01 de Julho de 2022

13a Semana do Tempo Comum Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA – XIII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – Ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria. (Sl 46,2)

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Am 8,4-6.9-12

 

– Leitura da profecia de Amós: 4Ouvi isto, vós que maltratais os humildes e causais a prostração dos pobres da terra; 5vós que andais dizendo: “Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria? E o sábado, para darmos pronta saída ao trigo, para diminuir medidas, aumentar pesos, e adulterar balanças, 6e dominar os pobres com dinheiro e os humildes com um par de sandálias, e para pôr à venda o refugo do trigo?  9Acontecerá que naquele dia, diz o Senhor Deus, farei com que o sol se ponha ao meio-dia e em pleno dia escureça a terra; 10mudarei em luto vossas festas e em pranto todos os vossos cânticos; farei vestir saco a todas as cinturas e tornarei calvas todas as cabeças, o país porá luto, como por um filho único, e o final desse dia terminará em amargura. 11Eis que virão dias, diz o Senhor, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor. 12Os homens vaguearão de um mar a outro mar, circulando do norte para o oriente, em busca da palavra do Senhor, mas não a encontrarão.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 119,2.10.20.30.40.131 (R: Mt 4,4)

 

– O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.

R: O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.

 

Feliz o homem que observa seus preceitos e de todo o coração procura a Deus!

R: O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.

 

De todo coração eu vos procuro, não deixeis que eu abandone a vossa lei!

R: O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.

 

– Minha alma se consome o tempo todo em desejar as vossas justas decisões.

R: O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.

 

– Escolhi seguir a trilha da verdade, diante de mim eu coloquei vossos preceitos.

R: O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.

 

Como anseio pelos vossos mandamentos! Dai-me a vida, ó Senhor, porque sois justo!

R: O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.

 

Abro a boca e aspiro largamente, pois estou ávido de vossos mandamentos.

R: O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 9,9-13

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 9Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me! ” Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores? ” 12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13A­prendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santo Aarão

- por Pe. Alexandre

Pertencente aos santos do Antigo Testamento, o santo de hoje era o irmão mais velho de Moisés. O primeiro sumo sacerdote dos hebreus foi um importante colaborador no reenvio do povo eleito liberto da escravidão do Egito à Terra Prometida.

Seu testemunho está nas Sagradas Escrituras no Pentateuco, no Salmo 98 e no livro do Eclesiástico.

“Exaltou também a Aarão, santo como ele, seu irmão, da tribo de Levi. Confirmou para ele uma aliança eterna, deu-lhe o sacerdócio do seu povo, encheu-o de felicidade e de glória. Moisés consagrou-lhe as mãos e o ungiu com o óleo santo. Foi-lhe, pois, concedido por aliança eterna, a ele e à sua descendência, enquanto durar o céu: servir ao Senhor e exercer o sacerdócio, e abençoar o povo em seu nome” (Eclo 45,7-8.18-19).

Aos 83 anos de idade, apresentou-se ao faraó, junto com Moisés, e foi autor dos milagres das três primeiras pragas. Durante o tempo em que o irmão esteve no monte Sinai para receber os mandamentos de Deus, ficou responsável por conduzir o povo, porém, acabou cedendo ao desejo do povo de construir uma imagem de Deus. Segundo a simbologia semiótica, a figura criada trata-se de um “bezerro de ouro”.

Morreu nas proximidades de Cades, aos pés do monte Hor, depois de ter sido despojado por Moisés das insígnias sacerdotais em favor de Eleazar. Durante 30 dias, o povo guardou luto por ele, considerando-o grande e semelhante a Moisés.

Aarão é exemplo de fidelidade e de ‘sim’ a Deus.

Santo Aarão, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Levantou-se e o seguiu… (Mt 9,9-13)

 

Neste Evangelho, o próprio autor nos relata a cena de sua vocação. E o faz com discrição, objetivo e sóbrio: um olhar… um chamado… um seguimento.

 

Como observa Hébert Roux, “não se discute a obediência da fé”. E isto me faz lembrar tantas pessoas que buscaram aconselhamento vocacional, mas se mostravam avessas a obedecer, com um discurso cheio de conjunções adversativas: mas… porém… todavia… Queriam seguir a Jesus – diziam elas – mas sem riscos, sem aventuras, com a posse prévia de garantias e seguranças.

 

Roux prossegue: “Doravante, o cobrador de impostos Mateus não se pertence mais. Ele nada nos diz sobre aquilo que tanto gostaríamos de saber, nada de circunstâncias pessoais, de suas disposições interiores quando Jesus o chamou. Isto não interessa. Ele não conta a si mesmo. E fala do acontecimento como se se tratasse de outra pessoa. Mateus se apaga para apontar apenas Jesus”.

 

Não é curioso? No cenário da vocação, quem deve estar no centro: aquele que é chamado? Ou Aquele que chama? Enquanto o eventual missionário está centrado em si mesmo, enquanto sua pessoa não se con-centra no Cristo que chama, dificilmente dará o passo, desatando as amarras que o prendem ao próprio eu, com suas preferências e comodidades.

 

E isto me lembra o seminário de certa congregação religiosa, onde cada seminarista ocupa sua própria “suíte”, com ar condicionado, TV e frigobar. E as estatísticas mostrando que, historicamente, a maioria dos padres e freiras é proveniente de famílias pobres, isto é, os que pouco têm a perder…

 

Pois Mateus abre mão de tudo diante do chamado de Jesus. De imediato, vemos o Mestre em casa de Mateus, o publicano, o cobrador de impostos execrado pelos compatriotas judeus em tempo de dominação romana. Os fariseus – isto é, os “certinhos” – se espantam com essa con-vivência. Por que na casa do pecador? Por que não em nossa casa? A resposta é simples, devia ser óbvia: Jesus visita aquele que abre espaço em sua vida. Jesus visita aquele que se esvazia por ele. Jesus não encontra espaço em quem está cheio de si, de suas garantias e seguranças.

 

            De que adianta cumprir ritos e preceitos, se não estamos dispostos a obedecer à vontade de Deus?

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