06 de fevereiro de 2023

quinta semana tempo comum - Segunda-feira

- por Pe. Alexandre

SEGUNDA FEIRA – SANTOS PAULO MIKI, PEDRO BATISTA E COMPANHEUROS, MÁRTIRES, +1597

 (vermelho, pref. comum ou dos mártires – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Alegram-se nos céus os santos que na terra seguiram a Cristo. Por seu amor derramaram o próprio sangue; exultarão com ele eternamente.

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, força dos santos, que em Nagasaki chamastes à verdadeira vida são Paulo Miki e seus companheiros pelo martírio da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, perseverar até a morte na fé que professamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Gn 1,1-19

 

– Leitura do livro do Gênesis: 1No princípio, Deus criou o céu e a terra. 2A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a face do abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. 3Deus disse: “Faça-se a luz!” E a luz se fez. 4Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. 5E à luz Deus chamou “dia” e às trevas, “noite”. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia. 6Deus disse: “Faça-se um firmamento entre as águas, separando umas das outras”. 7E Deus fez o firma­mento, e separou as águas que estavam embaixo das que estavam em cima do firmamento. E assim se fez. 8Ao firmamento Deus chamou “céu”. Houve uma tarde e uma manhã: segundo dia. 9Deus disse: “Juntem-se as águas que estão debaixo do céu num só lugar e apareça o solo enxuto!” E assim se fez. 10Ao solo enxuto Deus chamou “terra” e ao ajuntamento das águas, “mar”. E Deus viu que era bom. 11Deus disse: “A terra faça brotar vegetação e plantas que dêem semente, e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, que tenham nele sua semente sobre a terra”. E assim se fez. 12E a terra produziu vegetação e plantas que trazem semente segundo a sua espécie, e árvores que dão fruto tendo nele a semente da sua espécie. E Deus viu que era bom. 13Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia. 14Deus disse: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu, para separar o dia da noite. Que sirvam de sinais para marcar as épocas, os dias e os anos, 15e que resplandeçam no firma­mento do céu e iluminem a terra”. E assim se fez. 16Deus fez os dois grandes luzeiros: o luzeiro maior para presidir ao dia, e o luzeiro menor para presidir à noite, e as estrelas. 17Deus colocou-os no firmamento do céu para alumiar a terra, 18para presidir ao dia e à noite e separar a luz das trevas. E Deus viu que era bom. 19E houve uma tarde e uma manhã: quarto dia.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 104,1-2a.5-6.10.12.24.35c (R: 31b)

 

– Alegre-se o Senhor em suas obras!
R: Alegre-se o Senhor em suas obras!

– Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! De majestade e esplendor vos revestis e de luz vos envolveis como num manto.

R: Alegre-se o Senhor em suas obras!

– A terra vós firmastes em suas bases, ficará firme pelos séculos sem fim; os mares a cobriram como um manto, e as águas envolviam as montanhas.

R: Alegre-se o Senhor em suas obras!

– Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes que passam serpeando entre as montanhas; às suas margens vêm morar os passarinhos, entre os ramos eles erguem o seu canto.

R: Alegre-se o Senhor em suas obras!

– Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, e que sabedoria em todas elas! Encheu-se a terra com as vossas criaturas! Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

R: Alegre-se o Senhor em suas obras!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Jesus pregava a Boa-nova, o reino anunciando, e curava toda espécie de doenças entre o povo (Mt 4,23)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 6,53-56

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

– Glória a vós, Senhor!  


Naquele tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. 55Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava. 56E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São Paulo Míki e companheiros mártires, padroeiros do Japão

- por Pe. Alexandre

Origem e curiosidades
São Paulo Míki foi o primeiro mártir e o primeiro religioso de origem japonesa. Segundo a tradição, ele recebeu a religião por conta da sua família que recebera a evangelização de São Francisco Xavier, por isso, tornou-se Jesuíta. Mesmo com o desejo de ser sacerdote, não conseguiu ordenar-se por falta de um bispo local. Porém, realizou um grande trabalho de evangelização e diálogo com os budistas, percorrendo todo o país.

O Martírio
Em 1596, Shogun Hideyoshi, um militar samurai, iniciou uma série de perseguições contra os cristãos por conta das divergências de ordens missionárias e o comportamento de alguns cristãos estrangeiros. São Paulo Míki acabou sendo preso juntamente com 6 Franciscanos, 3 Jesuítas e 17 leigos convertidos, inclusive 2 meninos muito jovens. Em 5 de fevereiro de 1597, no monte Tateyama de Nagasaki, foram pregados e mortos na cruz, 26 pessoas. Mesmo nos últimos momentos, Paulo anunciou o reino e a conversão, perdoou seus algozes e imitou o Cristo.

