02 de Agosto de 2022

18a Semana do Tempo Comum- Terça-feira

- por Pe. Alexandre

TERÇA FEIRA – XVIII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Meu Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor, em socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não tardeis mais (Sl 69,2,6).

 

Oração do dia

 

– Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Jr 30,1-2.12-15.18-22

 

– Leitura do livro do profeta Jeremias: 1Palavra que foi dirigida a Jeremias, da parte do Senhor: 2“Isto diz o Senhor, Deus de Israel: Escreve para ti, num livro, todas as palavras que te falei. 12Isto diz o Senhor: Incurável é tua ferida, maligna tua chaga; 13não há quem conheça teu diagnóstico; uma úlcera tem remédio, mas em ti não se produz cicatrização. 14Todos os teus amigos te esqueceram, não te procuram mais; eu te causei uma ferida, como se fosses inimigo, como um castigo cruel: por causa do grande número de maldades que te fez endurecer no pecado. 15Por que gritas em teu sofrimento? É insanável a tua dor. Eu te tratei com rudeza por causa das tuas inúmeras maldades e por causa do teu endurecimento no pecado. 18Isto diz o Senhor: Eis que eu mudarei a sorte das tendas de Jacó e terei compaixão de suas moradias, a cidade ressurgirá das suas ruínas e a fortaleza terá lugar para suas fundações; 19de lá sairão cânticos de louvor e sons festivos. Hei de multiplicá-los, eles não diminuirão, hei de glorificá-los, eles não serão humilhados. 20Teus filhos serão felizes como outrora, e sua Comunidade, estável na minha presença; e agirei contra todos os que os molestarem. 21Para chefe será escolhido um dos seus, e o soberano sairá do seu meio; eu o incitarei, e ele se aproximará de mim. Quem dará a vida em penhor da sua aproximação de mim? – diz o Senhor. 22Sereis meu povo e eu serei vosso Deus.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 102,16-18.19-21.29.22-23 (R: 20b)

 

– O Senhor olhou a terra do alto céu.
R: O Senhor olhou a terra do alto céu.

– As nações respeitarão o vosso nome, e os reis de toda a terra, a vossa glória; quando o Senhor reconstruir Jerusalém e aparecer com gloriosa majestade, ele ouvirá a oração dos oprimidos e não desprezará a sua prece.

R: O Senhor olhou a terra do alto céu.

– Para as futuras gerações se escreva isto, e um povo novo a ser criado louve a Deus. Ele inclinou-se de seu templo nas alturas, e o Senhor olhou a terra do alto céu, para os gemidos dos cativos escutar e da morte libertar os condenados.

R: O Senhor olhou a terra do alto céu.

– Assim também a geração dos vossos servos terá casa e viverá em segurança, e ante vós se firmará sua descendência. Para que cantem o seu nome em Sião e louve ao Senhor Jerusalém, quando os povos e as nações se reunirem e todos os impérios o servirem.

R: O Senhor olhou a terra do alto céu.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Mestre, tu és o Filho de Deus, és rei de Israel! (Jo 1,49).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 14,22-36

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Depois que a multidão comera até saciar-se, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, por cima das águas. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo! ” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir a teu encontro, caminhando sobre a água”. 29E Jesus respondeu: “Vem! ” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me! ” 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste? ” 32Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. 33Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus! ” 34Após a travessia desembarcaram em Genesaré. 35Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que tocaram, ficaram curados.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santo Eusébio de Vercelli

- por Pe. Alexandre

Hoje, nós lembramos o testemunho de santidade de Eusébio, que nasceu no começo do século IV, na Sardenha, e não tinha este nome, até ir para Roma em procura de lucro com a Política e o Direito.

Encontrado por Jesus, converteu-se e recebeu as águas do Batismo e o novo nome de Eusébio, pois foi batizado pelo Papa Eusébio. De simples leitor da Igreja de Roma, Eusébio foi ordenado sacerdote e, depois, em 345, Bispo em Vercelli, onde exerceu seu ministério com zelo e muito amor dedicando às almas e à verdade. Dentre tantas inspirações para a Diocese, Eusébio vivia comunitariamente com seus sacerdotes, e dessa comunhão conseguiu forças para vencer os bons combates do dia a dia.

Santo Eusébio de Vercelli por opor-se ao Arianismo, que buscava erroneamente negar a divindade de Cristo, foi exilado com outros santos Bispos pelo imperador Constâncio. Despachado com algemas para a Palestina, Eusébio sofreu torturas e sobreviveu por seis anos fechado numa prisão. Quando liberto aproveitou para visitar as Igrejas do Oriente.

Ao voltar, foi acolhido como vencedor pelos irmãos no Episcopado, Clero e todo o povo, até entrar no Céu em 371, venceu o Arianismo com Santo Hilário e unificou as Igrejas.

Santo Eusébio de Vercelli, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Por cima das águas… (Mt 14,22-36)

 

Nós descendemos do velho Adão, aquela criatura que foi modelada da argila da terra. Homem, humano, venho do húmus. Por isso mesmo, só nos sentimos seguros em terra firme. A água assusta, o mar profundo é imagem da morte.

 

No Evangelho de hoje, ao ver que Jesus de Nazaré caminhava sobre as ondas do lago encapelado, Pedro ousa pedir: “Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas”. É óbvio que o velho pescador sabia muito bem que pedia algo impossível aos homens, mas possível a Deus. Só Deus tinha domínio sobre os elementos: o mesmo que manda a chuva, caminha sobre o mar.

 

E o Filho de Deus aceita fazer o jogo de Simão Pedro: “Vem!” Ao mesmo tempo, pede-lhe um ato de fé e um salto no escuro. Pedro salta e começa a andar, superando os limites de sua humanidade. Mas o vendaval redobra seu estrépito e o discípulo se deixa intimidar. Afundando, pede: “Salva-me, Senhor!”

 

Aqui estamos diante de um grande mistério: ainda que o poder de Deus esteja de nosso lado, como um vento a favor, o Senhor sempre conta com uma resposta de fé de nossa parte. Se nós perdemos a confiança, é como se impedíssemos que a graça divina continuasse a nos sustentar.

 

De fato, podemos cair em dois extremos: de um lado, em uma atitude de autossuficiência, apostar apenas em nossos dons e capacidades humanos; de outro, no extremo do ceticismo, duvidar até mesmo do poder de Deus posto ao nosso alcance. Soberba e desconfiança – duas maneiras de afundar…

 

O caminho de salvação se resume exatamente em desconfiar de nós mesmos, fracos e limitados, e em apostar todas as fichas no amor onipotente que o Senhor derrama sobre nós. Como escreveu o apóstolo Paulo, “quando sou fraco, aí é que sou forte”. (2Cor 12,10.) De fato, o bom Deus sempre se compraz em agir por meio de instrumentos frágeis e deficientes, como declarou o Papa Bento XVI ao subir à cadeira de Pedro. Ao contrário, quando um de nós se gloria de suas próprias realizações e sucessos, como se eles fossem devidos apenas a nosso heroico esforço, inteligência e heroísmo, não demora a ruir o nosso castelo de areia… É mera questão de tempo!

A vida é como o mar. O trabalho, a família, a Igreja nos oferecem constantes tempestades. Na hora das dificuldades e incertezas, chega o momento crítico de tomar uma decisão: confiaremos no Deus forte? Ou insistiremos em nos apoiar sobre nossas falsas seguranças?

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