05 de janeiro de 2023

Tempo do Natal Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

 

QUINTA FEIRA – TEMPO DO NATAL
(branco, pref. do Natal – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– No princípio e antes dos séculos o Verbo era Deus e dignou-se nascer para salvar o mundo (I Jo 1,1).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, pelo nascimento de vosso Filho, iniciastes maravilhosamente a redenção do vosso povo. Concedei a vossos servos e servas uma fé tão firme, que nos deixemos conduzir por ele e cheguemos à glória prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1 Jo 3,11-21

 

– Leitura da primeira carta de são João: 11Caríssimos: Esta é a mensagem que ouvistes desde o início: que nos amemos uns aos outros, 12não como Caim, que, sendo do Maligno, matou o seu irmão. E por que o matou? Porque as suas obras eram más, ao passo que as do seu irmão eram justas. 13Não vos admireis, irmãos, se o mundo vos odeia. 14Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte. 15Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida. E vós sabeis que nenhum homicida conserva a vida eterna dentro de si. 16Nisto conhecemos o amor: Jesus deu a sua vida por nós. Portanto, também nós devemos dar a vida pelos irmãos. 17Se alguém possui riquezas neste mundo e vê o seu irmão passar necessidade, mas, diante dele fecha o seu coração, como pode o amor de Deus permanecer nele? 18Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade! 19Aí está o critério para saber que somos da verdade e para sossegar diante dele o nosso coração, 20pois, se o nosso coração nos acusa, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas. 21Caríssimos, se o nosso coração não nos acusa, temos confiança diante de Deus.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 100,2.3.4.5 (R: 2a)

 

– Aclamai o Senhor, ó terra inteira!
R: Aclamai o Senhor, ó terra inteira!

– Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!

R: Aclamai o Senhor, ó terra inteira!

– Sabei que o Senhor, só ele, é Deus. Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.

R: Aclamai o Senhor, ó terra inteira!

– Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei!

R: Aclamai o Senhor, ó terra inteira!

– Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!

R: Aclamai o Senhor, ó terra inteira!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Um dia sagrado brilhou para nós: nações vinde todas adorar o Senhor, pois hoje desceu grande luz sobre a terra.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: 1,43-51

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

– Glória a vós, Senhor!  


– Naquele tempo, 43Jesus decidiu partir para a Galileia. Encontrou Filipe e disse: “Segue-me”. 44Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro. 45Filipe encontrou-se com Natanael e lhe disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José”. 46Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Vem ver! ” 47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. 50Jesus disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” 51E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São João Nepomuceno Neumann

- por Pe. Alexandre

João Nepomuceno Neumann, natural de Boêmia, nasceu em 23 de março de 1811. Ingressou no seminário no ano de 1831, e, ao ser despertado para o chamado à vida sacerdotal, fez toda a sua formação, mas foi acolhido nos Estados Unidos, em Nova York, pelo Bispo Dom João. Ali, foi ordenado. Como padre, buscou ser fiel à vontade do Senhor. São João pertenceu à congregação dos padres redentoristas e, ao exercer vários cargos, sempre foi marcado pelo serviço de humildade, de ser servo de Deus e servir ao Senhor por amor aos irmãos.

O Espírito Santo pôde contar com ele também para o episcopado, sendo um dos sucessores dos apóstolos. Como bispo, participou em cerca de oitenta igrejas e cerca de cem colégios; até a própria Sé, na Filadélfia, foi construída por meio do seu serviço, do seu ministério episcopal.

São João Nepomuceno Neumann é modelo de pastor e defensor da liberdade que salva e liberta; uma imagem, um reflexo do Bom Pastor. Gastou toda a sua vida pelo Senhor, pela Igreja e pelo povo de Deus. Zelou pelo anúncio do Evangelho e manteve um amor ardente pela Igreja e pelos necessitados.

Em 5 de janeiro de 1860, morreu em Filadélfia, Estados Unidos, onde ficou carinhosamente conhecido pelo povo como “bispinho”. Foi beatificado por Paulo VI em 1963. Em 17 de junho de 1977, a fim de participarem de sua glorificação, 30 mil pessoas atravessaram o Oceano. Sua canonização foi realizada pelo mesmo Papa que realizou a beatificação. A cerimônia foi transmitida para o mundo todo. São João Nepomuceno ficou reconhecido como pioneiro das escolas paroquiais americanas.

São João Nepomuceno Neumann, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O céu aberto… (Jo 1,43-51)

 

O apóstolo Natanael se espanta quando Jesus revela um detalhe íntimo de sua vida. Era um modo de conhecer que ia além das possibilidades humanas. Por isso, faz uma profissão de fé. E Jesus lhe promete: “Verás o céu aberto e os Anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do homem”.

 

No fundo, Jesus de Nazaré está declarando sua divindade, sua origem “celeste”. Afinal, o “céu” é, na Bíblia, o lugar de Deus, sua sublime morada. Uma esfera vedada ao humano, já que o “Paraíso” estava fechado desde Gênesis 3, portões guardados por um querubim armado por uma espada fulminante.

 

Quando os céus se abrem, Deus se manifesta. Foi o que aconteceu no “sonho” de Jacó (cf. Gn 28,12ss), quando o patriarca via uma escada que se apoiava na terra e tocava o alto do céu; anjos de Deus subiam e desciam pela escada. No alto, Deus se dirigia a Jacó-Israel com bênçãos e promessas.

 

No Novo Testamento, foi a vez de Pedro ver “os céus abertos”, com a visão da toalha e a voz do Senhor (cf. At 10,11ss). Também Estevão, o protomártir, fora apedrejado sob a acusação de blasfêmia, exatamente ao dizer que via “os céus abertos e Jesus à direita de Deus” (cf. At 7,56).

 

Percebe-se nesta maneira de ver e pensar, uma visão em que céus e terra são “esferas” independentes e separadas: o mundo de Deus e o mundo dos homens. Aqui e ali, em situações especiais, os céus se abriam e descia um anjo de Deus ou o próprio Senhor se manifestava em uma teofania, como na sarça ardente, com Moisés (Ex 3), ou na visão de Daniel (Dn 7,13ss).

 

Até então, era impensável a hipótese de uma verdadeira “invasão” do divino na história dos homens. E foi exatamente isto que ocorreu com a Encarnação do Verbo de Deus. Ao nascer de Mulher, gerado pela ação do Espírito Santo em Maria, a Virgem Santa, o Filho de Deus estende uma ponte permanente entre o céu e a terra. Nele, diz a Carta aos Hebreus, temos um “caminho novo” para Deus (Hb 10,20). Não só é um canal de mediação, mas é presença viva entre os homens, o autêntico Deus-conosco, que se dá como alimento em cada Eucaristia. Um cordeiro para o sacrifício.

 

Assim, podemos afirmar que, na celebração eucarística, ao som do coral angélico que canta “Santo, Santo, Santo”, novamente se abrem os céus e o Deus vivo se faz nosso conviva, para divinizar nossa frágil humanidade.

 

Isto é razão suficiente para o fiel se tornar um adorador…

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