06 de Fevereiro de 2019

4ª Semana do Tempo Comum - Quarta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

QUARTA FEIRA – SÃO PAULO MIKI, MÁRTIR.

(vermelho, pref. comum ou dos mártires, ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

Alegram-se nos céus os santos que na terra seguiram a Cristo. Por seu amor derramaram o próprio sangue; exultarão com ele eternamente

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, força dos santos, que em Nagasaki chamastes à verdadeira vida são Paulo Miki e seus companheiros pelo martírio da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, perseverar até a morte na fé que professamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Hb 12,4-7.11-15

 

– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 4vós ainda não resististes até o sangue na vossa luta contra o pecado, 5e já esquecestes as palavras de encorajamen-to que vos foram dirigidas como a filhos: “Meu filho, não desprezes a educação do Senhor, não desanimes quando ele te repreende; 6pois o Senhor corrige a quem ele ama e castiga a quem aceita como filho”. 7É para a vossa educação que sofreis, e é como filhos que Deus vos trata. Pois qual é o filho a quem o pai não corrige? 11No momento mesmo, nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados. 12Portanto, “firmai as mãos cansadas e os joelhos enfraquecidos; 13acertai os passos dos vossos pés”, para que não se extravie o que é manco, mas antes seja curado. 14Procurai a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; 15cuidai para que ninguém abandone a graça de Deus. Que nenhuma raiz venenosa cresça no meio de vós, tumultuando e contaminando a Comunidade.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 103,1-2.13-14.1718a (R: 17)

 

– O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.
R: O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.

– Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!

R: O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.

– Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem. Porque sabe de que barro somos feitos, e se lembra de que apenas somos pó.

R: O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.

– Mas o amor do Senhor Deus por quem o teme é de sempre e perdura para sempre; e também sua justiça se estende por gerações até os filhos de seus filhos, aos que guardam fielmente sua Aliança.

R: O amor do Senhor por quem o respeita é de sempre e para sempre.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 – Minhas ovelhas escutam minha voz; eu as conheço e elas me seguem 

(Jo 10,27).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 6, 1-6

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 1Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? 3Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele. 4Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. 5E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

 

São Paulo Miki e companheiros mártires

- por Padre Alexandre Fernandes

São Paulo Míki e companheiros mártires, foram fervorosos, deram testemunho com a vida e a morte

São Paulo Míki nasceu em Kyoto, no Japão, no século XVI dentro de uma família cristã, nobre, que foi canal para que ele recebesse, ainda pequeno, a graça do batismo. A partir de então, buscou também viver a riqueza do “ser batizado”. Discerniu a sua vocação, entrou para a Companhia de Jesus, tornou-se um Jesuíta e correspondeu ao chamado do sacerdócio.

Profundo conhecedor tanto da cultura quanto da língua, foi um homem compadecido do seu povo. Como nos tempos de hoje, o Japão não tinha o Cristianismo como religião predominante, então, São Paulo Míki buscava responder à necessidade da evangelização pela oração e pela penitência. Com estratégias inspiradas pelo Espírito Santo, foi um homem dócil, de comunidade.

Ousado e corajoso, quando ergueu-se à perseguição do Cristianismo no Japão também acabou sendo preso, assim como seus companheiros; mas não arrefeceu na sua fé. Ele, que era um grande pastor e pregador, também no momento do confronto, indicou Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua religião como o único Salvador e a verdadeira religião; verdade que perdura para todos os tempos.

São Paulo Míki, assim como os companheiros de missão e outros cristãos fervorosos, deram testemunho com a vida e também com a morte.

Em Nagasaki, foram todos crucificados em 1595. Sementes para novos cristãos, desde a passagem de São Francisco Xavier já se contavam 300 mil cristãos no Japão. Depois, muito mais com testemunho desses 26 companheiros de Jesus.

Peçamos a intercessão deste santo para que o nosso relacionamento profundo com Deus se traduza em evangelização para a humanidade.

São Paulo Míki e companheiros mártires, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova  

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Jesus se admirava de sua falta de fé… (Mc 6,1-6)

 

            Há passagens nos evangelhos em que Jesus manifesta sua admiração diante da fé dos estrangeiros, como a mulher Cananeia (Mt 15,28), o centurião romano (Mt 8,10) e o samaritano curado da lepra (Lc 17,18-19). No Evangelho de hoje, ocorre o contrário: Jesus se espanta com a falta de fé de seus próprios conterrâneos.

 

            Claro, a fé não é uma conquista do intelecto humano. É puro dom. Mas esse dom de Deus precisa encontrar um coração aberto, disposto a acolhê-lo. Um coração fechado ao Espírito Santo jamais fará o ato de fé que abre a porta aos milagres do Senhor.

 

            Silvano do Monte Athos [1866-1938] comenta: “É o orgulho que impede a fé. O homem orgulhoso quer compreender tudo por sua inteligência e pela ciência. Mas não lhe é dado conhecer a Deus, porque o Senhor só se revela às almas humildes. Aos humildes o Senhor mostra suas obras, que são incompreensíveis para nosso entendimento, mas que são reveladas pelo Espírito Santo. Apenas pela inteligência, só podemos conhecer o que é terrestre – e, mesmo assim, parcialmente -, enquanto o conhecimento de Deus e do mundo celeste vem somente pelo Espírito Santo”.

 

            Nos tempos modernos, em especial após o racionalismo iluminista, difundiu-se a busca de conhecimentos e de técnicas a serem obtidos exclusivamente pelo esforço da mente, à qual foram atribuídas potencialidades e dinamismos que tornariam o ser humano autossuficiente. Quase três séculos depois, contemplamos o resultado dessa autoconfiança: uma sociedade amarga, insatisfeita, cujas conquistas desaguaram na catástrofe ambiental e no terror sem fronteiras.

 

            Silvano já avisava: “Privada da graça, nossa inteligência não pode conhecer a Deus, mas é incessantemente atraída para as coisas terrestres: as riquezas, a glória, os prazeres”. E clama em alta voz: “Ó homens, criaturas de Deus, conhecei o Senhor! Ele nos ama. Conhecei o amor de Cristo e vivei em paz! Assim alegrareis o Senhor. Com clemência, ele aguarda que todos os homens venham a ele”.

 

            Escrevendo aos Coríntios, o apóstolo Paulo citaria a voz de Deus pelo profeta Isaías: “A esperteza de seus sábios se perde e a clareza dos inteligentes se apaga”. (Is 29,14b)

 

Orai sem cessar: “Creio, Senhor, mas ajuda minha falta de fé!” (Mc 9,24)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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