03 de janeiro de 2023

Tempo do Natal Terça-feira

- por Pe. Alexandre

TERÇA FEIRA – SANTÍSSIMO NOME DE JESUS
(branco, pref. do Natal – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Bendito o que vem em nome do Senhor: Deus é o Senhor, ele nos ilumina

(Sl 117, 26).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, quisestes que a humanidade do vosso Filho, nascendo da Virgem Maria, não fosse submetida a humilhação do homem decaído. Concedei que, participando desta nova criação, sejamos libertados da antiga culpa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1Jo 2,29-3,6

 

– Leitura da primeira carta de são João: Caríssimos: 29 Já que sabeis que ele é justo, sabei também que todo aquele que pratica a justiça nasceu dele. 3,1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. 2 Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3 Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. 4 Todo o que comete pecado comete também a iniquidade, porque o pecado é a iniquidade. 5 Vós sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados e que nele não há pecado. 6 Todo aquele que peca mostra que não o viu, nem o conheceu.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 98,1.3cd-4.5-6 (R: 3a)

 

– Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
R: Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.

R: Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

– Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!

R: Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

 

– Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei!

R: Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– A Palavra se fez carne, entre nós ela habitou; e todos os que a acolheram, de Deus filhos se tornaram (Jo 1,14.12).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 1,29-34

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

– Glória a vós, Senhor!  


29 No dia seguinte, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30 Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. 31 Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”. 32 E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. 33Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. 34Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santa Genoveva

- por Pe. Alexandre

Santa Genoveva nasceu em Nanterre, próximo de Paris, na França, no ano de 422, dentro de uma família muito simples. Desde cedo, ela foi discernindo o chamado de Deus a seu respeito. Quando tinha apenas 8 anos, um bispo chamado Dom Germano estava indo da França para a Inglaterra em missão. Passou por Nanterre para uma celebração e, ao dar a bênção para o povo, teve um discernimento no Espírito Santo e chamou aquela menina de oito anos para a vida consagrada. A resposta dela foi de que não pensava em outra coisa desde pequenina.

Santa Genoveva queria ser totalmente do Senhor. Não demorou muito tempo, ela fez um voto a Deus para viver a virgindade consagrada. Com o falecimento dos pais, dirigiu-se a Paris para morar na casa de uma madrinha. Ali, viveu uma vida de oração e penitência de oferta a Deus para a salvação das almas. Então, ela foi ficando conhecida pelo seu ardor, pelo seu amor e pelo desejo de testemunhar Jesus Cristo a todos os corações.

Incompreendida pelas pessoas, ela chegou ao ponto de ser defendida pelo mesmo Bispo que a chamou para a vida de consagração. Em Paris, ela ficou gravemente enferma; na doença, na dificuldade, chegou a ficar 3 dias em coma. Mas, em tudo, entregava-se à vontade de Deus. E o seu coração ia se dilatando e acolhendo a realidade de tantos. Uma mulher de verdade.

Por causa da invasão do Hunos em várias regiões, chegou, em Paris, uma história que estava amedrontando muitas pessoas: os Hunos estavam chegando para invadir e destruir a capital. Não era verdade e ela o soube. Então, fez questão de falar a verdade para o povo. Eles a perseguiram e quiseram queimá-la como feiticeira. Mas a sua fidelidade a Deus sempre foi a melhor resposta.

Numa outra ocasião, de fato, os Hunos estavam para invadir e destruir Paris. Santa Genoveva chamou o povo para a oração e penitência; e não aconteceu aquela invasão. A sua fama de santidade e sua humildade para comunicar Cristo Jesus iam cada vez mais longe. Santa Genoveva ia ao encontro de povos para socorrer os doentes, os famintos; uma mulher de caridade, uma santa. Muitas jovens puderam ser despertadas para uma vocação de virgindade consagrada a partir do testemunho de Santa Genoveva.

Santa Genoveva morreu em 512, aos 90 anos de idade. Seu corpo foi levado para a igreja dos Santos Apóstolos. Em 1129, a França, especialmente Paris, estava desolada por uma peste, chamada doenças dos ardentes. Estêvão, bispo de Paris, pediu ao povo que invocasse a intercessão de Santa Genoveva. Imediatamente, as curas começaram a aparecer, até que em poucos dias a peste desapareceu. Foi chamado de “Milagre dos Ardentes”. A partir disso, o Papa Inocêncio II, ordenou celebrar-se todos os anos a sua memória.

Santa Genoveva, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Eu vi… (Jo 1,29-34)

 

Este Evangelho nos fala de um conhecimento especial de Jesus Cristo. Uma experiência de quem o viu. Muitas vezes, nós sabemos de coisas por ouvir falar. Sabemos de outras por simples dedução lógica. Não é este, porém, o “conhecimento” de João Batista enquanto testemunha do Verbo de Deus. João, o batizador, é uma testemunha ocular (v. 34): “Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus!”

 

A perícope do Evangelho escolhida pela liturgia de hoje apresenta por 4 vezes o verbo “ver”, que expressa uma experiência sensorial direta através do sentido da visão. Aquilo que a Primeira Aliança jamais pôde ver, permanecendo oculto por séculos, agora vem manifestar-se aos olhos admirados da Nova Aliança: “Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, e não viram…” (Mt 13,17)

 

E o próprio apóstolo João confirmaria esta mesma visão de Cristo em sua 1ª Carta: “Aquele que era desde o princípio, aquele que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e o que nossas mãos apalparam da Palavra da Vida […], isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos…” (1Jo 1,1.3)

 

São olhos e olhares que acompanharam o Filho de Deus encarnado desde a gruta de Belém, onde mamava um recém-nascido, até o drama do Calvário, onde o mesmo evangelista se diz presente à morte do Cordeiro inocente: “Aquele que viu dá testemunho, e seu testemunho é verdadeiro; ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis”. (Jo 19,35)

Deste modo, fica evidente que nossa fé não brota de ilusões ou de lendas piedosas, não é fruto da imaginação, mas do testemunho dos apóstolos. Um testemunho tão sólido e incontestável que, ao longo dos séculos, foi assinado com o sangue dos mártires.

 

Ao identificar Jesus como o Cordeiro de Deus, João Batista se refere ao cordeiro pascal e ao sacrifício de salvação que seria cumprido no Calvário. Assim, a “visão” do Precursor não se esgota na cena imediata do Jordão, mas se projeta infinitamente no plano da salvação. É esta a visão que nos dá o Espírito Santo, permitindo que dos fatos imediatos tenhamos a compreensão dos desígnios de Deus.

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