01 de Outubro de 2022

26a Semana do Tempo Comum- Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – SANTA TERESINHA – VIRGEM E DOUTORA

(branco, pref. comum ou das virgens – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Deus cercou-a de cuidados e a instruiu, guardou-a como a pupila dos seus olhos. Ele abriu suas asas como águia e em cima dos seus ombros a levou. É só ele, o Senhor, foi o seu guia (Dt 32,10s).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que preparais o vosso Reino para os pequenos e humildes, dai-nos seguir confiantes o caminho de Santa Teresinha, para que, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Jó 42,1-3.5-6.12-16

 

– Leitura do livro de Jó – 1Jó respondeu ao Senhor, dizendo: 2“Reconheço que podes tudo e que para ti nenhum pensamento é oculto. – 3Quem é esse que ofusca a Providência, sem nada entender? – Falei, pois, de coisas que não entendia, de maravilhas que ultrapassam a minha compreensão. 5Conhecia o Senhor apenas por ouvir falar, mas, agora, eu o vejo com meus olhos. 6Por isso me retrato e faço penitência no pó e na cinza”. 12O Senhor abençoou a Jó no fim de sua vida mais do que no princípio; ele possuía agora catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas. 13Teve outros sete filhos e três filhas: 14a primeira chamava-se “Rola”, a segunda “Cássia”, e a terceira “Azeviche”. 15Não havia em toda a terra mulheres mais belas que as filhas de Jó. Seu pai lhes destinou uma parte da herança, entre os seus irmãos. 16Depois desses acontecimentos, Jó viveu cento e quarenta anos, e viu seus filhos e os filhos de seus filhos até a quarta geração. E Jó morreu velho e repleto de anos.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 119,66.71.75.91.125.130 (R:135a)

 

– Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.

R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.

 

– Dai-me bom senso, retidão, sabedoria, pois tenho fé nos vossos santos mandamentos!

R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.

 

– Para mim foi muito bom ser humilhado, porque assim eu aprendi vossa vontade!

R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.

 

– Sei que os vossos julgamentos são corretos, e com justiça me provastes, ó Senhor!

R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.

 

– Porque mandastes, tudo existe até agora; todas as coisas, ó Senhor, vos obedecem!

R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.

 

– Sou vosso servo: concedei-me inteligência, para que eu possa compreender vossa Aliança!

R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.

 

– Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos.

R: Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Graças te dou ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelastes os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 10,17-24

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 17os setenta e dois voltaram muito contentes, dizendo: “Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa do teu nome”. 18Jesus respondeu: “Eu vi Satanás cair do céu, como um relâmpago. 19Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal. 20Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu”. 21Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santa Teresinha do Menino Jesus

- por Pe. Alexandre

“Não quero ser santa pela metade, escolho tudo.”

A santa de hoje nasceu em Alençon (França), no dia 02 de janeiro de 1873; e morreu no dia 30 de setembro de 1897, com apenas 24 anos e 271 dias. Nascida em uma família de ótimas condições financeiras e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula, Teresa; quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa, que também se tornaram freiras (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Com a autorização do Papa Leão XIII, Teresinha pode entrar no Mosteiro das Carmelitas, em Lisieux, com apenas 15 anos de idade.

À primeira vista, parece que Teresinha foi santa desde a sua infância, porém, sua história revela um caminho de amadurecimento à custa de muitos sofrimentos, como por exemplo: A perda de sua mãe quando tinha 4 anos e 8 meses, por conta do câncer; a ida de suas irmãs para o carmelo; separar-se de seu pai e vê-lo sofrer de problemas psiquiátricos; por fim, a tuberculose e outros problemas de enfermidade nos seus últimos anos de vida. Tudo isso levou essa mulher a oferecer-se em holocausto à Misericórdia Divina, dia após dia de sua vida, com muita simplicidade e pequenez.

Depois da morte de sua mãe, a menina desenvolveu uma grande sensibilidade e se achava sempre entristecida e abatida, chorava muito. Porém, aos 10 anos, ela fez uma experiência com Nossa Senhora que ficou em sua vida: “No dia 13 de maio de 1883, festa de Pentecostes, do meu leito, virei meu olhar para a imagem de Maria, e, de repente, a imagem pareceu-me bonita, tão bonita que nunca tinha visto nada semelhante. Seu rosto exalava uma bondade e ternura inefáveis, mas o que calou fundo em minha alma foi o sorriso encantador da Santíssima Virgem. Todas as minhas penas se foram naquele momento, e lágrimas escorreram de meus olhos, de pura alegria. Pensei, a Santíssima Virgem sorriu para mim, foi por causa das orações que eu tive a graça do sorriso da Rainha do Céu” (História de uma alma).

