05 de Maio de 2019

3ª Semana da Páscoa - Domingo

- por Padre Alexandre Fernandes

DOMINGO – III SEMANA DA PÁSCOA

(Branco,glória, creio, III semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Aclamai a Deus toda terra, cantai a glória de seu nome, rendei=lhe glória e louvor, aleluia!  (Sl 65,1).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 5,27b-32.40b-41

 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, os guardas levaram os apóstolos e os apresentaram ao Sinédrio. 27bO sumo sacerdote começou a interrogá-los, dizendo: 28“Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar responsáveis pela morte desse homem! 29Então Pedro e os outros apóstolos responderam: “É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens. 30O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. 31Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o Guia Supremo e Salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados. 32E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que lhe obedecem”. 40bEntão mandaram açoitar os apóstolos e proibiram que eles falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. 41Os apóstolos saíram do Conselho, muito contentes, por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 30,2.4.5-6.11.12a.13b (R: 2a)

 

– Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.
R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.

– Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo!

R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.

– Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria.

R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.

– Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!

R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.

 

2ª Leitura: Ap 5,11-14

 

– Leitura do livro do Apocalipse de são João: Eu, João, vi 11e ouvi a voz de numerosos anjos, que estavam em volta do trono, e dos Seres vivos e dos Anciãos. Eram milhares de milhares, milhões de milhões, 12e proclamavam em alta voz: “O Cordeiro imolado é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria e a força, a honra, a glória, e o louvor”. 13Ouvi também todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles existe, e diziam: “Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro, o louvor e a honra, a glória e o poder para sempre”. 14Os quatro Seres vivos respondiam: “Amém”, e os Anciãos se prostraram em adoração daquele que vive para sempre.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Jesus Cristo ressurgiu por quem tudo foi criado; ele teve compaixão do gênero humano.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 21,1-19

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

– Naquele tempo, 1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim: 2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus. 3Simão Pedro disse a eles: “Eu vou pescar”. Eles disseram: “Também vamos contigo”.  Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite. 4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus. 5Então Jesus disse: “Moços, tendes alguma coisa para comer?” Responderam: “Não”. 6Jesus disse-lhes: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes. 7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar. 8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros. 9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão. 10Jesus disse-lhes: “Trazei alguns dos peixes que apanhastes”. 11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu. 12Jesus disse-lhes: “Vinde comer”. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor. 13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe. 14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos. 15Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?”  Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. 16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santo Ângelo

- por Padre Alexandre Fernandes

Uma tradição muito antiga nos trás a luz sobre a vida de Ângelo.

Os registros indicam que ele nasceu em 1185, na cidade de Jerusalém, de pais judeus pela religião, chamados José e Maria, nomes muito comuns na região. E que eles se converteram após Nossa Senhora ter avisado Ângelo, durante as orações, que ele teria um irmão, o que lhes parecia impossível, porque seus pais eram idosos. Mas isso aconteceu. Emocionados, receberam o batismo junto com a criança, à qual deram o nome de João. Mais tarde, ele também vestiu o hábito carmelita. 
 

Ângelo viveu em muitos conventos da Palestina e da Ásia Menor. Recebeu muitas graças do Senhor, sobretudo o dom da profecia e dos milagres, depois de viver cinco anos no monte Carmelo, mesmo lugar onde viveu o profeta Elias.

Entrou para a Ordem do Carmo quando tinha apenas dezoito anos e, em 1213, foi ordenado sacerdote. 
 

Ainda segundo a tradição, Ângelo saiu do monte Carmelo com os primeiros carmelitas que foram para Roma a fim de obter do papa Honório III a aprovação da Regra do Carmelo, e depois imigraram para a Sicília. 
 

Lá, ao visitar a basílica de São João, se encontrou com os sacerdotes, que se tornaram santos, Domingos de Gusmão e Francisco de Assis, instante em que previu e anunciou a sua morte como mártir de Jesus Cristo. 
 

