03 de Janeiro de 2022

Epifania do Senhor Segunda-feira

- por Pe. Alexandre

SEGUNDA FEIRA – TEMPO DO NATAL DEPOIS DA EPIFANIA
(branco, pref. da Epifania – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Raiou para nós um dia de bênçãos: vinde, nações, e adorai o Senhor; grande luz desceu sobre a terra!

 

Oração do dia

 

– Nós vos pedimos, ó Deus, que o esplendor da vossa glória ilumine os nossos corações para que, passando pelas trevas deste mundo, cheguemos à pátria da luz que não se extingue. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1 Jo 3, 22-4,6

 

– Leitura da primeira carta de são João – Caríssimos: 22qualquer coisa que pedimos recebemos dele, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é do seu agrado. 23Este é o seu mandamento: que creiamos no nome do seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, de acordo com o mandamento que ele nos deu.24Quem guarda os seus mandamentos permanece com Deus e Deus permanece com ele. Que ele permanece conosco, sabemo-lo pelo Espírito que ele nos deu. 4,1Caríssimos, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao mundo. 2Este é o critério para saber se uma inspiração vem de Deus: todo espírito que leva a professar que Jesus Cristo veio na carne é de Deus; 3e todo espírito que não professa a fé em Jesus não é de Deus; é o espírito do Anticristo. Ouvistes dizer que o Anticristo virá; pois bem, ele já está no mundo.4Filhinhos, vós sois de Deus e vós vencestes o Anticristo. Pois convosco está quem é maior do que aquele que está no mundo. 5Os vossos adversários são do mundo; por isso, agem conforme o mundo, e o mundo lhes presta ouvidos. 6Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus, escuta-nos; quem não é de Deus não nos escuta. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 2,7-8.10-11 (R: 8a)

 

– Eu te darei por tua herança os povos todos.
R: Eu te darei por tua herança os povos todos.

– O decreto do Senhor promulgarei, foi assim que me falou o Senhor Deus: “Tu és o meu Filho, e eu hoje te gerei”!

R: Eu te darei por tua herança os povos todos.

 

 

– Podes pedir-me, e em resposta eu te darei por tua herança os povos todos e as nações, e há de ser a terra inteira o teu domínio.

R: Eu te darei por tua herança os povos todos.

– E agora, poderosos, en­tendei; soberanos, aprendei esta lição: Com temor servi a Deus, rendei-lhe glória e prestai-lhe homenagem com respeito!

R: Eu te darei por tua herança os povos todos.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Jesus pregava a boa-nova, o reino anunciando, e curava toda espécie de doenças entre o povo (Mt 4,23).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 4, 12-17.23-25

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!  


– Naquele tempo, 12Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. 13Deixou Na­zaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, 14no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15“Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! 16O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. 17Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. 23Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo. 24E sua fama espalhou-se por toda a Síria. Levaram-lhe todos os doentes, que sofriam diversas enfermidades e tormentos: endemoninhados, epilépticos e paralíticos. E Jesus os curava. 25Numerosas multidões o seguiam, vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia, e da região além do Jordão.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santa Genoveva

- por Pe. Alexandre

Santa Genoveva nasceu em Nanterre, próximo de Paris, na França, no ano de 422, dentro de uma família muito simples. Desde cedo, ela foi discernindo o chamado de Deus a seu respeito. Quando tinha apenas 8 anos, um bispo chamado Dom Jermano estava indo da França para a Inglaterra em missão. Passou por Nanterre para uma celebração e, ao dar a bênção para o povo, teve um discernimento no Espírito Santo e chamou aquela menina de oito anos para a vida consagrada. A resposta dela foi de que não pensava em outra coisa desde pequenina.

Santa Genoveva queria ser totalmente do Senhor. Não demorou muito tempo, ela fez um voto a Deus para viver a virgindade consagrada. Com o falecimento dos pais, dirigiu-se a Paris para morar na casa de uma madrinha. Ali, vida de oração, penitência de oferta a Deus para a salvação das almas. Então, ela foi ficando conhecida pelo seu ardor, pelo seu amor e pelo desejo de testemunhar Jesus Cristo a todos os corações.

