02 de Fevereiro de 2021

Quarta semana do tempo Comum Terça-feira

- por Pe. Alexandre

TERÇA FEIRA – APRESENTAÇÃO DO SENHOR
(branco, glória, perf. próprio – ofício da festa)

 

Antífona da entrada

– Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio de vosso templo. Vosso louvor se estende, como o vosso nome, até os confins da terra; toda justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10-11).

 

Oração do dia

– Deus eterno e todo-poderoso, ouvi as nossas súplicas. Assim como o vosso filho único, revestido da nossa humanidade, foi hoje apresentado no templo, fazei que nos apresentemos diante de vós com os corações purificados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ml 3, 1-4

– Leitura da profecia de Malaquias. – Assim diz o Senhor: 1Eis que envio meu anjo, e ele há de preparar o caminho para mim; logo chegará ao seu templo o Dominador, que tentais encontrar, e o anjo da aliança, que desejais. Ei-lo que vem, diz o Senhor dos exércitos; 2e quem poderá fazer-lhe frente, no dia de sua chegada? E quem poderá resistir-lhe, quando ele aparecer? Ele é como o fogo da forja e como a barrela dos lavadeiros; 3e estará a postos, como para fazer derreter e purificar a prata: assim ele purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata, e eles poderão assim fazer oferendas justas ao Senhor. 4Será então aceitável ao Senhor a oblação de Judá e de Jerusalém, como nos primeiros tempos e nos anos antigos.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 24,7.8.9.10 (R: 10b)

 

O rei da glória é o senhor onipotente!

R:  O rei da glória é o senhor onipotente!

 

– “Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o rei da glória possa entrar!”

R:  O rei da glória é o senhor onipotente!

 

Dizei-nos: “Quem é este rei da glória?” “É o Senhor, o valoroso, o onipotente, o Senhor, o poderoso nas batalhas!”

R:  O rei da glória é o senhor onipotente!

 

“Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o rei da glória possa entrar!”

R:  O rei da glória é o senhor onipotente!

 

Dizei-nos: “Quem é este rei da glória?” “O rei da glória é o Senhor onipotente, o rei da glória é o Senhor Deus do universo.”

R:  O rei da glória é o senhor onipotente!

 

Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Sois a luz que brilhará para os gentios e para a glória de Israel, o vosso povo

(Lc 2,32).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 2, 22-40

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!  

 

22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. 36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Festa de Apresentação do Menino Jesus

- por Pe. Alexandre

O Dia da Festa de Apresentação do Menino Jesus no templo é comemorado no dia 2 de fevereiro, em homenagem ao dia em que Maria, José e Jesus entraram a primeira vez no templo de Jerusalém.

Após 40 dias depois do nascimento de Jesus, e do período que era observado pela Lei mosaica de restauração da mulher, a contar do parto, Santo José, Santa Virgem Maria e o menino Jesus foram até o templo de Jerusalém.

No templo, Maria ofereceu pombos ao ritual e ali mesmo todas as profetizações sobre quem seria Jesus foram feitas e sua entrega a Deus era a consagração de seu propósito no mundo.

E como sabemos, toda a história após o nascimento de Cristo foi influenciada pelas suas opiniões, e mesmo permanecendo por um período muito curto, em corpo, com a humanidade, exerceu tamanha influência que até hoje, Jesus é presença constante na vida das pessoas.
Contradição para o mundo caótico

O nascimento de Jesus foi a providência que Deus estabeleceu para libertar o povo que estava extremamente desorientado, sem direção, regado a ódio e guerras.

A figura do menino Jesus, e mesmo durante a profetização de Simeão sobre o que Jesus faria ao mundo, são evidências dos propósitos de Deus, e para que:

•Seu ministério fosse imponente em relação aos líderes pagãos;

•Para que as leis tradicionais fossem revistas;

Pois somente alguém com as características como Jesus poderia assumir tamanha responsabilidade.
O dia de apresentação de Jesus foi o mais glorioso

Não apenas para Maria, mas para todo o povo de Israel, a promessa de restauração de uma nova ordem, de possibilidades, que incluía libertação em relação ao poder imensurável dos líderes, Jesus foi adorado e agraciado durante o período que permaneceu no templo.

Para qualquer mãe, estar com seu filho nos braços é a alegria incomum e única, imagine para Maria, que carregava consigo, além do seu filho, uma promessa para milhares de seres humanos.

Imagine também como ela deve se sentir nos dias de hoje, quando olha de cima para este mundo confuso e injusto, mas percebe que o nome de seu filho querido ainda é a maior fonte de inspiração de muitos, para seguir a vida e libertar-se do pecado.

Este é o selo de Deus para o seu povo, a promessa no menino Jesus apresentado no templo, com as melhoras virtudes, depositadas no filho amado de Maria.

 

Meditação

- por Pe. Alexandre

Será consagrado ao Senhor… (Lc 2,22-40)

 

O povo da Aliança sabia que era pertença de Deus. Aos seus ouvidos, ecoava permanentemente a voz do Senhor: “Eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo.” (Ez 36, 28) Por isso, a idolatria era comparada à prostituição: a esposa quebrar a aliança com o esposo e entregar seu coração a outro homem.

A noção de ser “consagrado” inclui a experiência de ser “separado para” Deus e de “exclusividade” a seu serviço, sem concessões a outro senhor. A Nova Aliança, claro, iria aprofundar e sublimar ainda mais essa relação com a experiência da “filiação”, quando o amor filial elevasse os fiéis a altitudes até então impensadas…

No entanto, desde os tempos da Primeira Aliança, Deus se apresentava como o Esposo fiel que não desiste jamais do amor da esposa (cf. Is 62, 3-5; Os 2, 16ss), apesar de suas infidelidades. O povo de Israel sabia que era diferente das outras nações politeístas, pois tinha um único esposo, o Senhor Javé.

Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus nasce de Mulher e, quarenta dias após o parto, é apresentado no Templo e consagrado a Deus. Fazia parte do ritual um “resgate” simbólico, quando um animal (novilho, cordeiro, para os ricos; um par de rolas ou dois pombinhos, para os pobres) era sacrificado em troca do primogênito.

A liturgia de hoje nos recorda que Jesus Cristo foi o primeiro homem cuja vida significou uma “con-sagração” total a Deus, sem nada reservar para si mesmo. Veio para fazer a vontade do Pai (cf. Hb 10, 7-9) e apenas fazia aquilo que ouvia de seu Pai (cf. Jo 5, 19ss).

 

Desde os primeiros tempos da Igreja, a perfeita imitação de Jesus Cristo atraiu numerosos fiéis à “vida consagrada”. Como ensinou João Paulo II, “a vida consagrada, profundamente arraigada nos exemplos e ensinamentos de Cristo Senhor, é um dom de Deus Pai à sua Igreja, por meio do Espírito. Através da profissão dos conselhos evangélicos, os traços característicos de Jesus – virgem, pobre e obediente – adquirem uma típica e permanente ‘visibilidade’ no meio do mundo, e o olhar dos fiéis é atraído para aquele mistério do Reino de Deus que já atua na história, mas aguarda a sua plena realização nos céus.” (Vita Consecrata, 1.)

 

            E nós? Estamos levando a sério a consagração realizada em nosso batismo cristão?

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