05 de fevereiro de 2023

quinta semana tempo comum - Domingo

- por Pe. Alexandre

 

V DOMINGO DO TEMPO COMUM.

(verde, glória, creio, I semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus (Sl 94,6).

 

Oração do dia

 

– Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 58,7-10

 

– Leitura do livro do profeta Isaías: Assim diz o Senhor: 7Reparte o pão com o faminto, acolhe em casa os pobres e peregrinos. Quando encontrares um nu, cobre-o, e não desprezes a tua carne. 8Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa; à frente caminhará tua justiça e a glória do Senhor te seguirá. 9Então invocarás o Senhor e ele te atenderá, pedirás socorro, e ele dirá: “Eis-me aqui”. Se destruíres teus instrumentos de opressão, e deixares os hábitos autoritários e a linguagem maldosa; 10se acolheres de coração aberto o indigente e prestares todo o socorro ao necessitado, nascerá nas trevas a tua luz e tua vida obscura será como o meio-dia.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 112,4-5.6-7.8a.9 (R: 4a.3b)

 

– Uma luz brilha nas trevas para o justo, permanece para sempre o bem que fez.
R: Uma luz brilha nas trevas para o justo, permanece para sempre o bem que fez.

– Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos. Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça.

R: Uma luz brilha nas trevas para o justo, permanece para sempre o bem que fez.

 

– Porque jamais vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente. Ele não teme receber notícias más: confiando em Deus, seu coração está seguro.

R: Uma luz brilha nas trevas para o justo, permanece para sempre o bem que fez.

– Seu coração está tranquilo e nada teme, ele reparte com os pobres os seus bens; permanece para sempre o bem que fez e crescerão a sua glória e seu poder.

R: Uma luz brilha nas trevas para o justo, permanece para sempre o bem que fez.

2ª Leitura: 1Cor 2,1-5

 

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: 1Irmãos, quando fui à vossa cidade anunciar-vos o mistério de Deus, não recorri a uma linguagem elevada ou ao prestígio da sabedoria humana. 2Pois, entre vós, não julguei saber coisa alguma, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado. 3Aliás, eu estive junto de vós, com fraqueza e receio, e muito tremor. 4Também a minha palavra e a minha pregação não tinham nada dos discursos persuasivos da sabedoria, mas eram uma demonstração do poder do Espírito, 5para que a vossa fé se baseasse no poder de Deus e não na sabedoria dos homens.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Pois eu sou a luz do mundo, quem nos diz é o Senhor; e vai ter a luz da vida quem se faz meu seguidor (Jo 8,12)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 5,13-16

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!  


Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 13Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. 14Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde brilha para todos que estão na casa. 16Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

 

Santa Águeda, protetora dos seios e intercessora das virgens

- por Pe. Alexandre

Origens
Nasceu em 235 na Sicília, de família rica e nobre.

Pontos fortes de sua vida
Desde a infância, desejou consagrar-se a Deus. Com o rito da velatio, recebeu do seu Bispo o flammeum, o véu vermelho que as virgens consagradas usavam na época. Com base na tradição, ela era uma diaconisa dedicada ao serviço da comunidade cristã.

Via de santificação
Santificou-se por meio do serviço pastoral na comunidade e, principalmente, pela via do sofrimento até o cume do martírio.

Protetora das mamas, intercessora das virgens em perigos contra a perda da castidade e invocada em perigos de incêndio

Páscoa
Tudo iniciou-se com o édito governador Quinciano, a fim de perseguir os cristãos, isso desencadeou a fuga da santa para Catânia. Ali, ela foi presa e obrigada a relações sexuais com ele. Por negá-lo, permanecendo virgem e consagrada, foi submetida aos maus tratos, presa e torturada. Teve seus mamilos arrancados e, por fim, submetida às brasas acesas. Ao ser retirada do fogo, foi posta de volta à prisão, mas já estando desfalecida, morreu. Mesmo em meio a tanta tortura, permaneceu fiel a Deus, demonstrando grande fortaleza.

O Relato
Nos seus últimos momentos, Santa Águeda relata os atos do martírio:

“Senhor, que me criastes e me protegestes, desde a minha infância; na minha juventude, me fizestes agir com coragem; que me libertastes dos prazeres mundanos; que preservastes meu corpo da contaminação; que me fizestes vencer os tormentos do algoz, dos ferros, do fogo e das correntes; que me destes, entre os tormentos, a virtude da paciência, vos peço, agora, acolher o meu espírito, por que já é hora que eu deixe este mundo, segundo a vossa vontade, para gozar da vossa misericórdia”.

Ao pronunciar essas palavras, já com voz fraca, na presença de muitas pessoas, entregou seu espírito. Era o dia 5 de fevereiro de 251.

O culto
Seu culto já iniciou no ano seguinte, sendo aclamada popularmente como santa. Dessa maneira, tem suas relíquias colocadas na catedral dedicada a ela em Catânia. Sua imagem traz consigo a palma do martírio somado a uma bandeja com os seios que dela foram arrancados, em sinal de sua fidelidade extrema em meio ao sofrimento.

