04 de Julho de 2021

14a semana comum- Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – SÃO PEDRO E SÃO PAULO

(vermelho, glória, creio, pref. próprio – Ofício da solenidade)

Antífona da entrada

 

– Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus.

Oração do dia

 

– Ó Deus, que hoje nos concedeis a alegria de festejar são Pedro e são Paulo, concedei à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes apóstolos que nos deram as primícias da fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: At 12,1-11

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 1o rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. 2Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. 3E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos Pães ázimos. 4“Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa. 5Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele. 6Herodes estava para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão. 7Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos. 8O anjo continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!”  Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: “Põe tua capa e vem comigo!” 9Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão. 10Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou.
11Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!”

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 34,2-3.4-5.6-7.8-9 (R: 5)

 

De todos os temores me livrou o Senhor Deus.
R: De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

– Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!

R: De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

– Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.

R: De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

– Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.

R: De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

– O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

R: De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

2ª Leitura: 2Tm 4,6-8.17-18

 

Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo: Caríssimo: 6Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 8Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. 17Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão. 18O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.

 

Aclamação ao Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir minha Igreja; e as portas do inferno não irão derrotá-la (Mt 16,18)

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 16,13-19

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santa Isabel

- por Pe. Alexandre

Nasceu na Espanha no ano de 1270. Pertencia à família real de Aragão, que lhe concedeu uma ótima formação cristã. Foi entregue em casamento ao rei Diniz, rei de Portugal, com apenas 12 anos de idade, e já dava testemunho de uma esposa cristã, uma mulher de oração e centrada na Eucaristia, e ajudou a propagar a grande devoção à Nossa Senhora da Conceição. Aos 20 anos, teve seu filho Afonso IV, que viveu muitos conflitos com o pai.

Isabel era mulher de caridade e reconciliadora, vivendo isso bem a partir de sua família. Era rainha, mas nunca esqueceu que também era irmã dos mais necessitados. Uma de suas últimas obras de caridade, talvez, tenha sido cuidar do seu próprio esposo. Dom Diniz, que tanto a fez sofrer, agora precisava dos cuidados de Isabel, que se dispôs, quis cuidar dele. Ele ficou doente em 1324 e faleceu no ano seguinte. Então, Isabel deixou a sua condição de viver no palácio como rainha e recebeu o hábito como franciscana, clarissa.

Em 1336, saiu de Coimbra e foi ao encontro de seu filho, devido a um novo conflito familiar. Mesmo com 66 anos e enferma, conseguiu chegar. Foi acolhida e ouvida por seu filho. Ali ela faleceu, mas foi enterrada em Coimbra, como era seu desejo. Está enterrada em uma Igreja dedicado a ela.

Santa Isabel, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Tu és Pedro… (Mt 16,13-19)

Simão, o velho pescador da Galileia, recebe uma luz interior – que não vem da carne nem do sangue, isto é, que não brota de seus recursos meramente humanos – e identifica Jesus como o Ungido de Deus, o Cristo Senhor. Em resposta, Jesus o define: “Tu és Pedro!”

Alguns exegetas já observaram que “Pedro” não era um nome próprio, um antropônimo em uso na época, nem no grego nem no latim. A palavra empregada por Jesus para renomear Simão bar Jonas foi o termo aramaico “kepha”, que se traduz como “rocha”, “rochedo”. Sua tradução latina seria Petrus, permitindo o jogo de palavras com “petra”, a pedra. Curiosamente, o mesmo jogo é possível em português (Pedro / pedra) e em francês (Pierre / pierre).

Suzanne de Détrich comenta: “Jesus dá a Simão um nome novo: ‘kepha’, que significa ‘rocha’. Este nome contém uma promessa: Simão, o discípulo flutuante, impulsivo, será agora, pela graça de Deus, o “rochedo” sobre o qual Deus edificará a comunidade nova. Nós cremos que se trata, sim, da pessoa de Pedro, e não somente de sua fé. Bem entendido, é enquanto confessor da fé que Pedro é chamado a desempenhar este papel. Confiando-lhe as chaves do reino, Jesus permite a Pedro, e por ele à sua Igreja, abrir este reino àqueles que irão receber sua palavra. Esta palavra tem o poder de desligar os homens das cadeias do pecado e da morte”.

Na Bíblia, várias vezes uma pessoa recebe um nome novo ao receber uma nova missão. Foi assim com Abraão (antes, Abrão – cf. Gn 17,5), foi assim com Israel (antes, Jacó – cf. Gn 32,29). Agora, é a vez de Simão Pedro ser confrontado com a nova missão que Deus lhe reserva: pastorear a Igreja de Jesus (cf. Jo 21,16-17). Seu martírio em Roma, crucificado como seu Mestre, será a prova final de sua missão de pastor, aquele que “dá a vida por suas ovelhas” (cf. Jo 10,11).

Ao longo da história, foram numerosos os papas que sofreram o martírio (Cleto, Clemente, Calixto, Marcelino etc.) ou foram perseguidos e presos (Ponciano, Pio VII etc.), mas não abandonaram sua missão à frente do rebanho. Nos últimos tempos, numerosas vozes rebeldes se ergueram (dentro e fora da Igreja) para contestar o magistério papal, seja em nome de uma liberação dos costumes (aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, ordenação de mulheres etc.), seja por sua posição em defesa dos pobres e excluídos do sistema capitalista.

            Qual é a nossa atitude em relação ao Pedro de hoje?

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