Nomes dos Mártires
Religiosos da Companhia de Jesus: João de Goto Soan, Tiago Kisai e outro desconhecido;
Presbíteros da Ordem dos Frades Menores: Pedro Baptista Blásquez, Martinho da Ascensão Aguirre, Francisco Blanco, Filipe de Jesus de las Casas, Gonçalo Garcia, Francisco de São Miguel de la Parilla;
Leigos catequistas: Leão Karasuma, Pedro Sukejiro, Cosme Takeya, Paulo Ibaraki, Tomé Dangi, Paulo Suzuki;
Neófitos (cristãos recém-convertidos): Luís Ibaraki, António, Miguel Kozaki e Tomé, seu filho, Boaventura, Gabriel, João Kinuya, Matias, Francisco de Meako, Joaquim Sakakibara, Francisco Adaucto;

São Paulo Míki e companheiros mártires são padroeiros do Japão, juntamente com São Francisco Xavier.

Canonização e frutos
Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados em 8 de Junho de 1627, pelo Papa Pio IX. Naqueles anos de canonização, foi narrado o martírio em um livro que inspirou a obra missionária de um seminarista vêneto, Daniel Comboni, futuro grande apóstolo da “África”.

Pronunciamento de Bento XVI
O Papa Bento XVI, quando era cardeal, em uma homilia dedicada aos mártires disse: “Os relatos sobre o martírio dos primeiros cristãos japoneses assemelham-se de maneira surpreendente ao que sabemos sobre as testemunhas da fé da Igreja primitiva. Não havia neles a menor sombra de fanatismo. Também não percebemos o menor indício de ódio, nem de desespero, nem qualquer dúvida sobre se não teriam apostado num falso Deus, mas apenas uma enorme certeza e uma serena alegria” (6 de fevereiro de 1991).

Museu em Nagasaki e Catedral
Atualmente, existe um museu dedicado aos mártires na cidade de Nagasaki. Juntamente com uma escultura, em bronze, está também o livro de Luís Fróis sobre o relato do martírio dos 26 cristãos, de fevereiro de 1597. Além desse acontecimento, o museu também traz as cartas de São Francisco Xavier e outros artefatos históricos. Há na região a catedral de Õura dedicada aos mártires e patrimônio do Tesouro Nacional do Japão, uma das igrejas mais antigas do país.

Orações a São Paulo Míki e companheiros mártires

Oração do dia
Ó Deus, força dos santos, que em Nagasáki chamastes à verdadeira vida São Paulo Miki e seus companheiros pelo martírio da cruz, concedei-nos, por sua intercessão, perseverar até a morte na fé que professamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Minha oração
Reze você também: “Aos mártires peço a graça de ser um verdadeiro anunciador do Evangelho, mesmo que essa missão custe tormentas. Ajuda-me a crescer na certeza da recompensa celeste, por Cristo nosso Senhor. Amém!”

São Paulo Míki e companheiros mártires, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Ficavam curados… (Mc 6,53-56)

 

Um dos sinais messiânicos é exatamente a libertação das enfermidades. Uma das facetas do Messias – ao lado do Mestre e do taumaturgo – é seu perfil de Médico. Uma “medicina” que regenera o corpo (ao limpar o leproso) e a alma (ao perdoar pecados e expulsar demônios).

 

Quando o racionalismo iluminista invadiu certos setores da Igreja, em especial as camadas da teologia acadêmica, veio crescendo um claro mal-estar diante do “ministério de cura” da Igreja. No centro, uma espécie de ressentimento contra Deus que, tendo dado ao mundo material as leis físicas, químicas e biológicas, estaria agora atrelado a suas próprias leis e, por isso mesmo, proibido de interferir no mundo dos homens. Nosso mundo! Sua “pregação” afirma que os doentes devem ir ao médico. Os angustiados, ao psiquiatra. Os paralíticos, ao fisioterapeuta. Em resumo, devemos esquecer o céu e contar apenas com nossos recursos humanos.

 

Mas o povo simples ainda espera do bom Deus a cura de seus males físicos, morais e espirituais. E faz muito bem! A salvação que Jesus nos trouxe é dirigida ao homem integral. A Encarnação do Verbo de Deus foi pra valer! Assim, inspirado em S. Gregório Nazianzeno, compus o soneto “Encarnação”, que ofereço para você.

 

Um Deus que chora, e faz cessar o pranto,

O que tem sede, e vem nos saciar,

Sofre o cansaço, e chama a repousar

Sob as dobras tranquilas de seu manto…

 

            Um Deus tentado, e permanece Santo,

            O batizado, e vem nos batizar,

            Baixado ao túmulo, vem nos chamar

            A dominar a morte e o seu espanto…

 

Feito escravo por dracmas de prata,

A humanidade inteira ele resgata,

Cura a cegueira e rasga todo véu!

 

            Pregado em sua Cruz obscurecida,

            Ele a transforma em árvore da Vida

            Pra nos reconduzir de volta ao Céu!

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