“A máxima liberdade e nobreza consistem em demonstrar ser serva de Cristo.” | Santa Águeda

Milagres
Os atos do martírio de Santa Águeda narram ainda: “Após um ano, o vulcão Etna entrou em erupção; como um grande incêndio e um rio ardente, o fogo desceu impetuoso, liquefazendo a terra e as pedras, rumo à cidade de Catânia”. Então, muitos se dirigiram ao túmulo de Águeda, para pedir a sua intercessão para que a cidade não fosse incendiada. Seu véu foi exposto diante da lava que, milagrosamente, parou de escorrer.

Devoção no Brasil
A Diocese de Pesqueira (PE) foi dedicada a Santa Águeda, em 1870, onde se vive a devoção a essa santa italiana.

Novena pela saúde das mamas
“Ó gloriosa virgem e mártir Santa Águeda, que, para não trair a fé em Jesus Cristo, preferiste ter os seios arrancados no martírio e miraculosamente curados na prisão, olha por tuas filhas que, cheias de confiança, se dirigem a ti. Tu, que soubeste conservar-te íntegra diante de Deus, liberta-nos da tentação de trocar nossa fé por valores passageiros que nos afastam de Deus. Jovem que foste, livra nossos jovens das drogas, do consumismo, da prostituição e de todo tipo de exploração.

E como disseste ao teu torturador: ‘Não te envergonhas de mutilar na mulher o que tua mãe te deu para dele tirares o alimento?’, livra-nos de todos os males da mama para que, a cada dia, vivendo como verdadeiras cristãs, possamos dizer contigo: ‘Tenho na minha alma os seios íntegros, com os quais nutro todos os meus sentidos que, desde a infância, consagrei a Cristo Jesus’. Amém.”

Reze um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai.

Minha oração
“Ó santa Águeda, concedei-nos a fidelidade a Deus, em meio às tentações contra a castidade; e, pelos méritos de sua paixão e seu martírio, dai-nos o dom da fortaleza, a fim de amar Jesus ao extremo, contra tudo e contra todos. Isso vos peço com o coração aberto para o serviço do Evangelho, por Cristo Nosso Senhor. Amém.”

Santa Águeda, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Para ser jogado fora… (Mt 5,13-16)

 

Quando ganhamos um presente, demonstramos alegria e gratidão. Se a criança ganha uma bicicleta no Natal, bem cedinho já estará com ela na praça do bairro. Há casos, porém, em que o presente não agrada e acaba esquecido em um canto da casa. Se o doador vem a saber, não ficará feliz.

 

Há muitos anos, no Natal, dei a meu filho caçula dois presentes: um livro e uma bola. O livro “O Gigante de Botas” ficava esquecido e, depois de meses, reaparecia no alto de um armário ou no fundo de uma gaveta. Eu o recolocava à vista, mas o presente rejeitado logo sumia de novo.

 

Cada um de nós vem ao mundo como um dom, um presente de Deus. O presente se dirige aos pais, à família ampliada, à comunidade, à Igreja. Nossa presença deve iluminar o ambiente: uma lâmpada acesa sobre o candelabro. Nossa existência deve dar sabor ao mundo: sal da terra. Presentes deste tipo foram Irmã Dulce, a Dra. Zilda Arns, o Dr. Albert Sabin e tantos professores que iluminaram a vida de seus alunos.

 

Entretanto, a realidade pode ser dura. A luz pode apagar-se. O sal, perder o sabor. Nestes casos, estamos diante de um verdadeiro desperdício. Pode ser que os pais cheguem a dizer: – “Este menino não tem mais jeito!” E a comunidade venha a comentar: – “Com fulano não se pode contar!”

 

Nós não fomos chamados à existência para sermos desperdiçados. O verbo desperdiçar vem de “perder” … E o caminho que livremente escolhemos pode desviar-se daquela trilha luminosa e saborosa que tornaria o mundo melhor. Assim, nossa vida oscila entre a perdição e a salvação.

 

Há algum tempo, a pregação dominante nas Igrejas acentua o lado da paciência de Deus, sua misericórdia, sua propensão a perdoar. E isto é absolutamente bíblico. Não se trata de uma heresia. Mas é apenas um lado da verdade. Nosso Deus também é justo. Várias parábolas de Jesus mostram uma repreensão ao “servo mau” que não fez frutificar o investimento de seu Senhor. Ou seja, os dons de Deus não podem ser impunemente desperdiçados.

 

As famílias precisam investir nos dons que receberam: seus filhos. O Estado não pode negar-se a cuidar da educação da juventude: ela é dom de Deus. E quando famílias e governos se omitem em sua missão, temos uma sociedade sombria e sem gosto.

 

A multidão de excluídos, jogados fora, será considerada no Juízo Final…

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