Teresinha também fez uma profunda experiência com o natal, tendo o menino Jesus como doador de uma “total conversão”, aos seus 13 anos de idade, no ano de 1883. Depois disso, sua vida foi transformada e ela começou a dar grandes passos na vida espiritual. Esse fato foi tão importante a ponto de levá-la a assumir o nome de Teresinha do Menino Jesus.

Ao entrar no Carmelo, dedicou-se a rezar pela conversão das almas e pelos sacerdotes. Porém, trazia em seu coração o grande desejo de ser missionária, queria anunciar o evangelho aos cinco continentes do mundo. Até que descobriu no amor um caminho de perfeição: “no coração da Igreja, serei o amor. Assim, serei tudo, e nada impossibilitará meu sonho de tornar-se realidade” (História de uma alma). Logo após a sua morte, seria colocada como padroeira universal das missões católicas pelo Papa Pio XI.

Através do amor, desenvolveu a infância espiritual ou pequena via. Essa consiste na extrema confiança em um Deus que é Pai, o que foi consequência do seu relacionamento com seu pai Luís. Ele levou sua filha a olhar a Deus como um pai bondoso, amoroso e misericordioso. Por isso, pôde confiar e se lançar sem reservas nos braços d’Aquele que a leva como um elevador através de sua graça. Esse relacionamento filial gerou um transbordar de caridade, generosidade e gratuidade, por parte da santa que desembocou na vivência com suas irmãs religiosas. Em sua extrema humildade, acreditava que o caminho era ser como criança diante de Deus, assim buscava sempre rebaixar-se na vida fraterna e amar sem reservas. Tudo isso, levou-a a renovar a espiritualidade carmelita de João da Cruz (Doutor do “tudo ou nada”), vendo nessa caridade gratuita o caminho perfeito. “No crepúsculo desta vida aparecerei diante de vós (Deus) com as mãos vazias” (História de uma alma), ou seja, nem apresentar méritos ou obras, simplesmente confiando no amor gratuito de Deus, que é Pai e nos salva (Cf. 1 Jo 4, 17). Essa experiência fez com que o Papa João Paulo II a proclamasse doutora da Igreja, no dia 19 de outubro de 1997.

Em seu leito de morte, com apenas 24 anos, disse suas últimas palavras: “Oh!…amo-O. Deus meu,…amo-Vos!”. Após a sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos que se tornaram mundialmente reconhecidos. Assim realizou a sua promessa de espalhar uma chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. Sua beatificação aconteceu em 1923; e foi canonizada por Pio XI em 1925, que a chamava de “uma palavra de Deus”.

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Voltaram alegres… (Lc 10,17-24)

 

Eram setenta e dois. Tinham saído em duplas para a missão que o Mestre lhes confiara: anunciar a paz e a proximidade do Reino de Deus (cf. Lc 10,5.9). Devem ter experimentado situações bem diversas: a boa acolhida dos corações generosos, mas também a surda aversão dos corações petrificados. Apesar de tudo, voltaram alegres…

Com certeza, terão curados os doentes em nome de Jesus. Terão libertado os possessos no mesmo poder. Por outro lado, hão de ter passado fome ou sede, noites mal dormidas, enfrentando caminhos ásperos e vento contrário. Mas voltaram alegres…

Todo cristão que assumiu uma missão em nome de Jesus já experimentou situações semelhantes. Isto inclui os pais que educam os filhos no caminho do bem. Inclui os educadores que orientam os jovens nos caminhos tortuosos do mundo pagão. Inclui os profissionais que procuram fazer o bem na contramão do utilitarismo reinante. Também eles hão de voltar alegres…

Jesus, porém, faz uma observação aos missionários que regressam: não se alegrem tanto por terem vencido o mal – “Eu vi Satanás cair do céu”, diz Jesus -, mas o motivo profundo de sua alegria deve ser o fato de que os nomes deles foram escritos no céu. Sua participação na missão de Jesus produziu uma gravação indelével no coração de Deus.

Nosso mundo é bem triste. Quem contempla a multidão que passa pelas avenidas de nossas cidades registra essa tristeza nos lábios contraídos, nos olhares perdidos, nos semblantes vazios. É esta mesma multidão que busca em vão a alegria em um copo de cerveja, em um churrasco de fim de semana, nas tribos do campo de futebol. E todo Carnaval acaba em cinzas…

Ao contrário, aquele que ouviu o chamado de Cristo e assumiu sua missão de transmitir a paz e aproximar as pessoas de Deus, sabe qual é a fonte da alegria. Não a alegria muscular, epidérmica, dos movimentos de massa. Não a agitação hipnótica de um show de rock, mas a alegria profunda, irmã da paz, sinônima de “letícia”, que brota da certeza de ter cumprido a vontade de Deus e ter realizado aquilo que corresponde à sua verdade interior.

 

Ao fim da missão, pés feridos e empoeirados, cada enviado pode dizer a si mesmo: “Agora, eu sei quem sou…”

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