06 de abril de 2023

QUINTA FEIRA - CEIA DO SENHOR (branco, glória pref. da eucaristia, ofício próprio)

- por Pe. Alexandre

Antífona da entrada
– A cruz do nosso Senhor Jesus Cristo deve ser nossa glória: nele está nossa
vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou (Gl 6,14).
Oração do dia
– Ó Pai, estamos reunidos para santa ceia, na qual o vosso Filho único, ao
entregar-se à morte, deu à sua Igreja um novo e eterno sacrifício, como
banquete do seu amor. Concedei-nos, por mistério tão excelso, chegar à
plenitude da caridade e da vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Ex 12,1-8.11-14
– Leitura do livro do Êxodo: Naqueles dias: 1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão
no Egito: 2 ” Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês
do ano. 3 Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: ‘No décimo dia
deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa.
4 Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará
também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis
calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro. 5 O cordeiro
será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro,
como um cabrito: 6 e devereis guardá-lo preso até ao dia catorze deste mês.
Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde.
7 Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta,
nas casas em que o comerem. 8 Comereis a carne nessa mesma noite, assada
ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 11 Assim devereis comê-lo: com os
rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois
é a Páscoa, isto é, a ‘Passagem’ do Senhor!
12 E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os
primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos
os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13 O sangue servirá de sinal nas casas onde
estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga
exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 14 Este dia será para vós uma
festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as
gerações, como instituição perpétua.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 116B,12-13.15-16bc.17-18 (R: 1Cor 10,16)
– O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do
Senhor.

– Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu
favor? Levo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do
Senhor.
– È sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis
que sou o vosso servo, ó Senhor, mas me quebrastes os grilhões da
escravidão!
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do
Senhor.
– Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do senhor.
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do
Senhor.
2ª Leitura: 1 Cor 11,23-26
– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos: 23 O que eu recebi
do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor
Jesus tomou o pão 24 e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu
corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. 25 Do mesmo modo,
depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança,
em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha
memória”. 26 Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste
cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 13,1-15
Glória, ó Cristo, Verbo de Deus.
Glória, ó Cristo, Verbo de Deus.
– Eu vos dou um novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que também
vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor! (Jo 13,34)
Glória, ó Cristo, Verbo de Deus.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– 1 Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de
passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim. 2 Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração
de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3 Jesus,
sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha
saído e para Deus voltava, 4 levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma
toalha e amarrou-a na cintura. 5 Derramou água numa bacia e começou a lavar

os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
6 Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?”
7 Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde
compreenderás”. 8 Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus
respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9 Simão Pedro disse:
“Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a
cabeça”. 10 Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os
pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”.
11 Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.
12 Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se
de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13 Vós
me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14 Portanto, se eu, o
Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos
outros. 15 Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

Beato Miguel Rua, o primeiro salesiano e sucessor de Dom Bosco

- por Pe. Alexandre

Beato salesiano
Para a Comunidade Canção Nova, que faz parte da Família Salesiana, fundada por Dom Bosco, vale a pena destacar a vida do Beato Miguel Rua, o sucessor de Dom Bosco. Sua memória é celebrada pela Família Salesiana em 29 de outubro, dia de sua canonização. Dia 6 de abril foi sua morte, que é quando a Igreja, de modo geral, celebra a memória daqueles que ela reconhece como alguém que esteja na glória de Deus.

 

Particularidades de Miguel Rua
A vida do Beato Miguel Rua está totalmente atrelada à história de Dom Bosco. Sendo assim, neste texto, o santo fundador dos salesianos será muito citado, pois trata-se do grande motivador da via de santidade para Miguel Rua.

Na escola
Na época de Miguel Rua, o terceiro ano na escola era a última classe obrigatória. Quando Dom Bosco questionou Miguel sobre o que ele iria fazer no ano seguinte, Miguel respondeu que, por ser órfão, na fábrica já tinham prometido à sua mãe dar-lhe emprego. Para Dom Bosco, que também tinha perdido o seu pai muito cedo, convencer a mãe de Miguel Rua a deixá-lo continuar a estudar foi fácil, assim, Miguel entrou como interno em Valdocco, o oratório festivo de Dom Bosco, onde já estavam outros 500 rapazes.

Beato Miguel Rua e o chamado à vida religiosa

Religioso

  • Dia 3 de outubro de 1852, aos 15 anos, Miguel recebeu o santo hábito clerical nos Becchi de Castelnuovo;
  • A 26 de janeiro de 1854, Dom Bosco reuniu quatro jovens no seu quarto e deu assim início à Congregação Salesiana;
  • A 25 de março de 1855, no quarto de Dom Bosco, Miguel professou, nas mãos do fundador, os votos de pobreza, castidade e obediência.

