03 de fevereiro de 2023

quarta semana tempo comum -Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA DA IV SEMANA DO TEMPO COMUM 

(verde, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor

(Sl 105,47).

 

Oração do dia

 

– Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Hb 13,1-8

 

Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 1perseverai no amor fraterno. 2Não esqueçais a hospitalidade; pois, graças a ela, alguns hospedaram anjos, sem o perceber. 3Lembrai-vos dos prisioneiros, como se estivésseis presos com eles, e dos que são maltratados, pois também vós tendes um corpo! 4O matrimônio seja honrado por todos e o leito conjugal, sem mancha; porque Deus julgará os imorais e adúlteros. 5Que o amor ao dinheiro não inspire a vossa conduta. Con­tentai-vos com o que tendes, porque ele próprio disse: “Eu nunca te deixarei, jamais te abandonarei”. 6De modo que podemos dizer, com ousadia: “O Senhor é meu auxílio, jamais temerei; que poderá fazer-me o homem?” 7Lembrai-vos de vossos dirigentes, que vos pregaram a palavra de Deus, e considerando o fim de sua vida, imitai-lhes a fé. 8Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje e por toda a eternidade.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 27,1.3.5.8b-9abc (R: 1a)

 

O Senhor é minha luz e salvação!
R: O Senhor é minha luz e salvação!

– O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a Proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?

R: O Senhor é minha luz e salvação!

– Se contra mim um exército se armar, não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, mesmo assim confiarei.

R: O Senhor é minha luz e salvação!

– Pois um abrigo me dará sob o seu teto nos dias da desgraça; no interior de sua tenda há de esconder-me e proteger-me sobre a rocha.

R: O Senhor é minha luz e salvação!

– Senhor, é vossa face que eu procuro; não me escondais a vossa face! Não afasteis em vossa ira o vosso servo, sois vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado.

R: O Senhor é minha luz e salvação!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Felizes os que observam a Palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes!  (Lc 8,15).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 6,14-29

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, 14o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado muito conhecido. Alguns diziam: “João Batista ressuscitou dos mortos. Por isso os poderes agem nesse homem”. 15Outros diziam: “É Elias”. Outros ainda diziam: “É um profeta como um dos profetas”. 16Ouvindo isto, Herodes disse: “Ele é João Batista. Eu mandei cortar a cabeça dele, mas ele ressuscitou!” 17Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18João dizia a Herodes: “Não te é lícito ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Hero­díades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava. 21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu te darei”. 23E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”. 24Ela saiu e perguntou à mãe: “Que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

 

São Brás de Sebaste, médico e protetor da garganta

- por Pe. Alexandre

Origens
São Brás, médico no século III, entrou em crise porque não se sentia totalmente realizado. Sua insatisfação não estava relacionada à sua profissão, pois ele era bom médico e prestava um ótimo serviço à sociedade, mas vivia uma crise existencial.

Novo comportamento
São Brás buscou a Deus e viveu uma experiência com Ele. Não se sabe se ele já era batizado ou pediu a graça do Santo Batismo, mas a sua vida sofreu uma guinada. Essa mudança não foi somente no âmbito da religião; sua busca por Jesus Cristo estava ligada ao seu profissional. Muitas pessoas começaram a ser evangelizadas por meio da busca de santidade daquele médico.

Necessidade de penitência e oração
Numa outra etapa de sua vida, ele discerniu que precisava se retirar. Para ele, o retiro era permanecer no Monte Argeu, na penitência, na oração, na intercessão para que muitos encontrassem a verdadeira felicidade como ele a encontrou em Cristo e na Igreja.

São Brás de Sebaste: padroeiro e protetor

Protetor da garganta
Conta a história que, ao dirigir-se para o martírio, uma mãe apresentou-lhe uma criança de colo que estava morrendo engasgada por causa de uma espinha de peixe na garganta. Ele parou, olhou para o céu, orou, e Nosso Senhor curou aquela criança. Também é padroeiro dos operários de construção, veterinários, garotos, pedreiros e escultores.

Sacerdócio e episcopado
Ao falecer o bispo de Sebaste, na Armênia, onde nasceu e viveu o santo, o povo foi buscá-lo para ser pastor. Ele, que vivia naquela constante renúncia, aceitou ser ordenado padre e depois bispo, não por vontade própria, mas por obediência.

