05 de Julho de 2021

14a semana comum - Segunda-feira

- por Pe. Alexandre

SEGUNDA FEIRA – XIV SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – Ofício do dia)

Antífona da entrada

 

– Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, com o vosso nome, até os confins da terra; toda justiça se encontra em vossas mãos. (Sl 47,10)

Oração do dia

 

– Ó Deus, que, pela humilhação do vosso Filho, reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

1ª Leitura: Gn 28,10-22

– Leitura do livro do Gênesis: Naqueles dias, 10Jacó saiu de Bersabeia e dirigiu-se a Harã. 11Chegando a certo lugar, quis passar ali a noite, pois o sol já se havia posto. Tomou uma das pedras do lugar, fez dela travesseiro e ali mesmo adormeceu. 12E viu em sonho uma escada apoiada no chão, com a outra ponta tocando o céu e os anjos de Deus subindo e descendo por ela. 13No alto da escada estava o Senhor que lhe dizia: “Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaac; darei a ti e à tua descendência a terra em que dormes. 14A tua descendência será como o pó da terra, e te expandirás para o ocidente e o oriente, para o norte e para o sul. Em ti e em tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra. 15Estou contigo e te guardarei onde quer que vás, e te recon­du­zirei a esta terra. Nunca te abandonarei até cumprir o que te prometi”. 16Ao despertar, Jacó disse: “Sem dúvida, o Senhor está neste lugar e eu não sabia”. 17Cheio de pavor, disse: “Como é terrível este lugar! Isto aqui só pode ser a casa de Deus e a porta do céu”. 18Jacó levantou-se bem cedo, tomou a pedra de que tinha feito travesseiro e a pôs de pé para servir de coluna sagrada, derramando óleo sobre ela. 19E deu ao lugar o nome de “Betel”. Antes, porém, a cidade chamava-se Luza. 20Jacó fez um voto, dizendo: “Se Deus estiver comigo e me proteger nesta viagem, dando-me pão para comer e roupa para vestir, 21e se eu voltar são e salvo para a casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus. 22aE esta pedra que ergui como coluna sagrada, será uma ‘morada de Deus’”.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 91,1-2.3-4.14-15ab (R: 2b)

 

Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.
R: Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.

– Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive à sombra do Senhor onipotente, diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção, sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.

R: Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.

– Do caçador e do seu laço ele te livra. Ele te salva da palavra que destrói. Com suas asas haverá de proteger-te, com seu escudo e suas armas, defender-te.

R: Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.

– “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo e protegê-lo, pois meu nome ele conhece. Ao invocar-me hei de ouvi-lo e atendê-lo, e a seu lado eu estarei em suas dores”.

R: Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

– Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar, pelo evangelho, a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 9,18-26

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

18Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele, e disse: “Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá”. 19Jesus levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. 20Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra de seu manto. 21Ela pensava consigo: “Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada”. 22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: “Confiança, filha! A tua fé te salvou”. E a mulher ficou curada a partir daquele instante. 23Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada, 24e disse: “Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo”. E começaram a caçoar dele. 25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda aquela região.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santo Antônio Maria Zaccaria

- por Pe. Alexandre

Antônio Maria nasceu em Cremona, no norte da Itália, em 1502 e, ao perder o pai muito cedo, teve de sua mãe o grande gesto de amor que consistiu em dedicar-se somente para sua educação, tanto assim que, com apenas 22 anos, já era médico.

Ele fazia de sua profissão um apostolado, por isso, não cuidava só do corpo, mas também da alma dos seus pacientes que eram tratados como irmãos desse médico corajoso, pois viviam em um ambiente impregnado pelo humanismo sem Deus.

Chamado por Cristo, ampliou seu apostolado ao ser ordenado sacerdote e, dessa forma, pôde testemunhar Jesus e a unidade da Igreja num tempo em que as ciências de fundo pagão, a decadência das ordens religiosas, do clero pediam não uma Reforma Protestante, e sim uma santidade transformadora.

Fundador dos Clérigos Regulares de São Paulo e, com a ajuda de uma condessa, da Congregação das Angélicas de São Paulo, Antônio viveu, comunicou vida num dos períodos mais difíceis da Igreja de Cristo. Depois de muito propagar a devoção a Jesus Eucarístico, por ter trabalhado demais, veio com 37 anos “dormir” nos braços de sua mãe terrestre e acordar nos braços de sua Mãe Celeste.

Santo Antônio Maria Zaccaria, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Não morreu, mas dorme… (Mt 9,18-26)

“A morte é a única barreira que não pode ser transposta”, observa Jean Valette [+1999], pastor e biblista da Igreja Reformada da França. Prossegue o mesmo Autor: “Até aqui, o poder de Jesus sempre derrubara as barreiras, mesmo aquelas da possessão, da loucura, da lepra, da paralisia, sem esquecer as mais temíveis: as barreiras da Lei e do pecado. Satã se viu despojado de todos os seus bens.

Como um rio, Jesus revirou tudo o que se opunha à sua marcha salutar, para levar a vida por toda parte onde passava. E é ainda para levar a vida que ele avança para a casa de Jairo; e é tal o seu poder que, pelo caminho, ele cura uma mulher de improviso e sem ter tido a intenção. Seria impossível descrever com mais simplicidade o caráter irresistível e o poder superabundante desta caminhada.

A morte, cuja barreira Jesus pretendeu forçar, impõe-se a ele e seus companheiros desde a chegada a casa. O triunfo supremo da morte está em não apenas fazer-se aceitar, mas celebrar! Os prantos e gritos que enchem a morada atestam, como sempre, que a morte não é simplesmente um acontecimento, mas uma potência cruel que obriga a honrá-la aqueles que ela esmaga. E os risos que recebem Jesus são como um eco da própria risada da morte, mostrando como ela sabe fazer com que suas futuras vítimas saúdem sua vitória.

A este desafio que o recebe desde a soleira da porta, Jesus responde com a palavra dirigida a todos: ‘A menina não morreu, mas dorme’. Esta palavra não exprime apenas uma filosofia otimista ou serena a respeito da morte. Nem pretende que a morte seja um sono, com tudo o que esta palavra evoca de imagens pacíficas de repouso e de paz. É na perspectiva daquilo que irá fazer, e não do que é a morte, que a palavra de Jesus assume seu sentido. Não porque a morte fosse, em suma, apenas um sono. Jesus assim a define porque ele vai acordar a menina, para quem a morte não terá sido mais que um sono. O Senhor não apresenta nenhum ensinamento teórico sobre a morte e sua verdadeira natureza, mas nega o poder da morte ao afirmar o poder de Deus.

O incontestável poder que a morte acabara de manifestar é agora contestado, não em virtude da ideia que Jesus faz sobre ela, mas pela virtude do ato que irá abolir a morte. Esta palavra nada nos ensina sobre a morte; ela nos assegura que Deus é também o Senhor desta potência.”

Em plena cultura de morte, somos chamados a celebrar a vida e, se necessário, dar a vida pela fé na ressurreição.

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