03 de Setembro de 2021

22a semana comum Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA – SÃO GREGÓRIO MAGNO PAPA E DOUTOR
(branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– O Senhor o escolheu para a plenitude do sacerdócio e, abrindo seus tesouros, o cumulou de bens.

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que cuidais de vosso povo com indulgência e o governais com amor, daí, pela intercessão de são Gregório Magno, o espírito de sabedoria àqueles a quem confiastes o governo da vossa Igreja, a fim de que o progresso das ovelhas contribua para a alegria eterna dos pastores. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Cl 1,15-20

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses: 15Cristo Jesus é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, 16pois por causa dele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, tronos e dominações, soberanias e poderes. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17Ele existe antes de todas as coisas e todas têm nele a sua consistência. 18Ele é a Cabeça do corpo, isto é, da Igreja. Ele é o princípio, o Primogênito dentre os mortos; de sorte que em tudo ele tem a primazia, 19porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude e 20por ele reconciliar consigo todos os seres, os que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 100,2.3.4.5 (R: 2c)

 

– Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!

R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos o seu povo e seu rebanho.

R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei!

R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!

R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8,12).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 5,33-39

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 33os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fari­seus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem”. 34Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão”. 36Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem. 38Vinho novo deve ser posto em odres novos. 39E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo; porque diz: o velho é melhor”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Gregório Magno

- por Pe. Alexandre

Hoje, celebramos a memória deste Magno (Grande) de Cristo: São Gregório I. Nascido em Roma no ano 540, numa família nobre que muito o motivou à vida pública.

Gregório (cujo nome significa “vigilante”) chegou a ser um ótimo prefeito de Roma, pois era desapegado dos próprios interesses devido a sua constante renúncia de si mesmo. Atingido pela graça de Deus, São Gregório chegou a vender tudo o que tinha para auxiliar os pobres e a Igreja.

São Bento exercia forte influência na vida de Gregório, por isso, além de ajudar a construir muitos mosteiros, entrou para a vida religiosa do “Ora et Labora”.

Homem certo no lugar certo, este foi Gregório, alguém de senso de dever, de medida e dignidade. Além da intensa vida interior, bem percebida quando escreveu sobre o ‘ideal do pastor’:” O verdadeiro pastor das almas é puro em seu pensamento. Sabe aproximar-se de todos, com verdadeira caridade. Eleva-se acima de todos pela contemplação de Deus.”

Com a morte do Papa da época, São Gregório foi o escolhido para “sentar” na Cátedra de Pedro no ano de 590, e assim chefiar com segurança a Igreja num tempo em que o mundo romano passava para o mundo medieval.

São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja que conquistou o Céu com 65 anos de idade (no ano 604), deixou marcas em todos os campos, valendo lembrar que na Liturgia há o Canto Gregoriano, o qual eleva os corações a Deus, fonte e autor de toda santidade.

São Gregório Magno, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Seu povo e seu rebanho… (Sl 100 [99])

 

Quando o Concílio Vaticano II (1963-1965) definiu a Igreja como “povo de Deus” (Lumen Gentium, 9), não fazia mais que reafirmar o desígnio de Deus de ter um povo “seu”. Desde as primeiras páginas do Antigo Testamento, o Senhor manifestou sua vontade: “Gravarei a minha Lei nas suas entranhas e a escreverei nos seus corações, e serei o seu Deus e eles serão o meu povo”. (Jr 31,33)

 

À primeira vista, é a submissão à Lei que define a pertença ao povo do Deus que a escreveu nas pedras do Sinai com seu dedo de fogo (cf. Ex 31,18). No entanto, muito mais que um Senhor, Deus é o Esposo, em um casamento-Aliança onde o povo é a Esposa escolhida.  Com isso, o vínculo da Lei é superado pelo vínculo do amor.

São comoventes as expressões do profeta Oseias, reveladoras da nova relação entre o Criador e a criatura, não mais como indivíduos, mas como um povo esponsal. “Pois, agora, eu é que vou seduzi-la, levando-a para o deserto e falando-lhe ao coração. Eu me casarei contigo para sempre, casamos conforme a justiça e o direito, com amor e carinho.” (Os 2,16.21)

Uma aliança de amor não pode ser rompida. Uma curiosa passagem da Escritura parece mostrar Moisés como advogado de defesa desse matrimônio entre o Senhor e seu povo. Como o líder tardasse na montanha, o povo fabricou um bezerro de ouro como ídolo para seu culto. Deus “reage” propondo a destruição de Israel, mas garantindo a Moisés numerosa descendência.

A frase atribuída a Yahweh foi esta: “Vai, desce, porque se corrompeu o TEU povo que tiraste do Egito”. Moisés retruca: “Por que, Senhor, se inflama a vossa ira contra o VOSSO povo, que tirastes do Egito com o vosso poder e a força de vossa mão?” (Ex 32,7.11) O povo não pertencia a Moisés, mas exclusivamente a Deus.

Deus continua sofrendo com as infidelidades de sua esposa, que somos nós. Nas crises e infortúnios, recorremos ao Esposo. Passada a crise, voltamos aos nossos bezerros dourados e prestamos culto a ídolos mudos, mas ásperos feitores de escravos.

Apesar disso, ao longo da história, surgiram homens e mulheres admiráveis, de coração apaixonado pelo Esposo, que consagraram suas vidas para que Deus fosse mais conhecido e mais amado. Na esteira de João Batista e dos apóstolos, dos mártires e dos confessores, dos eremitas e dos grandes missionários, um pequeno “resto de Israel” reafirma sua fidelidade à Aliança celebrada para sempre.

 

            Seria este o nosso caso?

 

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