Comportamento
Sucessor dos apóstolos e fiel à Igreja, era um homem corajoso, de oração e pastor das almas, pois cuidava dos fiéis na sua totalidade. Evangelizava com o seu testemunho.

O final da vida de São Brás

Contexto histórico
São Brás viveu num tempo em que a Igreja foi duramente perseguida pelo imperador do Oriente, Licínio, que era cunhado do imperador do Ocidente, Constantino. Por motivos políticos e por ódio, Licínio começou a perseguir os cristãos, porque sabia que Constantino era a favor do Cristianismo. O prefeito de Sebaste, dentro deste contexto e querendo agradar ao imperador, por saber da fama de santidade do bispo São Brás, enviou os soldados para o Monte Argeu, lugar que esse grande santo fez sua casa episcopal. Dali, ele governava a Igreja, embora não ficasse apenas naquele local.

Páscoa
São Brás foi preso e sofreu muitas chantagens para que renunciasse à fé. Por amor a Cristo e pela Igreja, preferiu renunciar à própria vida. Em 316, foi degolado.

O culto de São Brás
São Brás é um dos santos cuja fama de santidade chegou a muitos lugares e, por isso, é venerado em quase todas as partes do mundo. O milagre da garganta é recordado, no dia 3 de fevereiro, com um rito litúrgico particular, durante o qual o sacerdote abençoa a garganta dos fiéis com duas velas cruzadas diante da garganta.

Minha oração
“Senhor Jesus, em tempos de pandemia, muitos de nós sofremos desde os pequenos incômodos na garganta até a perseguição por sermos cristãos. Dai-nos a graça de, pela intercessão de São Brás, permanecermos unidos a Ti. Cura-nos, Senhor Jesus, de tudo o que nos impede de te seguir, assim como de todos os males da garganta.”

São Brás, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Que devo pedir? (Mc 6,14-29)

 

A filha de Herodíades – mais uma personagem anônima nos Evangelhos! – entra no salão e dança para os convidados na festa de aniversário do rei Herodes. A adolescente é filha da mulher de Felipe, que caíra em desgraça perante César. Herodes simplesmente roubara a mulher de seu irmão. A ofensa à Lei mosaica foi publicamente denunciada por João Batista: “Não te é lícito ter a mulher de teu irmão!” Assim nascera o ódio de Herodíades contra o Precursor de Jesus Cristo.

 

Já embriagado, Herodes se une aos aplausos dos convivas e faz à garota uma promessa descabida: “Pede-me o que quiseres… mesmo a metade de meu reino!” Assusta, a garota vai até sua mãe para se orientar: “Que devo pedir?”

 

Esta é uma pergunta que todos nós precisamos levar a sério: em nossas orações, que é que devemos pedir? A Sagrada Escritura registra um caso exemplar. Ainda jovem, Salomão se vê elevado ao trono, e não é sem temor e tremor que a nova missão lhe cai nos ombros inexperientes. Que faz Salomão? Que deve pedir? Pois ele pediu a Deus que lhe desse “um coração ouvinte” (cf. 1Rs 3,9), capaz de discernir entre o bem e o mal.

 

Este pedido agradou ao Senhor, que elogia o jovem rei por aquilo que ele NÃO pediu: longa vida, bens e riquezas, a morte de seus inimigos (cf. 1Rs 3,11). Curiosamente, são pedidos que podem ocorrer em nossas orações revestidas de interesses e de pragmatismos. Superar uma doença grave e viver muito, adquirir um segundo carro, livrar-nos de adversários incômodos e ameaçadores. Nada que o Deus de Salomão viesse a elogiar…

 

No caso da jovem dançarina, a mãe odiosa a desorienta: “Pede, numa bandeja, a cabeça de João Batista!” A adúltera pede exatamente o que Salomão não pediu: a morte do inimigo. O susto de Herodes foi menor que sua vergonha diante da possibilidade de quebrar seu juramento. E João foi decapitado.

 

Na Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo diz sem reserva: “Não sabemos o que pedir, nem como pedir”. (Rm 8,26) Mesmo na oração, nós somos incapazes. E acrescenta: “O Espírito vem em socorro de nossa fraqueza. É o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis”. Fica evidente a dependência do Espírito Santo para guiar nossa vida de oração. Existem péssimos conselheiros à nossa disposição: o medo, o ódio, a preguiça, o sucesso, a ambição. Eles podem infiltrar-se em nossas preces e nos desviar do caminho de Deus.

 

A filha de Herodíades nos sirva de alerta…

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