03 de Junho de 2021

9a semana comum Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA – CORPO E SANGUE DE CRISTO

(branco, glória, sequência (facultativa), creio, pref. próprio – ofício da solenidade)

Antífona da entrada

 

– O Senhor alimentou seu povo com a flor do trigo e com o mel do rochedo o saciou (Sl 80,17).

Oração do dia

 

– Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Ex 24, 3-8

– Leitura do livro Êxodo – Naqueles dias, 3Moisés veio e transmitiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os decretos. O povo respondeu em coro: “Faremos tudo o que o Senhor nos disse”. 4Então Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. Levantando-se na manhã seguinte, ergueu ao pé da montanha um altar e doze marcos de pedra pelas doze tribos de Israel. 5Em seguida, mandou alguns jovens israelitas oferecer holocaustos e imolar novilhos como sacrifícios pacíficos ao Senhor. 6Moisés tomou metade do sangue e o pôs em vasilhas, e derramou a outra metade sobre o altar. 7Tomou depois o livro da aliança e o leu em voz alta ao povo, que respondeu: “Faremos tudo o que o Senhor disse e lhe obedeceremos”. 8Moisés, então, com o sangue separado, aspergiu o povo, dizendo: “Este é o sangue da aliança que o Senhor fez convosco, segundo todas estas palavras”.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 116, 12-13.15.16bc-18 (R:13)

Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

R: Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

 

– Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em favor elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

R: Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

 

–  É sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, que nasceu de vossa serva; mas me quebrastes os grilhões da escravidão!

R: Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

 

–  Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.

R: Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.

2ª Leitura: Hb 9, 11-15

– Leitura da carta aos Hebreus – Irmãos: 11Cristo veio como sumo sacerdote dos bens futuros. Através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é obra de mãos humanas, isto é, que não faz parte desta criação, 12e não com o sangue de bodes e bezerros, mas com o seu próprio sangue, ele entrou no Santuário uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna. 13De fato, se o sangue de bodes e touros, e a cinza de novilhas espalhada sobre os seres impuros os santifica e realiza a pureza ritual dos corpos, 14quanto mais o Sangue de Cristo purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo, pois, em virtude do espírito eterno, Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha. 15Por isso, ele é mediador de uma nova aliança. Pela sua morte, ele reparou as transgressões cometidas no decorrer da primeira aliança. E, assim, aqueles que são chamados recebem a promessa da herança eterna.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Sequência (Forma breve)

– Eis o pão que os anjos comem transformado em pão do homem; só os filhos o consomem: não será lançado aos cães!
– Em sinais prefigurado, por Abraão foi imolado, no cordeiro aos pais foi dado, no deserto foi maná…
– Bom pastor, pão de verdade, piedade, ó Jesus, piedade, conservai-nos na unidade, extingui nossa orfandade, transportai-nos para o Pai!
Aos mortais dando comida, dais também o pão da vida; que a família assim nutrida seja um dia reunida aos convivas lá do céu!

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Eu sou o pão vivo descido do céu; quem deste pão come, sempre há de viver! (Jo 6,51).

Aleluia, aleluia, aleluia.

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 14, 12-16.22-26

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

– Glória a vós, Senhor!

12No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?” 13Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse: “Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro. Segui-o 14e dizei ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos?’ 15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Aí fareis os preparativos para nós!” 16Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa. 22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. 23Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes, e todos beberam dele. 24Jesus lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus”. 26Depois de ter cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Carlos Lwanga e companheiros

- por Pe. Alexandre

Neste dia, celebramos a memória destes grandes mártires que, na África, testemunharam o nome de Jesus. Carlos Lwanga era chefe dos pajens, que serviam na corte do rei Muanga da Uganda.

Acontece que a entrada da evangelização na África sofreu muito pelas invasões dos homens brancos, por isso os missionários tinham que ser homens verdadeiramente de Deus, ou seja, de caridade, pois facilmente eram confundidos como colonizadores. Depois da entrada dos padres que fizeram um lindo trabalho de evangelização que atingiu Carlos Lwanga e outros, o rei se revoltou e decretou pena de morte para os que rezassem.

São Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros, apresentou-se diante do rei com o firme propósito de não negar a fé, por isso foi queimado vivo diante de todos. Seguindo o irmão na fé, nenhum deles renegou, até que, em 1887, o último deles morreu afogado, como parte dos corajosos mártires de Uganda, na África.

São Carlos Lwanga e companheiros, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O Sangue da Aliança… (Mc 14,12-16.22-26)

Quando se aproximava a invasão de um exército poderoso, o perigo iminente levava as tribos nômades do deserto, até então isoladas, a se aliarem em uma atitude de defesa. Os dois chefes partiam um cavalo em duas metades e passavam entre as partes sangrentas, como a dizer: “Se eu não cumprir minha parte na aliança, podes fazer comigo o que fizemos com este animal.”

No Gênesis, um ritual semelhante é celebrado entre Deus a Abraão, selando a aliança entre Deus e seu povo (cf. Gn 15, 9-17). Em outras celebrações arcaicas, o sangue de um animal era aspergido sobre a assembleia reunida, como rito de purificação; a melhor carne era queimada em sacrifício e o restante era distribuído ao povo que, assim, entrava em comunhão com a divindade.

As duas partes envolvidas no ritual tornavam-se “aliados de sangue”. Era como se formassem um só povo, pois passavam a ser mutuamente comprometidas com todas as dificuldades e desafios que afetassem uma das partes.

O Evangelho de hoje nos situa no meio de uma celebração que, a princípio, parecia apenas uma ceia pascal judaica. No entanto, Jesus surpreende os seus discípulos ao “quebrar o cerimonial” e pronunciar as palavras da primeira consagração eucarística da história: “Isto é meu Corpo… Este é o cálice do meu Sangue…” Um Corpo “dado”, um Sangue “derramado” …

Na verdade, só no dia seguinte – a Sexta-feira Santa – Jesus seria sacrificado no Calvário, como vítima de salvação. No entanto, já na véspera, na quinta-feira, Ele antecipa de modo sacramental (isto é, por meio dos sinais do pão e do vinho) aquilo que seria evento histórico no dia seguinte.

E as palavras do Senhor deixam claro que ele tem consciência de estar dando formato definitivo à Aliança entre Deus e os homens, tantas vezes tentada no passado: Com Noé (Gn 9, 8ss), com Abraão (Gn 17), com Davi (2Sm 7, 11c-16). Desta vez, não há vítimas animais, mas o sangue que deve correr é o próprio Sangue do Cordeiro.

“A Igreja recebeu a Eucaristia de Cristo seu Senhor, não como um dom, embora precioso, entre muitos outros, mas como o dom por excelência, porque dom d’Ele mesmo, da sua Pessoa na humanidade sagrada, e também da sua obra de salvação. Esta não fica circunscrita no passado, pois ‘tudo o que Cristo é, tudo o que fez e sofreu por todos os homens, participa da eternidade divina, e assim transcende todos os tempos e em todos se torna presente’”. (Ecclesia de Eucharistia, 11)

Em cada Eucaristia, a Igreja atualiza (isto é, traz do passado para o presente, de modo real e eficaz) aquele mesmo sacrifício de Jesus, repetindo seus gestos e palavras. E o fiel sabe que está, mais uma vez, presente à montanha do Calvário…

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