06 de Dezembro de 2022

2a Semana do Advento ano A. Terça-feira

- por Pe. Alexandre

TERÇA FEIRA – II SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. Advento I – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Eis que o Senhor virá e com ele todos os seus santos, e haverá uma grande luz naquele dia (Zc 2,5.7).

 

Oração do dia

 

– Deus, que manifestastes o vosso Salvador até os confins da terra, dai-nos esperar com alegria a glória do seu natal. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 40, 1-11

– Leitura do livro do profeta Isaías: 1Consolai o meu povo, consolai-o! – diz o vosso Deus. 2Falai ao coração de Jerusalém e dizei em alta voz que sua servidão acabou e a expiação de suas culpas foi cumprida; ela recebeu das mãos do Senhor o dobro por todos os seus pecados. 3Grita uma voz: “preparai no deserto o caminho do Senhor, aplainai na solidão a estrada do nosso Deus. 4Nivelem-se todos os vales, rebaixem-se todos os montes e colinas; endireite-se o que é torto e alisem-se as asperezas: 5a glória do Senhor então se manifestará, e todos os homens verão juntamente o que a boca do Senhor falou”. 6Dizia uma voz: “Grita!” E respondi: “Que devo gritar?” A criatura humana é feno, toda a sua glória é como flor do campo; 7seca o feno, murcha a flor ao soprar o Senhor sobre eles. Sim, o povo é feno. 8Seca o feno, murcha a flor, mas a palavra de nosso Deus fica para sempre. 9Sobe a um alto monte, tu, que trazes a boa nova a Sião; levanta com força a tua voz, tu, que trazes a boa nova a Jerusalém, ergue a voz, não temas; dize às cidades de Judá: “Eis o vosso Deus, 10eis que o Senhor Deus vem com poder, seu braço tudo domina: eis, com ele, sua conquista, eis à sua frente a vitória. 11Como um pastor, ele apascenta o rebanho, reúne, com a força dos braços, os cordeiros e carrega-os ao colo; ele mesmo tange as ovelhas-mães”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 96,1-2.3.10ac.11-12.13 (R: Is 40,9-10)

 

– Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!
R: Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! Dia após dia anunciai sua salvação.

R: Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!

– Manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios! Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” E os povos ele julga com justiça.

R: Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!

– O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as florestas e as matas.

R: Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!

– Na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade.

R: Olhai e vede: o nosso Deus vem com poder!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Está perto o dia do Senhor, ele mesmo virá para salvar-nos!

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 18,12-14

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, se uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? 13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Nicolau de Mira

- por Pe. Alexandre

Nicolau nasceu no ano 275 em Pátara, cidade marítima da Lícia, na Turquia meridional. Seus pais eram ricos e possuíam uma profunda vida de oração. Ainda muito jovem, tornou-se órfão. Recordando a passagem do “Jovem rico”, Nicolau é conhecido principalmente para com os pobres, já que, ao receber por herança uma grande quantia de dinheiro, livremente partilhou com os necessitados e pobres.

Educado no cristianismo, tornou-se sacerdote da diocese de Mira, onde com amor evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição que os cristãos viviam.

Certa vez, ficou sabendo que um homem havia perdido todo o seu dinheiro. Ele tinha três filhas, que tinham idade suficiente para o casamento, mas não tinham os dotes para a celebração. Por isso, as filhas do pobre homem seriam vendidas como escravas, pois não poderiam viver na casa por mais tempo. Na noite antes da partida da filha mais velha que seria vendida, ela lavou suas meias e as colocou em frente ao fogo para que secassem. Na manhã seguinte, a jovem viu que havia dentro de sua meia uma bolsinha com ouro. Daí que, nos países do Norte da Europa, usando da fantasia, viram em Nicolau o velho de barbas brancas que levava presentes às crianças no mês de dezembro.

Com a morte do bispo de Mira, Nicolau foi eleito seu sucessor. A obediência fez com que Nicolau abandonasse a solidão para assumir as responsabilidades de bispo. Conquistou a todos com sua caridade, zelo, espírito de oração e carisma de milagres em favor, sobretudo, dos enfermos.

Historiadores relatam que ao ser preso, por causa da perseguição dos cristãos, Nicolau foi torturado e condenado à morte, mas, felizmente, salvou-se em 325, pois foi publicado o edito de Milão que concedia a liberdade religiosa.

São Nicolau participou do Concilio de Nicéia, onde, contra a heresia ariana, foi definida  a divindade  de Jesus, declarado consubstancial ao Pai. Nicolau presenciou uma cena indescritível: Constantino Magno, um grande perseguidor do povo cristão, ajoelhou-se para beijar as cicatrizes de Nicolau e de outros cristãos torturados na última perseguição.

Nicolau entrou no Céu em 343, ao morrer em Mira com fama de santidade e de instrumento de Deus para que muitos milagres chegassem ao povo. Após sua morte, seu túmulo em Mira se tornou um local de peregrinação. Suas relíquias foram consideradas milagrosas, devido a um misterioso líquido que saía de dentro, chamado “maná de São Nicolau”.

São Nicolau é invocado contra os perigos de incêndios e é padroeiro dos marinheiros.

São Nicolau, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Se uma delas se extraviar… (Mt 18,12-14)

 

Existe um caminho, uma via de salvação. A condição humana, desde Gn 3, inclui a possibilidade de se extraviar. Sair do caminho. Na imagem adotada por Jesus, uma única ovelha extraviada justifica o esforço e o sacrifício do pastor para encontrá-la e recuperá-la, mesmo deixando em risco (no deserto! Cf. Lc 15,4) as 99 ovelhas do rebanho.

 

Não pensa assim a sociedade de produção e consumo, de metas e lucros, onde se está sempre pronto a sacrificar algumas pessoas em benefício da empresa. Não só no socialismo comunista, mas também no capitalismo reinante, o indivíduo conta muito pouco diante da massa. Considera-se normal que alguém seja descartado diante da indiferença geral.

 

O desígnio divino de salvar a todos não trabalha com estatísticas ou com as avaliações de custo e benefício. A perda de um só seria irreparável. Os místicos reconheceram no sangue derramado no Calvário aquela “gota” que cabia a eles. Em suma, ninguém escapa à decisão do Salvador: “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância”. (Jo 10,10) Daí, o ensinamento do apóstolo: “Deus quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade”. (1Tm 2,4)

 

Para nosso Deus – afinal, ele é Pai e nós somos filhos… – a menor das criaturas é objeto de sua amorosa atenção. Parece até que seu olhar recai com preferência sobre os mais desmunidos, os mais abandonados, aqueles que já não têm ninguém com quem contar. “O Filho do homem veio para procurar e salvar o que estava perdido.” (Mt 18,11; Lc 19,10)

 

Foi exatamente esta compreensão dos desígnios de Deus em favor dos abandonados que moveu numerosos santos a assumir um apostolado que resumia, na prática, o desejo manifestado por Jesus Cristo: cuidar daqueles dos quais ninguém cuida. A história registra que foram esses santos os pioneiros da escola para crianças pobres, quando nenhum organismo do Estado imaginava que estes merecessem mais que a “supervisão” policial. Entre outros, São José de Calasanz, São João Batista de La Salle, São João Bosco, Santa Joana de Lestonnac e Santa Paula Montalt.

 

Em muitos países, os governos “democráticos” sufocaram as escolas católicas, mas ainda não conseguiram assumir o seu papel. As crianças estão abandonadas. Nós vivemos hoje o resultado desse crime.

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.