03 de Novembro de 2021

31a semana do tempo comum Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA – XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Não me abandoneis jamais, Senhor, meu Deus, não fiqueis longe de mim! Depressa, vinde em meu auxílio, ó Senhor, minha salvação! (Sl 37,22).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vossos filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Rm 13, 8-10

– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos, 8não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo – pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei. 9De fato, os mandamentos: “Não cometerás adultério”, “Não matarás”, “Não roubarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento se resumem neste: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo”.10O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 112, 1-2.4-5.9 (R: 5a)

 

– Feliz quem tem piedade e empresta!

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

 

– Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

 

– Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos. Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça.

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

 

– Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder.

R: Feliz quem tem piedade e empresta!

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Felizes sereis vós se fordes ultrajados por causa de Jesus, pois repousa sobre vós o Espírito de Deus (1Pd 4,14)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 14, 25-33

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31Ou ainda: Qual rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Martinho de Lima

- por Pe. Alexandre

Com alegria, celebramos a santidade de vida de um santo do nosso chão latino-americano. São Martinho nasceu no Peru, em 1579, filho de um conquistador espanhol com uma mulata panamenha.

Grande parte da sociedade de Lima não diferenciava tanto da nossa atual, pois sustentava a hipócrita postura do preconceito racial, por isso Martinho sofreu humilhações, por causa de sua pele escura.

Aconteceu que São Martinho não foi reconhecido portador de sangue nobre, e nem precisava, porque educado de forma cristã pela mãe, descobriu com a vida que o “aspecto mais sublime da dignidade humana está na vocação do homem à comunhão com Deus” (Catecismo da Igreja Católica).

Com idade suficiente, São Martinho, homem cheio do Espírito Santo e de obras no amor, conseguia servir a Cristo no próximo, primeiramente pela suas diversas profissões (barbeiro, dentista, ajudante de médico), e mais tarde amou Deus no outro e o outro em Deus, como irmão da Ordem Dominicana. Mendigo por amor aos mendigos, São Martinho de Porres, ou de Lima, destacou-se dentre tantos pela sua luta contra o Tentador e a tentação, além da humildade, piedade e caridade. Sendo assim, Deus pôde munir Martinho com muitos Carismas, como o de cura e milagres, sem que estes o orgulhasse e o impedisse de ir para o Céu, onde entrou em 1639.

São Martinho de Lima, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

A sua cruz… (Lc 14,25-33)

 

Sim, Jesus não fala de uma cruz qualquer. Fala daquela cruz que cabe a cada um de nós. “Quem não carrega a SUA cruz, não pode ser meu discípulo.” E é muito estranho que esta verdade possa espantar alguém. Afinal, se o Mestre e Senhor morreu crucificado, abraçado à SUA cruz, por que motivo nós iríamos segui-lo com as mãos abanando? Seria possível imaginar um cristianismo sem cruz?

 

Creio que estamos diante de um véu íntimo, uma cegueira interior que nos impede de olhar de frente a cruz. Muitas vezes, fiz a seguinte experiência: falando a um grupo de católicos, pergunto o que é que Santa Teresinha do Menino Jesus tem nas mãos, em suas imagens. Um coral uníssono responde: rosas! De fato, lá estão as rosas…, mas por que será que nunca me respondem: a cruz? Pois lá está, bem visível, a figura do Crucificado, pregado à sua cruz…

Parece que nossos olhos não querem ver a evidência: nosso Fundador “perdeu”. Morreu crucificado, após terríveis sofrimentos físicos e morais. Seus apóstolos foram todos martirizados. Ainda hoje, por este mundo afora, os fiéis sofrem perseguições e prejuízos de toda ordem. O sistema dominante, centrado no lucro e no poder, tem gana do cristão.

 

Quantas queixas eu tenho ouvido dos que se dizem seguidores de Jesus! “Vejam só o que fizeram comigo! Ninguém me valoriza nesta comunidade… Fiz tanto por aquela paróquia e, agora, me substituíram! Tantos anos de trabalho e me trocaram por alguém mais jovem (ou mais letrado… ou mais influente…).”

 

Fica evidente que esses “fiéis” não estavam lá por amor a Deus. Não prestaram aquele serviço como quem servia amorosamente a Jesus Cristo. Queriam aplausos e reconhecimento. Esperavam uma contrapartida das pessoas. No fundo, não queriam a cruz…

Madre Teresa de Calcutá, mergulhada no mundo dos pobres, assim nos ensina: “O sofrimento jamais desaparecerá completamente de nossa vida. Portanto, não tenham medo. O sofrimento é grande veículo de amor se o desfrutarem e, sobretudo, se o oferecerem pela paz do mundo. O sofrimento em si é inútil, mas o sofrimento partilhado com a paixão de Cristo é dom maravilhoso e sinal de amor.”

 

            Afinal, quando abraçaremos a nossa cruz?

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