Dentre seus grandes feitos, o que mais se destaca é o trabalho de evangelização que manteve entre os hereges cátaros daquela cidade. A história narra que ele conseguiu converter até uma mulher que, antes disso, mantinha uma vida de pecados, até mesmo uma relação incestuosa com um rico senhor do lugar. 
 

No dia 5 de maio de 1220, Ângelo fez sua última pregação na igreja de São Tiago de Licata, na Sicília. Nesse dia foi morto, vítima daquele rico homem, que não se conformou com o abandono e a conversão de sua amante, encomendando o assassinato. 
 

Venerado pela população, logo uma igreja foi erguida no lugar de seu martírio, onde foi sepultado o seu corpo.

 

A Igreja canonizou o mártir santo Ângelo em 1498.

Somente em 1662 as suas relíquias foram transladadas para a igreja dos carmelitas. O seu culto se difundiu amplamente no meio dos fiéis e na Ordem do Carmo. 
 

Santo Ângelo foi nomeado padroeiro de muitas localidades, inicialmente na Itália, depois em outras regiões da Europa. Sua veneração se mantém até os nossos dias, sendo invocado pelo povo e devotos nas situações de suas dificuldades.

Os primeiros padres carmelitas da América difundiram a sua devoção, construindo igrejas, nomeando as aldeias que se formavam, e expandiram o seu culto, que também chegou ao Brasil. 

FONTE: DERRADEIRAS GRAÇAS 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Tendes alguma coisa para comer? (Jo 21,1-19)

 

            Última página do 4º Evangelho. O Mestre morreu, os discípulos regressam ao mar, voltam à pesca que haviam abandonado pelo Mestre (cf. Mt 4,20.22). Mas eles não sabem que o Senhor está vivo, ressuscitou. E mais: ele está próximo, está na margem…

 

            É uma bela imagem. Rica descoberta: saber que Jesus sempre estará à margem, no limiar, no divisor de águas de nossas fugas e hesitações. Na bruma da madrugada, quando os olhos humanos mal definem as formas, ali está o Senhor. Ele não desiste de nós.

 

            E Jesus, à distância, faz uma pergunta aos discípulos: “Tendes algo para comer?” Claro que eles não têm. E a interrogação serve para deixar bem claro que eles não se bastam, não se sustentam. Afinal, uma noite de pesca e as redes vazias…

 

            Para o beneditino François Trévedy, Jesus só nos pede “alguma coisa para comer”, para ele mesmo em pessoa nos dar o alimento, deixando-nos substancialmente cheios dele, para fazê-lo seu, de si mesmo, ele que existe para nós.

 

            Mas a pergunta abre um novo horizonte: é Jesus, o próprio Pão da Vida, quem pede de comer. Como é imensa a sua fome! Sua pergunta nos deixa desarmados, porque ela desmancha a imagem que fazíamos de Deus, um Ser onipotente, que a si mesmo se basta. E eis que ele se mostra faminto, à espera de que o vamos alimentar…

 

            – Vocês têm para mim um bico de pão? Um pedaço de peixe? Ainda existe um você alguma coisa que possa me alimentar?

 

            Quando os pescadores chegam à margem, ali encontram um fogo aceso. As brasas estavam preparadas. E Trévedy recorda que fora junto a outro braseiro que Simão Pedro havia negado o seu Mestre (cf. Lc 22,55). E será junto a esse braseiro na praia que Pedro fará sua definitiva confissão de amor: “Senhor, tu sabes que te amo!”

 

            Um Deus que tem fome. Tem sede (cf. Jo 19,28). Santa Teresa de Lisieux ficou impressionada com a sede de Cristo: “Ao dizer-me ‘dê-me de beber’, o Criador do universo estava pedindo o amor da sua pobre criatura. Tinha sede de amor”.

 

“Orai sem cessar:”: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos!”

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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