02 de Fevereiro de 2022

4a Semana do Tempo Comum Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA – APRESENTAÇÃO DO SENHOR
( branco, glória, pref. próprio – ofício da festa)

 

Antífona da entrada

– Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio de vosso templo. Vosso louvor se estende, como o vosso nome, até os confins da terra; toda a justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10)

 

Oração do dia

– Deus eterno e todo-poderoso, ouvi as nossas súplicas. Assim como o vosso Filho único, revestido da nossa humanidade, foi hoje apresentado no templo, fazei que nos apresentemos diante de vós com os corações purificados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ml 3, 1-4

– Leitura da profecia de Malaquias: Assim diz o Senhor: 1Eis que envio meu anjo, e ele há de preparar o caminho para mim; logo chegará ao seu templo o Dominador, que tentais encontrar, e o anjo da aliança, que desejais. Ei-lo que vem, diz o Senhor dos exércitos; 2e quem poderá fazer-lhe frente, no dia de sua chegada? E quem poderá resistir-lhe, quando ele aparecer? Ele é como o fogo da forja e como a barrela dos lavadeiros; 3e estará a postos, como para fazer derreter e purificar a prata: assim ele purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata, e eles poderão assim fazer oferendas justas ao Senhor. 4Será então aceitável ao Senhor a oblação de Judá e de Jerusalém, como nos primeiros tempos e nos anos antigos.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl: 24, 7.8.9.10 (R: 2b)

 

– O Rei da glória é o Senhor onipotente!
R: O Rei da glória é o Senhor onipotente!

– “Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

R: O Rei da glória é o Senhor onipotente!

– Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” “É o Senhor, o valoroso, o onipotente, o Senhor, o poderoso nas batalhas!”

R: O Rei da glória é o Senhor onipotente!

– “Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

R: O Rei da glória é o Senhor onipotente!

– Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” “O Rei da glória é o Senhor onipotente, o Rei da glória é o Senhor Deus do universo.”

R: O Rei da glória é o Senhor onipotente!

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Sois a luz que brilhará para os gentios e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2,32).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 2, 22-40

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

– Glória a vós, Senhor!

 

22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. 36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

São Cornélio de Cesareia, centurião temente a Deus

- por Pe. Alexandre

Referência Bíblica
Partes da vida de São Cornélio de Cesareia são registradas nos Atos dos Apóstolos, no capítulo 10. “Havia em Cesareia um homem por nome Cornélio. Centurião da corte e religioso, ele e todos de sua casa eram tementes a Deus. Dava muitas esmolas ao povo e orava constantemente” (At 10,1-2).

Particularidade
Cornélio de Cesareia era centurião, que quer dizer o responsável por parte da infantaria do exército romano, dando ordens que deveriam ser imediatamente obedecidas. Cornélio, junto com a sua família e seus amigos, foi assim o primeiro dos não-judeus incircuncisos a tornar-se cristão. Esta ocasião histórica levou Pedro a exclamar: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas, mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo” (cf. Atos 10, 34-35).

Um Evangelizador
Deus o visitou por meio de um anjo, que lhe indicou São Pedro, por isso uma das imagens artísticas que retrata o santo é a do seu diálogo com um anjo. São Pedro, que também teve uma visão, foi à casa de Cornélio. Foi aí que aconteceu a abertura da Igreja para a evangelização dos pagãos e dos estrangeiros. No outro dia, Pedro chegou em Cesareia. Cornélio o estava esperando, tendo convidado seus parentes e amigos mais íntimos. Não somente ele queria encontrar-se com o Senhor, como também queria o mesmo para todos os seus parentes e amigos.

Relação com Pedro
Cornélio ouviu da boca do primeiro Papa da Igreja: “Deus me mostrou que nenhum homem deve ser considerado profano ou impuro” (At 10,28). Assim, São Pedro começou a evangelizar e, de repente, no versículo 44: “Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos que ouviam a Santa Palavra. Os fiéis da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, profundamente se admiraram vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos, pois eles os ouviam falar em outras línguas e glorificar a Deus. Então, Pedro tomou a palavra: “Porventura pode-se negar a água do batismo a estes que receberam o Espírito Santo como nós? E mandou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Rogaram-lhe então que ficasse com eles por alguns dias” (At 10,44-48).

Primeiro Bispo de Cesareia
São Cornélio tornou-se o primeiro bispo em Cesareia. Deus pôde contar com ele para a obra que até nos dias de hoje alcança a humanidade: o Evangelho.

A minha oração
“Senhor Jesus, eu também, mesmo fraco e pecador, comprometo-me Contigo no anúncio da Sua Palavra. Dá-me a graça do Batismo no Espírito Santo, para que eu seja cheio de amor por Ti, como foi São Cornélio de Cesareia. Assim seja.”

São Cornélio de Cesareia, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Ele recebeu-o nos braços… (Lc 2,22-40)

 

Na festa litúrgica da Apresentação do Senhor, o Velho Simeão representa com fidelidade aquela fatia do povo da Primeira Aliança que, como sentinela sobre a muralha, na profunda escuridão da noite humana, atravessara os séculos em atenta vigília, à espera do Messias prometido. Os ícones da Igreja do Oriente mostram o Menino todo luminoso nas mãos de Simeão, que tem os olhos fitos nos olhos Menino, a ponto de se poder traçar entre eles uma linha reta.

Como pano de fundo, a frase de seu Cântico, o “Nunc Dimittis”: “Meus olhos viram a tua salvação”. Cumprida a promessa de Deus, tendo já testemunhado a fidelidade de Deus, Simeão canta: “Agora, Senhor, podes desatar em paz o teu servo!” Isto é, já posso morrer, pois vivi o momento-chave de minha vida.

Por isso mesmo, ao presenciar a chegada de José e de Maria, que traziam o Menino para sua apresentação no Templo do Senhor, Simeão estende prontamente os braços no gesto de acolhida. Este ancião é a imagem daqueles que, movidos pela Graça de Deus, abrem a Jesus a alma e o coração, tomando-o como centro e motivo de sua existência.

Mas permanece atual o grande mistério da recusa do Cristo. São ainda numerosos aqueles que não se abrem ao oferecimento gratuito de salvação, na pessoa de Jesus. Tal como no tempo de Cristo, quando muitos de seus contemporâneos o recusaram, em especial aqueles que teriam algo a perder – política ou financeiramente –com a adesão ao Mestre de Nazaré, também hoje há pessoas e grupos de coração empedernido, que movem contra Cristo e sua Igreja a mais feroz oposição.

Deixando de lado a hipótese de uma opção consciente pelo Anticristo, a atitude desse exército inimigo pode ser entendida como uma espécie de reação de defesa, apegados que estão a projetos e ideais que nascem da ambição e do ódio, da concupiscência e da luxúria, da ganância e do hedonismo pagão. Para eles, o Mártir do Calvário será sempre uma permanente ameaça. Por isso guerreiam contra Ele, pensando com isso preservar sua liberdade e sua autonomia.

Nada diferente do pecado das origens, quando o primeiro casal acatou a sugestão monstruosa de decidir, por conta própria, o que era o bem e o que era o mal… A mesma soberba, a mesma rebeldia.

Enquanto isso, o Velho Simeão abraça o Menino, sabendo que nele está a sua razão de viver…

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.