06 de janeiro de 2023

Tempo do Natal Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA – TEMPO DO NATAL
(branco, pref. do Natal – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Para os retos de coração surgiu nas trevas uma luz: o Senhor cheio de compaixão, justo e misericordioso (Sl 111,4).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, sede a luz dos vossos fiéis e abrasai seus corações com o esplendor da vossa glória, para reconhecerem sempre o Salvador e a ele aderirem totalmente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1Jo 5,5-13

 

– Leitura da primeira carta de são João – Caríssimos: 5quem é o vencedor do mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? 6Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo. (Não veio somente com a água, mas com a água e o sangue.) E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a Verdade. 7Assim, são três que dão testemunho: 8o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes. 9Se aceitamos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior. Este é o testemunho de Deus, pois ele deu testemunho a respeito de seu Filho. 10Aquele que crê no Filho de Deus tem este testemunho dentro de si. Aquele que não crê em Deus faz dele um mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de seu Filho. 11E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. 12Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho não tem a vida. 13Eu vos escrevo estas coisas a vós que acreditastes no nome do Filho de Deus, para que saibais que possuís a vida eterna.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 147B, 12-13. 14-15.19-20 (R: 12a)

 

– Glorifica o Senhor, Jerusalém!
R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.

R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra e a palavra que ele diz corre veloz.

R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos, suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos.

R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Abriram-se os céus, e fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu Filho muito amado, escutai-o, todos vós (Mc 9,7).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 1,7-11

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

– Glória a vós, Senhor!  


– Naquele tempo, 7João pregava, dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. 8Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo”. 9Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia, e foi batizado por João no rio Jordão. 10E logo, ao sair da água, viu o céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele. 11E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São Carlo de Sezze

- por Pe. Alexandre

Carlo nasceu em 22 de outubro de 1613, em Sezze, Itália. Pertencente a uma família de origem simples, os pais trabalhavam no campo, mas desejavam que ele estudasse para que pudesse levar uma vida melhor e abraçasse o seu sacerdócio. Com muitos sacrifícios, conseguiram matriculá-lo numa escola em Sezze. Tendo poucos avanços nos estudos, Carlo deixou os livros para juntar-se aos irmãos e aplicar-se no amanho da terra.

A principal causa de Carlo entregar-se ao caminho do Senhor foi após adoecer. Com grande interesse, leu sobre a vida dos mártires da Igreja. O jovem passou a receber constantemente os sacramentos da penitência e da eucaristia.

Aos 22 anos, já fazia parte dos franciscanos. Entrou para a Ordem dos Frades Menores tomando o nome de Frade Carlo. Passou por vários conventos no Lácio, trabalhando como cozinheiro, sacristão e porteiro.

Reconhecido pelo amor com os mais necessitados, Carlo era um homem humilde e obediente a Deus. A assistência para com os pobres fez com que levasse seu apostolado a Urbino, Nápoles e Spoleto. Visitou muitos conventos franciscanos, onde socorria os doentes, trabalhava e recolhia esmolas para distribuir aos pobres e doentes.

Durante uma missa, em 1648, na igreja São José, em Capo le Case – Roma, aconteceu um milagre. No momento da elevação, Carlo foi atingido por um raio de luz que causou uma ferida sagrada em seu peito.

Morreu no dia 6 de janeiro de 1670. A comissão médica reconheceu que o estigma em seu peito tratava-se de algo sobrenatural. O milagre no peito de São Carlo foi uma das causas necessárias para sua beatificação. Em 1772, o Papa Clemente XIV sancionou a natureza heroica de suas virtudes. Em 1882, foi beatificado por Leão XIII e, em 12 de abril de 1959, João XXIII o canonizou.

São Carlo de Sezze, rogai por nós! 

Meditação

- por Pe. Alexandre

Foi batizado por João… (Mc 1,7-11)

 

A narrativa do Batismo de Jesus no Jordão sempre atraiu a atenção dos comentaristas e dos artistas, que perceberam na cena uma “virada” na história do Nazareno, mas também na história da humanidade. Na tela de Leonardo da Vinci, ao mesmo tempo que “desce” a pomba branca do Espírito Santo, foge (no alto, à direita) uma ave negra que representa o mal, vencido pelo Messias que chegou.

 

Catequistas e teólogos se dedicaram a fazer o paralelo entre o batismo de Cristo – um ato penitencial, para os pecadores – e o batismo cristão que a Igreja iria realizar por mandato de Jesus (cf. Mt 28,19). Um destes foi o bispo Cromácio de Aquileia (ca. 340-407 d.C.), que destaca o aspecto trinitário:

 

“Que grande mistério neste batismo celeste! Dos céus, o Pai se faz ouvir, o Filho aparece sobre a terra, o Espírito Santo se mostra soba forma de uma pomba. De fato, não existe verdadeiro batismo, nem verdadeira remissão dos pecados onde não existe a verdade da Trindade, e a remissão dos pecados não pode ocorrer onde não se crê na Trindade perfeita. O batismo dado pela Igreja é o único e o verdadeiro; ele só é dado uma vez. Aquele que ali mergulha uma só vez, ei-lo puro e renovado; puro, porque se desembaraçou da sujeira dos pecados, renovado porque ressuscita para uma vida nova, depois de desembaraçado da velhice do pecado. É que o banho do batismo torna o homem mais branco do que a neve, não na pela de seu corpo, mas no esplendor de seu espírito e na pureza de sua alma.

 

“Assim, os céus se abriram no momento do batismo do Senhor para mostrar que, pelo banho do novo nascimento, o Reino dos céus se abria aos crentes, segundo esta sentença do Senhor: “Se não se renasce pela água e pelo Espírito Santo, não se entrará no Reino dos céus” (Jo 3,5). Entre nele, pois, aquele que renasce, e não seja negligente em guardar a graça de seu batismo.

 

“Vindo a nós para dar um novo batismo, para a salvação do gênero humano e a remissão de todos os pecados, nosso Senhor logo se dignou receber ele mesmo o batismo, não para se livrar de seus pecados, pois não cometera nenhum, mas para santificar as águas do batismo, com o objetivo de apagar os pecados de todos os crentes pelo novo nascimento do batismo.”

 

Foram as águas desse mesmo Jordão, santificadas por Cristo, que lavaram a lepra de Naamã, muitos séculos antes (cf. 2Rs 5), “sacando por conta” do futuro batismo de Jesus. A salvação transpõe a história e a geografia…

 

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