01 de Setembro de 2021

22a semana comum Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA – XXII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

– Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam Sl 85,3.5).

 

Oração do dia

 

– Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Cl 1,1-8

 

– Início da carta de são Paulo aos Colossenses: 1Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, e o irmão Timóteo, 2aos santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossas: graça e paz da parte de Deus nosso Pai. 3Damos graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, sempre rezando por vós, 4pois ouvimos acerca da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que mostrais para com todos os santos, 5animados pela esperança na posse do céu. Disso já ouvistes falar no Evangelho, cuja palavra de verdade chegou até vós. 6E como no mundo inteiro, assim também entre vós ela está produzindo frutos e se desenvolve desde o dia em que ouvistes a graça divina e conhecestes verdadeiramente. 7Assim aprendestes de Epafras, nosso estimado companheiro, que é junto de vós um autêntico mensageiro de Cristo. 8Foi ele quem nos deu notícia sobre o amor que o Espírito suscitou em vós.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 52,10.11 (R: 10b)

 

– Confio na clemência do meu Deus, agora e sempre.
R: Confio na clemência do meu Deus, agora e sempre.

– Eu, porém, como oliveira verdejante na casa do Senhor, confio na clemência do meu Deus agora e para sempre!

R: Confio na clemência do meu Deus, agora e sempre.

– Louvarei a vossa graça eternamente, porque vós assim agistes; espero em vosso nome, porque é bom, perante os vossos santos!
R: Confio na clemência do meu Deus, agora e sempre.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o evangelho (Lc 4,18).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 4,38-44

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava. 41De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus”. Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias. 42Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de as deixar. 43Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. 44E pregava nas sinagogas da Judéia.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santa Beatriz

- por Pe. Alexandre

Beatriz nasceu no Século XV em Ceuta, ao norte da África, cidade que, nessa época, encontrava-se sob o domínio da coroa de Portugal. Nasceu portuguesa, portanto. Seu pai foi governador de Ceuta. Ainda pequena, mudou-se para Portugal com sua família, que cultivou na menina uma profunda devoção a Nossa Senhora da Conceição. Aos vinte anos de idade, foi enviada para a Espanha como dama de honra de D. Isabel, neta de D. João I, que se tornou esposa do rei João II de Castela, onde começou seu calvário.

Beatriz era muito bonita, e a rainha, dominada por uma mistura de ciúme e inveja, fechou Beatriz em um caixão durante dias, a fim de que morresse asfixiada, mas uma invisível proteção da Virgem Maria a salvou.

Como gesto concreto de agradecimento, Santa Beatriz aceitou sua vocação para a vida religiosa, e logo em seguida partiu a Toledo, onde se recolheu no mosteiro das Dominicanas (ramo feminino da Ordem de São Domingos de Gusmão), cujas religiosas viviam sob a regra cisterniense, onde viveu cerca de 30 anos.

Deus, entretanto, tinha predestinado Beatriz para uma obra maior: fundar uma Ordem de estrita clausura numa vida contemplativa na oração, penitência e trabalho.

Santa Beatriz da Silva deixou o mosteiro dominicano e foi habitar numa nova sede que veio a ser o berço das monjas concepcionistas. Essa Ordem está caracterizada por três heranças espirituais de Santa Beatriz: o amor à Maria Imaculada, a Paixão de Jesus Cristo e a Santíssima Eucaristia.

Santa Beatriz faleceu em 9 de agosto de 1490 com 66 anos de idade. No momento de sua morte, seu rosto fora visto transfigurado por uma grande claridade e uma estrela resplandecente sobre sua cabeça até ela expirar.

Beatificada em 1926 pelo Papa Pio XI, sua canonização ocorreu no dia 3 de outubro de 1976 por Paulo VI.

Santa Beatriz, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Como uma oliveira verdejante… (Sl 51 [52])

 

Que belo símbolo é a oliveira, sinalizando a ventura daqueles que acolhem a vida de Deus! Árvore generosa, atravessa os séculos e as tempestades sem deixar de entregar seus frutos à moenda de azeite. Sua sombra acolhe os peregrinos. Foi no Horto das Oliveiras que Jesus se refugiou em sua agonia…

 

Foi também a oliveira a primeira árvore que sobreviveu ao Dilúvio: um de seus ramos verdes de esperança estava no bico da pomba que anunciava a vida nova (cf. Gn 8,11). Quando o Senhor Deus descreve a Terra Prometida (cf. Dt 8,8-9), ali aparece a oliveira, ao lado da vinha e da figueira. Sua madeira bendita foi utilizada na porta mais santa do Templo de Salomão (1Rs 6,31-32) e seu óleo alimentava o candelabro que devia arder perenemente na Tenda do Encontro (Lv 24,2-3).

 

Juntamente com a vinha – um ícone de Israel -, a oliveira traduz a fecundidade e a ventura da família do homem justo. Quando o Senhor quer elogiar Israel como a esposa da Aliança, falando através do profeta, chama seu povo de “oliveira verdejante carregada de soberbos frutos” (Jr 11,16).

Anunciando a regeneração de Israel com a vinda do Messias, Deus fala por Oseias: “Eu serei para Israel como o orvalho, ele vai florir como o lírio, afundará suas raízes como o carvalho do Líbano; seus brotos se estenderão e ele terá o esplendor da oliveira”. (Os 14,6-7)

O azeite que ela nos fornece é um dos símbolos do Espírito Santo, ao lado do fogo e da água, da pomba e do vento. Esse azeite pronto a arder nas trevas da noite separou as virgens sábias das virgens loucas, excluídas do banquete nupcial (Mt 25).

Na Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo também recorre à imagem da oliveira, tronco no qual nós, cristãos, fomos enxertados. Nós, comunidade cristã, ramos da oliveira selvagem (os que não eram povo de Deus), somos um enxerto que Deus-Agricultor realizou no tronco do Primeiro Israel para que tivéssemos acesso à seiva da vida.

Nosso Deus é um Agricultor que trabalha a terra de nosso coração. Lança incansavelmente suas sementes (Mt 13), à espera de frutos. Ele sabe que certas árvores – como a oliveira – levam muito tempo até a colheita. Mas sabe também que “mesmo na velhice darão frutos” (Sl 92,15) e muitos desfrutarão de sua colheita.

Os reis serão ungidos com seu azeite; os atletas, massageados; as feridas, suavizadas; a noite do lar, iluminada. Deus espera por nossos frutos, para que a humanidade tenha saúde e salvação…

 

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