Incompreendida pelas pessoas, ela chegou ao ponto de de ser defendida pelo mesmo Bispo que a chamou para a vida de consagração. Em Paris, ela ficou gravemente enferma; na doença, na dificuldade, chegou a ficar 3 dias em coma. Mas, em tudo, entregava-se à vontade de Deus. E o seu coração ia se dilatando e acolhendo a realidade de tantos. Uma mulher de verdade.

Por causa da invasão do Hunos em várias regiões, chegou, em Paris, uma história que estava amedrontando toda gente: os Hunos estavam chegando para invadir e destruir a capital. Não era verdade e ela o soube. Então, fez questão de falar a verdade para o povo. Eles a perseguiram e quiseram queimá-la como feiticeira. Mas a sua fidelidade a Deus sempre foi a melhor resposta.

Numa outra ocasião, de fato, os Hunos estavam para invadir e destruir Paris. Santa Genoveva chamou o povo para a oração e penitência; e não aconteceu aquela invasão. A sua fama de santidade e sua humildade para comunicar Cristo Jesus iam cada vez mais longe. Santa Genoveva ia ao encontro de povos, e a influência que tinha era para socorrer os doentes, os famintos, uma mulher de caridade, uma santa. Quantas jovens puderam ser despertadas para uma vocação de virgindade consagrada a partir do testemunho de santa Genoveva! Ela faleceu com quase 90 anos.

Santa Genoveva, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O Reino está próximo… (Mt 4,12-17.23-25)

 

Este Evangelho costuma dar espaço a um equívoco muito comum. Quando se ouve Jesus anunciar que o Reino está “próximo”, quase sempre este adjetivo é traduzido como “próximo no tempo”, isto é, o Reino “não tarda a chegar”.

 

Ora, o Reino já chegou. O Reino de Deus – ou seja, aquele espaço onde a vontade do Pai é plenamente obedecida e realizada – é uma Pessoa: trata-se do próprio Jesus. Assim, dizer que o Reino “está próximo” significa declarar que Jesus está no meio de nós e, por isso mesmo, bem ao nosso alcance. Trata-se de uma proximidade geográfica. Basta estender a mão para o tocar…

Sim, Aquele com quem os patriarcas sonharam pelas noites estreladas, Aquele que os profetas do passado anunciaram – ei-lo agora em nossas estradas, praças e esquinas. Nicodemos pode falar com ele na escuridão da noite. A samaritana pode vê-lo, suado e faminto, à beira do poço de Jacó. A hemorroíssa pode aproximar-se e tocar seu manto para ser curada. A pecadora pode lavar-lhe os pés com suas lágrimas abençoadas. Sim, Ele está no meio de nós…

Os teólogos gostam de dizer que, em Jesus Cristo, o Deus transcendente (isto é, fora de nosso alcance) se fez imanente (entrou na história e no espaço dos homens). Em outros termos, Deus “baixou”! Era Deus e, descendo, fez-se homem. Desce mais e se faz servo, lavando os pés dos discípulos. Desce mais e aceita ser tratado como escravo ao morrer na cruz (suplício proibido a um cidadão romano, como o apóstolo Paulo, morto pela espada). Jesus continua sua descida, baixando da cruz ao túmulo, como qualquer mortal.

Pois o Senhor não acaba de descer. Após sua morte, desce à mansão dos mortos (cf. 1Pd 3,19; 4,6) para anunciar-lhes a Boa Nova e permitir a sua adesão. Enfim, como se não bastasse todo esse rebaixamento – sua kênosis ou despojamento (cf. Fl 2,6-8) –, Jesus Cristo ainda desce em cada Eucaristia: ali no altar, na forma humilde de massa de pão, faz-se nosso alimento de caminhada.

Depois de tudo isso, é hora de abandonar a visão de um cristianismo em forma de subida ou escalada, galgando heroicamente os cumes da santidade. Não somos super-heróis! Não somos atletas de Cristo! Deus desceu. Está próximo. Identifica-se com todo aquele que sofre em sua humana condição: o faminto e o sedento, o presidiário e o enfermo, o que não tem roupa nem casa.

Esta é de fato uma Boa Nova. Deus se faz próximo. Não se oculta além das galáxias. Basta estender a mão e o encontraremos. Você estenderá a sua?

 

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.