03 de Julho de 2020
13a Semana Comum Sexta-feira
- por Pe. Alexandre
SEXTA FEIRA – SÃO TOMÉ, APOSTOLO
(Vermelho, glória, pref. dos apóstolos – Ofício da festa)
Antífona da entrada
– Vós sois o meu Deus e eu vos dou graças; vós sois o meu Deus e eu vos exalto: eu vos dou graças porque sois meu salvador (Sl 117,28)
Oração do dia
– Deus todo-poderoso, concedei-nos celebrar com alegria a festa do apóstolo são Tomé, para que sejamos sempre sustentados por sua proteção e tenhamos a vida pela fé no Cristo que ele reconheceu como Senhor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Ef 2,19-22
– Leitura da carta de são Paulo aos Efésios: Irmãos, 19já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus. 20Vós fostes integrados no edifício que tem como fundamento os apóstolos e os profetas, e o próprio Jesus Cristo como pedra principal. 21É nele que toda a construção se ajusta e se eleva para formar um templo Santo no Senhor. 22E vós também sois integrados nesta construção, para vos tornardes morada de Deus pelo Espírito.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 117,1-2 (R: Mc 16,15)
– Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
R: Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
– Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos festejai-o!
R: Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
– Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!
R: Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Acreditastes, Tomé, porque me vistes. Felizes os que creem sem ter visto
(Jo 20,29)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 20,24-29
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São Tomé
- por Pe. Alexandre
Pertenceu ao grupo dos doze apóstolos. O Senhor o chamou dentro de sua realidade, com suas fraquezas e até com suas crises de fé.
Nosso Senhor Jesus revelou a nós coisas maravilhosas através de São Tomé:
“Tomé lhe disse: ‘Senhor, nós nem sabemos para onde vais, como poderíamos saber o caminho?’ Jesus lhe disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6).
Tomé nunca teve medo de expor a realidade de sua fé e de sua razão, que queria saber cada vez mais e melhor. Quando Jesus apareceu aos apóstolos ao ressuscitar, Tomé não estava ali, e aí encontramos seu testemunho: “Oito dias depois, os discípulos encontravam-se reunidos na casa, e Tomé estava com eles. Estando as portas fechadas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!” Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,26-28).
O Papa São Gregório Magno meditando essa realidade de São Tomé diz: “A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que, duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isso a ferida da nossa incredulidade”.
Segundo a Tradição, Tomé teria ido, depois de Pentecostes, evangelizar pelo Oriente e Índia onde morreu martirizado, ou seja, morreu por amor, testemunhando a sua fé.
São Tomé, rogai por nós !
Meditação
- por Pe. Alexandre
Vimos o Senhor! (Jo 20,24-29)
O Evangelho de hoje é todo dirigido aos olhos humanos. O verbo “ver” ocupa o primeiro plano. Afinal de contas, na plenitude dos tempos, quando o Verbo de Deus se fez carne, nascendo de Mulher, tornou-se visível a nossos olhos. O Deus transcendente e inatingível se fez imanente, entrando em nossa História, bem ao alcance de nossos sentidos. Daí em diante, os humildes pastores puderam vê-lo, os leprosos vieram tocá-lo, a multidão atenta ouvia a sua voz.
No domingo seguinte ao da Ressurreição, de novo os discípulos reúnem-se no Cenáculo – o mesmo “salão de cima” onde haviam celebrado com Jesus a Última Ceia. Ali mesmo onde, dias depois, receberiam o dom do Espírito Santo com vento de tempestade e línguas de fogo individuais. Desta vez, Tomé, ausente no domingo anterior, também se faz presente, pois tinha ouvido o testemunho dos demais: “Vimos o Senhor!” “Vimos” com nossos olhos!
A resposta de Tomé fora “científica”, antecipando o racionalismo experimental de nossos dias: “Só acredito vendo! Com meus próprios olhos! E só depois de tocar a marca dos cravos com meu próprio dedo!” Estamos em pleno império dos sentidos: nada é crível se não puder ser comprovado com régua e compasso. Observação e experimentação são os únicos canais para o conhecimento.
E Deus aceita a parada! As portas fechadas, contra toda a física humana, Jesus ressuscitado atravessa as paredes, contorna o muro da matéria e se faz visível, convidando Tomé a realizar sua “prova”. Sua “experiência”. Isto é demais para o pobrezinho, que professa, comovido: “Meu Senhor e meu Deus!”
Ainda hoje, temos numerosos Tomés entre nós. Negam o invisível. Recusam a possibilidade do milagre, aferrados a meia dúzia de leis físicas, químicas e biológicas (aliás, estabelecidas pelo próprio Dono dos milagres). Seu Evangelho é todo adaptado às novas importações da psicologia e das ciências experimentais, e modo que a razão tenha o primado sobre o ato de fé.
E é bom que assim seja! Eu, de minha parte, sou muito grato ao primeiro Tomé, pois foi a sua dúvida metódica que me deu a certeza: o Ressuscitado é o Crucificado. As feridas abertas no corpo glorificado me bastam como prova real. Se Tomé não tivesse duvidado, talvez duvidasse eu…
E Jesus, a rematar a cena: “Feliz daquele que não viu…, mas crê!”
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