05 de Outubro de 2019

26ª semana comum Sábado

- por Padre Alexandre Fernandes

SABADO – XXVI SEMANA DO TEMPO COMUM

(Verde, glória, creio – II semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Senhor, tudo o que fizestes conosco, com razão o fizestes, pois pecamos contra vós e não obedecemos aos vossos mandamentos. Mas honrai o vosso nome, tratando-nos segundo vossa misericórdia (Dn 3,31.29.43.42).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que mostrai vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que nos reservais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Br 4,5-12.27- 29

 

– Leitura do livro de Baruc: 5Coragem, meu povo, que sois a lembrança viva de Israel: 6fostes vendidos às nações, mas não para serdes exterminados; por terdes provocado a ira de Deus é que fostes entregues aos inimigos. 7Exasperastes Aquele que vos criou, oferecendo sacrifícios aos demônios, e não a Deus. 8Esquecestes o Deus que vos alimentou, o Deus eterno, e entristecestes aquela que vos nutriu, Jerusalém. 9Ela viu desabar sobre vós a ira de Deus e disse: “Escutai, vizinhas de Sião: Deus fez cair sobre mim uma grande aflição. 10Eu vi o cativeiro de meus filhos e filhas, que o Eterno lhes infligiu. 11Eu os havia criado com alegria; com lágrimas e luto os vi partir. 12Ninguém se alegre por ver-me viúva e abandonada por muitos! Por causa dos pecados de meus filhos, fiquei deserta; eles se desviaram da lei de Deus.
27Animai-vos, meus filhos, e clamai a Deus; ele, que vos fez sofrer, há de lembrar-se de vós. 28Como por livre vontade vos desviastes de Deus, agora, voltando, buscai-o com zelo dez vezes maior; 29aquele que trouxe sofrimento para vós, para vós trará, com a vossa salvação, eterna alegria.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 69,33-35.36-37 (R: 34a)

 

– Nosso Deus atende a prece dos seus pobres.
R: Nosso Deus atende a prece dos seus pobres.

 

– Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos. Que céus e terra glorifiquem o Senhor com o mar e todo ser que neles vive!

R: Nosso Deus atende a prece dos seus pobres.

 

– Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, reconstruindo as cidades de Judá, onde os pobres morarão, sendo seus donos. A descendência de seus servos há de herdá-las, e os que amam o santo nome do Senhor dentro delas fixarão sua morada!

R: Nosso Deus atende a prece dos seus pobres.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelastes os mistérios do reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 10,17-24

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 17os setenta e dois voltaram muito contentes, dizendo: “Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa do teu nome”.
18Jesus respondeu: “Eu vi Satanás cair do céu, como um relâmpago. 19Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal. 20Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu”. 21Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que vêem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santa Maria Faustina Kowalska, apóstola da Divina Misericórdia

- por Padre Alexandre Fernandes

Santa Faustina teve experiências místicas onde Jesus, foi recordando à humilde religiosa

A misericórdia divina revelou-se manifestamente na vida desta bem-aventurada, que nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central. Faustina foi a terceira de dez filhos de um casal pobre. Por isso, após dois anos de estudos, teve de aplicar-se ao trabalho para ajudar a família.

Com dezoito anos, a jovem Faustina disse à sua mãe que desejava ser religiosa, mas os pais disseram-lhe que nem pensasse nisso. A partir disso, deixou-se arrastar para diversões mundanas até que, numa tarde de 1924, teve uma visão de Jesus Cristo flagelado que lhe dizia: “Até quando te aguentarei? Até quando me serás infiel?”

Faustina partiu então para Varsóvia e ingressou no Convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia no dia 1 de agosto de 1925. No convento tomou o nome de Maria Faustina, ao qual ela acrescentou “do Santíssimo Sacramento”, tendo em vista seu grande amor a Jesus presente no Sacrário. Trabalhou em diversas casas da congregação. Amante do sacrifício, sempre obediente às suas superioras, trabalhou na cozinha, no quintal, na portaria. Sempre alegre, serena, humilde, submissa à vontade de Deus.

Santa Faustina teve muitas experiências místicas onde Jesus, através de suas aparições, foi recordando à humilde religiosa o grande mistério da Misericórdia Divina. Um dos seus confessores, Padre Sopocko, exigiu de Santa Faustina que ela escrevesse as suas vivências em um diário espiritual. Desta forma, não por vontade própria, mas por exigência de seu confessor, ela deixou a descrição das suas vivências místicas, que ocupa algumas centenas de páginas.

Santa Faustina sofreu muito por causa da tuberculose que a atacou. Os dez últimos anos de sua vida foram particularmente atrozes. No dia 5 de outubro de 1938 sussurrou à irmã enfermeira: “Hoje o Senhor me receberá”. E assim aconteceu.

Beatificada a 18 de abril de 1993 pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”, foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000.

Santa Faustina, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova

 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

E as revelaste aos pequeninos… (Lc 10,17-24)

 

            Certa vez, vi alguém com uma camiseta que me chamou a atenção. Trazia o desenho de um alto de morro onde, em primeiro plano, um grupo de magos e cientistas examinava as estrelas com lunetas, binóculos e telescópios. Em segundo plano, atrás de uma moita de capim, escondia-se Jesus, cercado por um bando de criancinhas. E Jesus tinha o indicador sobre os lábios, na vertical, como se dissesse: “Não digam a eles que eu estou aqui!”

 

            Aquela camiseta denunciava, de forma brincalhona, a nossa antiga ilusão de buscar a Deus nas alturas, quando ele já “desceu” e se pôs no nosso nível, tornando-se acessível a todos. Desde a Encarnação do Verbo, toda elucubração teológica se revela como insano esforço de homens que pretendem transformar sua relação com Deus em uma espécie de árdua conquista, quando, ao contrário, o próprio Deus, revestido de nossa fraqueza humana, se dá de graça aos pequeninos.

 

            Mais recentemente, passou entre nós o Irmão Francisco, lembrado pela liturgia de hoje. Espalhando a paz pelas ruas de Assis, livre, pacífico e pobre, tinha todo o tempo do mundo para Jesus e para os irmãos. Foi pensando nele que escrevi o soneto “Francisco”:

 

         Em tudo a procurar o mais pequeno…

         Em tudo a preferir o mais oculto…

         Lá vai Francisco a projetar seu vulto,

         Que logo nos recorda o Nazareno…

 

                        Não ergue a voz: tem o falar sereno.

                        Não nos condena: a todos leva indulto.

                        Amar e sempre amar – eis o seu culto,

                        No coração de Paz e Bem tão pleno!

 

            De pés no chão, de roupa remendada,

            Atraindo as calhandras pela estrada,

            Lá vai o “poverello” de Assis…

 

                        E dizem que, na história deste mundo,

                        Ninguém viveu o Amor assim profundo…

                        Ninguém viveu tão pobre e tão feliz…

 

Orai sem cessar: “Mantenho em calma e sossego a minha alma.” (Sl 131,2)

 

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