O primeiro salesiano
Miguel Rua foi o primeiro salesiano. Trabalhava ensinando matemática e religião, auxiliava no refeitório, no pátio e na capela. À noite, copiava os escritos, cartas e publicações de Dom Bosco, além disso, estudava para se tornar sacerdote, isso tudo quando tinha apenas 17 anos. Ficou também responsável pela direção do oratório festivo San Luigi.

Beato Miguel Rua e Dom Bosco

Morte da mãe de Dom Bosco
Em novembro de 1856, morre mamãe Margarida, a mãe de Dom Bosco. Miguel apoia-se na sua mãe, Gioanna Maria Ferrero, que já ajudava nas lides domésticas do Oratório de S. Francisco de Sales. Mais uma vez, a família Rua completa a família Bosco.

Braço direito de Dom Bosco
Em 1858, Miguel Rua acompanhou Dom Bosco na visita ao Papa Pio IX, para aprovar as Regras dos Salesianos. No regresso é confiada a ele a direção do primeiro oratório de Valdocco.

Profecia e seu comprimento
A 28 de julho de 1860, Miguel Rua foi ordenado sacerdote. Dom Bosco escreveu-lhe um bilhete: “Tu verás melhor que eu a obra salesiana atravessar as fronteiras de Itália e a estabelecer-se no mundo”. Dom Rua abre a primeira casa salesiana fora de Turim em Mirabello. Poucos anos mais tarde, regressa à Valdocco, substitui e assiste Dom Bosco em tudo. Em novembro de 1884, o Papa Leão XIII nomeia Dom Rua Vigário e sucessor de Dom Bosco, que morrerá nos seus braços quatro anos mais tarde. Com ele, a Sociedade São Francisco de Sales (Salesianos) passou de 773 a quatro mil salesianos, de 57 a 345 casas, de seis a 64 inspetorias em 33 países.

A regra viva
Dom Rua, que era considerado a regra salesiana viva, mostra-se um pai amoroso como Dom Bosco. Enfrenta e supera inúmeras dificuldades no governo da Congregação. Consolida a missão e o espírito salesiano.

Páscoa
Morreu a 6 de abril de 1910, aos 73 anos. Paulo VI beatificou-o dizendo: “Fez da fonte um rio”.

Minha oração
“Jesus, quando tudo parece estar perdido, há no seio da sua Igreja homens e mulheres que te seguem. Que eu e minha família sejamos os sucessores daqueles que, como Dom Bosco e o Beato Miguel Rua, fizeram a Vontade de Deus. Guia-nos, Senhor Jesus.”

Beato Miguel Rua, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Lavar-me os pés?! (Jo 13,1-15)

Carregada de incontida emoção, a frase expressa todo o espanto de
Simão Pedro. O que Jesus lhe propunha, ao final da Ceia, constituía uma
inaceitável inversão de posições: o servidor é quem deve lavar os pés do seu
Senhor. Não o contrário, como Jesus se dispõe a fazer.
Claro que Jesus, o Mestre do amor, tinha acima de tudo uma intenção
pedagógica. Tratava-se de oferecer um modelo de comportamento a ser
imitado a seguir: “Assim também vós deveis lavar os pés uns aos outros.” (V.
14) Daí em diante, o espírito de competição, a volúpia de mando e a busca de
honrarias já não teria cabimento entre os seguidores de Jesus…
Percebe-se que, naquele momento da Última Ceia, Pedro não
compreendia o aparente absurdo. Somente mais tarde, ao morrer crucificado
como seu Mestre, o velho pescador mostraria a todos que tinha chegado a
compreender. Também a fé precisa de tempo…
No Ícone oriental do Lava-pés, Jesus tem a toalha e a bacia. Onze dos
apóstolos são figurados sem as sandálias, isto é, estão prontos a aceitar o
gesto imprevisto de Jesus. Somente Judas Iscariotes se mantém calçado: ele
recusa que Jesus lhe lave os pés, pois previamente decidira não corresponder
a esse amor humilde… E a humildade de Jesus é muito exigente…
Meditando este Evangelho, compus o soneto “Lava-pés”:
Senhor Jesus, tu vens lavar-me os pés
Manchados de poeira e de pecado?!
Não vais ficar também emporcalhado,
Tu que és mais puro do que o aloés?

Lavas meus dedos! Sabes bem: são dez…
Com eles caminhei no rumo errado
E, dos Dez Mandamentos afastado,
Acabei prisioneiro das galés…
Jesus, sem ter pecado, sem ter falha,
Tu prendes na cintura uma toalha,
Enchendo de água pura uma bacia…
E, depois de lavar-me do meu crime,
O teu Sangue de novo me redime
E vem lavar minh’alma todo dia…
Orai sem cessar: “Lava-me por completo da minha iniquidade!” (Sl 51,4)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
[email protected]

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