02 de Janeiro de 2022

Semana da Epifania do Senhor Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – EPIFANIA DO SENHOR
(branco, glória, creio, pref. da Epifania – ofício da solenidade)

 

Antífona da entrada

 

– Eis que veio o Senhor dos senhores; em suas mãos, o poder e a realeza

(Mt 3,1; 1Cr 19,12)

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pelas estrelas, concedei aos vossos servos e servas, que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 60, 1-6

 

– Leitura do livro do profeta Isaías – 1Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor. 2Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti. 3Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora. 4Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos braços. 5Ao vê-los, ficarás radiante, com o coração vibrando e batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar e mostrarão o poderio de suas nações; 6será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 72, 1-2.7-8.10-11.12-13 (R: 11)

 

– As nações de toda a terra, hão de adorar-vos ó Senhor!

R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!

 

– Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza!  Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.

R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!

 

– Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho!
De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!

 

– Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhes seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo,e todas as nações hão de servi-lo.

R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!

 

– Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.
Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.

  1. As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!

 

2ª Leitura:  Ef 3, 2-3.5-6

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Efésios- Irmãos: 2Se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito, 3 e como, por revelação, tive conhecimento do mistério. 5Este mistério, Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: 6os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor (Mt 2,2).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 2, 1-12

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!  


1Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém,
2perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.’ 3Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado assim como toda a cidade de Jerusalém. 4Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. 5Eles responderam: ‘Em Belém, na Judéia, pois assim foi escrito pelo profeta: 6E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo.’ 7Então Herodes chamou em segredo os magos
e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido.
8Depois os enviou a Belém, dizendo: ‘Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo.’ 9Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. 10Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. 11Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. 12Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São Basílio Magno

- por Pe. Alexandre

Hoje, recordamos três nomes e três amigos em Cristo Jesus. Reconhecidos como luminários da Capadócia, região da Turquia, são eles: Gregório; seu irmão de sangue, São Basílio Magno; e o amigo São Gregório Nazianzeno. Dois irmãos de sangue, três grandes amigos em Cristo Jesus.

São Basílio Magno nasceu de uma família santa que buscava testemunhar, na própria vida e na formação dos filhos, o grande amor por Cristo e pela Igreja. Foi assim que, ajudado pelo pai, São Basílio Magno recebeu a primeira formação. Depois, passou por Constantinopla, chegando a estudar em Atenas e formar-se em retórica. A essa altura, mesmo tendo um coração bem semeado pelo Evangelho, ele começou a buscar glórias humanas. É importante percebermos isso na história dos santos. Eles não nasceram santos e não foram obrigados a ser santos; aceitaram este desafio, mesmo que houvesse, em algum período, um desvio. Mas a misericórdia do Senhor sempre nos dará uma nova chance. Foi o que aconteceu com São Basílio.

Ao conhecer o amigo São Gregório Nazianzeno, São Basílio conheceu Cristo mais profundamente e retomou a amizade com Jesus. Ele, que já era muito culto, direcionou todo o seu potencial para Aquele que é a verdade, o Logus, o Verbo que se fez carne, Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador. Retirou-se por um tempo dali e pôde viver uma vida de muita oração e penitência. Depois, foi inspirado a aprofundar-se na vida eremítica e também na vida monástica. Visitou o Egito, Síria, Palestina e estudou a ponto de, com seu amigo Nazianzeno, começar uma comunidade monástica.

Aconteceu que, diante da realidade na qual o Arianismo – heresia que afirmava que Jesus Cristo não é Deus – confundia muito as pessoas e ainda era apoiada pelo imperador do Oriente chamado Valente. Enfim, que confusão doutrinal! Nesta altura, em Cesareia, São Basílio, em 370 d.C. foi eleito bispo, sucessor de um dos apóstolos. Homem de caridade e de testemunho, ele pôde combater e ver a verdade vencendo o Arianismo. O imperador não colocava medo nesse homem cheio do Espírito Santo. São Basílio também tinha muitas obras, não era apenas um homem de palavras; cidades de caridade surgiram por meio dele.

Ainda padre, ele já era um testemunho reconhecido, uma autoridade não só pela Igreja, mas pela vida. São Basílio Magno deixou uma riqueza de escritos e, principalmente, a certeza de que amigo de Jesus, felizes nós seremos. Em 379 d.C., ele partiu para o céu e intercede por nós.

São Basílio Magno, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

E lhe ofereceram presentes… (Mt 2,1-12)

 

Estranhos esses magos do Oriente! Eles vêm de longe, atravessam desertos e, agora, na gruta de Belém, estão diante de Jesus, o Rei dos reis, o Senhor do Cosmo. Esses estrangeiros poderiam pedir qualquer coisa: saúde, poder, a morte de seus inimigos. Mas não pedem nada…

 

Minha estranheza nasce do fato de que a maioria das pessoas se aproximam de Deus para pedir. E eles vêm para DAR… Não é estranho?

 

Pois o Menino também vem para dar. Será uma vida relativamente breve: trinta e três anos. E durante todo esse tempo ele será um permanente doador. Dará alegria às crianças, dará a visão aos cegos, dará a esperança a um povo oprimido. E enfim, cravado na cruz do Calvário, quando lhe tiverem roubado tudo – até as vestes! -, ele ainda espremerá o próprio coração para dar um restinho de sangue e de água…

 

O verbo dar é um disfarce do verbo amar. Quem ama, doa. E se doa. Não admira que os santos, apaixonados pelo amor divino, comecem por se despojar, doando tudo para Deus e para seus pobres. Afinal, para que acumular coisas, terras e fortunas se eles já têm tudo na própria pessoa de Cristo?

 

A vida consagrada brotou desta experiência: sentir-se amado e, por isso mesmo, ver-se compelido a doar. Doar os bens materiais pelo voto de pobreza. Doar a posse de si mesmo pelo voto de castidade. Doar a própria vontade pelo voto de obediência…

 

Em cada celebração eucarística, Jesus se doa novamente, na forma de alimento substancial. Substantivo. Como a Santa Missa “atualiza” (traz “em ato) a doação feita no Calvário, também nós temos um espaço – o momento da apresentação das oferendas, conhecido como “ofertório” – para renovar e aprofundar nossa doação ao Senhor.

 

Os dons materiais levados em procissão – pão e vinho, espórtulas e dízimo – são apenas um sinal externo de uma doação íntima, sem a qual o sinal não teria nenhum sentido. O altar é uma ARA – uma pedra de sacrifício -, local apropriado para nos tornarmos vítimas oferecidos como gesto de amor que responde ao Amor maior…

 

Distraídos a pensar no significado dos três presentes – ouro, incenso e mirra – podemos esquecer o mais importante: o gesto de dar. Não importa o quê. Podem ser as duas moedinhas da viúva do Evangelho. O que vale é o amor…

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