03 de Março de 2019

8º Domingo do Tempo Comum

- por Padre Alexandre Fernandes

DOMINGO DA VIII SEMANA COMUM

(Verde, glória, creio – IV semana do Saltério)

 

Antífona da entrada

 

– O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me salvou porque me ama (Sl 17,19).

 

Oração do dia

 

– Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram da paz que desejais e vossa Igreja vos possa servir alegre e tranquila. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Eclo 27,5-8

 

– Leitura do livro do Eclesiástico: 5Quando a gente sacode a peneira,
ficam nela só os refugos; assim os defeitos de um homem aparecem no seu falar. 6Como o forno prova os vasos do oleiro, assim o homem é provado em sua conversa, 7O fruto revela como foi cultivada a árvore; assim, a palavra mostra o coração do homem. 8Não elogies a ninguém, antes de ouvi-lo falar: pois é no falar que o homem se revela.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 92,2-3.13-16 (R: 2a)

 

– Como é bom agradecermos ao Senhor.
R: Como é bom agradecermos ao Senhor.

– Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo! Anunciar pela manhã vossa bondade, e o vosso amor fiel, a noite inteira.
R: Como é bom agradecermos ao Senhor.

– O justo crescerá como a palmeira, florirá igual ao cedro que há no Líbano; na casa do Senhor estão plantados, nos átrios de meu Deus florescerão.
R: Como é bom agradecermos ao Senhor.

– Mesmo no tempo da velhice darão frutos, cheios de seiva e de folhas verdejantes; 16e dirão: 'É justo mesmo o Senhor Deus: meu Rochedo, não existe nele o mal!'

R: Como é bom agradecermos ao Senhor.
 

2ª Leitura: 1Cor 15,54-58

 

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos: 54Quando este ser corruptível estiver vestido de incorruptibilidade e este ser mortal estiver vestido de imortalidade, então estará cumprida a palavra da Escritura: 'A morte foi tragada pela vitória. 55Ó morte, onde está a tua vitória? Onde está o teu aguilhão?' 56O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. 57Graças sejam dadas a Deus que nos dá a vitória pelo Senhor nosso, Jesus Cristo. 58Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e inabaláveis, empenhando-vos cada vez mais na obra do Senhor, certos de que vossas fadigas não são em vão, no Senhor.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Como os astros no mundo vós resplandeceis, mensagem de vida ao mundo anunciando; da vida a Palavra, com fé, proclamais, quais astros luzentes no mundo brilhais (Fl 2,15ss)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 6,39-45.

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!  

 

– Naquele tempo: 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: 'Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? 42Como podes dizer a teu irmão: irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu  olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão. 43Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas. 45O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração. Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, pois sua boca fala do que o coração está cheio.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São Marino e Astério

- por Padre Alexandre Fernandes

O testemunho de São Marino e Astério convida-nos a evangelizarmos a partir da nossa vida

Os santos de hoje foram mártires no século III. São Marino era oficial romano, mas sobretudo, cristão. Já tinha feito seu caminhar com Cristo, estando em constante aprofundamento. No Império, não era reconhecido como cristão, e nem era possível uma evangelização aberta. Mas com sua vida, seu jeito profissional de ser, comunicava a verdade e o amor. Era cogitado para ocupar uma posição chave: a de centurião romano na Cesareia.

Outros queriam esse cargo, e sabiam que ele era cristão. Por isso, um deles levantou uma lei antiga, onde para assumir o cargo era preciso antes sacrificar aos deuses. Imediatamente, Marino revelou publicamente que não poderia fazer isso e professou sua fé. Pela admiração que muitos tinham por ele, não o mataram na hora. Deram a ele três horas para escolher entre apostatar da fé ou morrer.

Ao sair do pretório, encontrou-se com o bispo Teotecno que o levou à igreja e, apontando-lhe para uma espada e para o Evangelho, o motivou a fazer uma escolha digna de cristão. O oficial livremente abraçou o Evangelho.

Passado o tempo, as autoridades o quiseram ouvir. Marino permaneceu fiel por amor a Cristo e à Igreja e acabou sendo degolado. Isto no ano de 260.

De repente, Astério se aproximou do corpo, cobriu-o e enterrou o oficial. Ele sabia que isso poderia levá-lo ao martírio também. E foi o que aconteceu.

O testemunho deles nos convida a evangelizarmos a partir da nossa vida, e em todos os lugares da sociedade, e a nunca renunciarmos nossa fé, mesmo que o martírio nos espere.

Santos Marino e Astério, rogai por nós!

FONTE: CANÇÃO NOVA 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Do tesouro do seu coração… (Lc 6,39-45)

 

Jesus nos ensina que no coração humano existe um tesouro escondido. Bem diferente do pensamento daqueles que afirmam que “o homem é o lobo do homem”. Aliás, o noticiário de cada dia parece dar razão a estes últimos…

 

A mensagem do Evangelho nos ensina, todo o tempo, que Deus investe em nós a sua graça – semente na terra / fermento na massa – e é exatamente da graça divina que decorre a possibilidade de frutificar. Logo, não se trata de fazer ilusões sobre nossa própria capacidade: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5), diz Jesus.

 

Se contemplamos a vida dos santos, veremos ali os frutos admiráveis desse investimento divino. Quando a pessoa se abre ao toque da graça, o lobo se torna cordeiro. Saulo, perseguidor de cristãos, torna-se o arauto da Boa Nova. Francisco, jovem bon-vivant, apaixona-se pela pobreza. E assim toda uma legião de cristãos que dedicaram toda a sua vida a servir a humanidade, vendo na miséria humana um convite direto a amar os deserdados do sistema.

 

Quando Jesus fala em árvore boa e árvore má, nem de longe pensa em algum tipo de determinismo segundo o qual nós já nasceríamos oliveira ou urtiga, fadados ao bem ou ao mal. O homem nasce com boas e más tendências, capaz de servir ou de escravizar, mas é a sua abertura ao Amor divino que irá condicionar a sua existência.

 

Nas palavras de Helmut Gollwitzer, “o discípulo deve conhecer sua total incapacidade de agir bem enquanto ele não for interiormente, no tesouro de seu coração, o objeto de uma santificação. É preciso que ele seja preenchido da vida de Cristo para que suas ações e pregações se coloquem sob a promessa dos frutos”. E diz mais: “Não se trata de uma decisão artificial construída sobre forças humanas, mas da irresistível abundância de Cristo distribuída na vida de seus discípulos”.

 

Por um lado, este Evangelho deve vacinar-nos contra toda ilusão otimista acerca do homem e de sua autonomia: entregue a si mesmo, gera desastres. Por outro lado, deita por terra a falsa humildade daqueles que justificam seus erros: “Eu sou assim… Cresci assim… Não tive oportunidades… Foi o meio social que me perverteu…” É que a graça divina permanece à disposição de todos. Jesus bate à nossa porta o tempo todo, desde a vida intrauterina até a UTI.

 

E basta um simples aceno, um leve gesto de nossa parte, aceitando o Espírito de Deus em nossa vida, para que os frutos de salvação comecem a se mostrar…

 

Orai sem cessar: “Graças a mim é que produzes fruto…” (Os 14,8b)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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