05 de Fevereiro de 2019
4ª Semana do Tempo Comum - Terça-feira
- por Padre Alexandre Fernandes
TERÇA FEIRA – SANTA ÁGUEDA VIRGEM E MÁRTIR
(vermelho, pref. Comum ou dos santos, ofício da memória)
Antífona da entrada
– Esta é uma virgem sábia, do número dos prudentes, que foi ao encontro de Cristo com sua lâmpada acesa.
Oração do dia
– Ó Deus, que santa Águeda, virgem e mártir, agradável ao vosso coração pelo mérito da caridade e pela força no martírio, implore vosso perdão em nosso favor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Hb 12,1-4
– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 1rodeados como estamos por tamanha multidão de testemunhas, deixemos de lado o que nos pesa e o pecado que nos envolve. Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, 2com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, não se importando com a infâmia, e assentou-se à direita do trono de Deus.
3Pensai pois naquele que enfrentou uma tal oposição por parte dos pecadores, para que não vos deixeis abater pelo desânimo. 4Vós ainda não resististes até o sangue na vossa luta contra o pecado.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 22,26b-27.28.30.31-32 (R: 27b)
– Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.
R: Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.
– Sois meu louvor em meio à grande assembleia; cumpro meus votos ante aqueles que vos temem! Vossos pobres vão comer e saciar-se, e os que procuram o Senhor o louvarão. “Seus corações tenham a vida para sempre!”
R: Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.
– Lembrem-se disso os confins de toda a terra, para que voltem ao Senhor e se convertam, e se prostrem, adorando, diante dele todos os povos e as famílias das nações. Somente a ele adorarão os poderosos, e os que voltam para o pó o louvarão.
R: Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.
– Para ele há de viver a minha alma, toda a minha descendência há de servi-lo; às futuras gerações anunciará o poder e a justiça do Senhor; ao povo novo que há de vir, ela dirá: “Eis a obra que o Senhor realizou!”
R: Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 5,21-43.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!” 24Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais. 27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediata-mente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?” 32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”. 35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo : “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando. 39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santa Ãgueda
- por Padre Alexandre Fernandes
Santa Águeda, mesmo diante das dores e humilhações foi firme em escolher Jesus como seu único Esposo
Virgem e mártir, Santa Águeda nasceu no século III numa família muito conhecida, em Catânia, na Sicília. Muito cedo, ela discerniu um chamado a Deus consagrando a sua virgindade ao Senhor, seu amado e esposo. A grande santa italiana foi uma jovem de muita coragem vivendo o Santo Evangelho na radicalidade num tempo em que o imperador Décio levantou contra o Cristianismo uma forte perseguição. Aqueles que não renunciassem ao senhorio de Cristo e não O desprezassem eram punidos com muitos sofrimentos até a morte.
Santa Águeda era consagrada ao Senhor, amava a Deus, mas foi pedida em casamento por um outro jovem. Claro, por coerência e por vocação, ela disse ‘não’. Esse jovem, que dizia amá-la, a denunciou às autoridades. Ela foi presa e injustamente condenada. Que terríveis sofrimentos e humilhações!
Ela sempre se expressava com muita transparência e dizia que pertencia a uma família nobre, rica, conhecida, mas tinha honra de servir a Nosso Senhor, o seu Deus. De fato, para os santos, a maior honra e a maior glória é servir ao Senhor.
Entregaram-na a uma mulher tomada pelo pecado, uma velha prostituta para pervertê-la, mas esta não conseguiu, pois o reinado de Cristo se dava no coração de Águeda antes de tudo. Então, novamente, como num gesto de falsa misericórdia, perguntaram-lhe: “Então, o que você escolheu, Águeda, para a salvação?”. “A minha salvação é Cristo”, ela respondeu.
Os santos passaram por muitas dificuldades, mas, em tudo, demonstraram para nós que é possível glorificar a Deus na alegria, na tristeza, na saúde, na dor.
Em 254 foi martirizada e se encontra na eternidade, com seu esposo, Jesus Cristo, a interceder por nós.
Santa Águeda, rogai por nós!
FONTE: Canção Nova
Meditação
- por Padre Alexandre Fernandes
Jesus foi com ele… (Mc 5,21-43)
O episódio deste Evangelho apresenta uma constante na vida de Jesus: entre a multidão e uma pessoa, esta sempre acaba favorecida. Em outras palavras, Jesus de Nazaré não usa o compromisso com a multidão como desculpa para negar atenção a um indivíduo em particular. Jesus não é o pastor de um carneiral, mas de ovelhas singulares, uma a uma…
Em nossos tempos, um penitente procura pelo pároco e pode ouvir como resposta: “agora não posso, tenho uma reunião”. Não quero afirmar que seja apenas um pretexto para não atender a pessoa, mas procuro mostrar que Jesus não faria assim.
Por outro lado, historicamente a mesma negativa talvez não aconteça se o pedido vem de alguém “importante”, um grande benfeitor, uma pessoa “recomendada”… Já o simples fiel – conhecido como “zé-ninguém” – terá mais dificuldade em ser atendido.
Nos Evangelhos, Jesus não vê cara, vê coração. Não importa se o “pedinte” é um centurião romano, invasor e dominador (cf. Lc 7,2), ou o chefe da sinagoga (Mc 5,22), se é um cego miserável (Mc 10,46ss) ou o paralítico na maca (Lc 5,18): em todos estes casos, a multidão é deixada de lado para que a pessoa individual seja atendida em sua necessidade.
Neste Evangelho, a filha de Jairo está gravemente enferma. Procurado pelo pai, Jesus não lhe diz: “Leve a menina lá em casa…” Talvez para espanto do próprio pai, o Mestre se prontifica: “Vou com você…”
Esta imagem é importante demais para ser deixada na sombra. O gesto de Jesus deve ser para nós a garantia de que jamais seremos ignorados em nossos sofrimentos. Afinal, ele não é o “Emanuel”, o “Deus-conosco”? Não se admire, pois, se ele “vai-com-você”…
Vivemos um momento histórico marcado pela solidão: maré negra que envolve as praças, as arenas esportivas e as enfermarias dos hospitais: o ajuntamento de pessoas não consegue afastar a sombra do isolamento e da solidão. É neste momento especial da Graça de Deus que a Igreja deve apresentar a figura de um Salvador sempre disponível, sempre ao nosso alcance, para quem não existe nenhum outro compromisso mais importante do que parar tudo e estar conosco.
Orai sem cessar: “O Senhor se faz íntimo de quem o teme!” (Sl 25,14)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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