, acabou cedendo ao desejo do povo de construir uma imagem de Deus. Segundo a simbologia semiótica, a figura criada trata-se de um “bezerro de ouro”.

Morreu nas proximidades de Cades, aos pés do monte Hor, depois de ter sido despojado por Moisés das insígnias sacerdotais em favor de Eleazar. Durante 30 dias, o povo guardou luto por ele, considerando-o grande e semelhante a Moisés.

Aarão é exemplo de fidelidade e de ‘sim’ a Deus.

Santo Aarão, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Teus pecados são perdoados! (Mt 9,1-8)

Deus é assim: sempre exagerado! Só queríamos andar de novo, mas ele vem e perdoa nossos pecados. Hébert Roux, pastor da Igreja Reformada, observador junto ao Concílio Vaticano II, comenta este Evangelho:

“Ao longo de toda esta passagem, corre um frêmito de alegria e de esperança. As testemunhas estão perturbadas e comovidas, e pressentem por trás da cura e da libertação a mão de Deus que faz novas todas as coisas e muda a face do mundo.

Ao mesmo tempo, porém, diante desses sinais anunciadores, tudo aquilo que se sente ameaçado e questionado pela novidade do Evangelho se põe a reagir e se inquietar: reservas, objeções, acusações são formuladas, contestando a Jesus sua qualidade de Messias.

Assim Deus age sempre: diante da manifestação de seu Reino e de seu poder, dividem-se os espíritos e os corações, entre a alegria e o medo, esperança e terror, fé e incredulidade. Há os que acolhem o Reino, há quem o rejeite; alguns são conquistados, para outros Jesus se torna ocasião de queda.

Pela primeira vez, vemos Jesus proclamar o perdão dos pecados. Esta é a forma concreta e pessoal que assume a Boa Nova quando ela é dirigida a alguém. Aqui, Jesus ordena ao infeliz que “tenha coragem” porque seus pecados lhe são perdoados. E o chama “meu filho”.

Esta palavra não é um encorajamento banal, como podem distribuir os médicos; nem é uma promessa para mais tarde. Jesus afirma como um fato que esse homem, por ele acolhido como um pai acolhe seu filho, já recebeu o perdão de seus pecados. E isso é verdade simplesmente porque Jesus o declara.

Não se diz que o paralítico viera a Jesus para isso. Se ele pretendia algo, exatamente, era a libertação do mal que o mantinha preso ao leito. No entanto, é isto que Jesus lhe dá, de início, por sua palavra: o perdão dos pecados. E não acontece nada mais: o homem continua preso à sua enfermidade física.

Diante de tal palavra, é preciso decidir-se: ou tomá-la como verdadeira ou rejeitá-la. Se não se crê que Jesus tem esse poder, só se pode recusar sua graça e tratá-lo como blasfemo. É o que fazem os escribas. Mas o milagre vem confundir sua incredulidade. À declaração do perdão dos pecados, Jesus acrescenta a cura física, a fim de que saibam que, ao duvidar de sua palavra, eles tinham duvidado de Deus.”

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