06 de Junho de 2022

10a Semana do Tempo Comum Segunda-feira

- por Pe. Alexandre

SEGUNDA FEIRA – MARIA MÃE DE DEUS

(branco, pref. de Maria, modelo e Mae da Igreja – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Os discípulos unidos perseveravam em oração com Maria, a Mãe de Jesus (At 1,14)

 

Oração do dia

 

– Deus, Pai de misericórdia, vosso Filho, pregado na cruz, nos deu por mãe a sua Mãe. Pela interseção amorosa da Virgem Maria, fazei que a vossa Igreja se torne cada vez mais fecunda e se alegre pela santidade de seus filhos e filhas, atraindo para seu convívio as famílias de todos os povos.  Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Gn 3,9-15.20

 

– Leitura do livro de Gênesis: Depois que Adão comera do fruto da árvore 9   o Senhor Deus chamou o homem e perguntou: “Onde estás?” 10Ele respondeu: “Ouvi teu ruído no jardim. Fiquei com medo, porque estava nu, e escondi-me”. 11Deus perguntou: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 12O homem respondeu: “A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi”. 13Então o Senhor Deus perguntou à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi”. 14E o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens. Rastejarás sobre teu ventre e comerás pó todos os dias de tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. “Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. 20O homem chamou à sua mulher “Eva”, porque ela se tornou a mãe de todos os viventes.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 87,1-2.3.5.6-7 (R: Dizem coisas gloriosas da                                                                                                                                             cidade do Senhor)

 

– Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

 

– O Senhor ama a cidade que fundou no monte santo; ama as portas de Sião mais que as casa de Jacó.

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

 

– Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor. De Sião, porém, se diz: “Nasceu nela todo homem; Deus é sua segurança”.

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

 

– Deus anota no seu livro, onde inscreve os povos todos: “Foi ali que estes nasceram”. E por isso todos juntos a cantar se alegrarão; e, dançando, exclamarão: “Estão em ti as nossas fontes!”

R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Sois feliz, Virgem Maria, e mereceis todo louvor, pois de vós se levantou o Sol brilhante da justiça!

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 19,25-34

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

– Naquele tempo: 25Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” 27Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu. 28Depois disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a Escritura até o fim, disse: “Tenho sede”! 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram num ramo uma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. 30Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 31Era o dia de preparação do sábado, e este seria solene. Para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, os judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas, primeiro a um dos crucificados com ele e depois ao outro.33Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, 34mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São Norberto

- por Pe. Alexandre

Neste dia, lembramos a vida de santidade do fundador da Ordem dos Premonstratenses, conhecidos também como os Monges Brancos. São Norberto nasceu na Alemanha, em 1080, numa família nobre e de muita influência.

Jovem simpático, elegante, dado aos esportes, à caça, à vaidade e aos jogos da época. Era considerado um homem de Igreja, porém, na vida não testemunhava o seguimento ao Cristo. Aconteceu que, certa vez, ao passear de cavalo pegou um temporal que atingiu seu animal com um forte raio, que o matou e lançou o santo no chão desacordado. Ao voltar em si, tomou consciência pela graça divina do triste estado em que andava sua alma. A partir desse fato, entrou num forte processo de conversão.

São Norberto renunciou tudo aquilo que o afastava de Deus e dos irmãos, trocando toda sua riqueza pela pobreza de um pregador penitente e itinerante. Tornou-se sacerdote e monge. Muitas vezes, foi perseguido pelas suas fervorosas pregações, mas em tudo teve a bênção do Papa, tanto assim que foi escolhido e ordenado Bispo e, em seguida, Arcebispo de Magdeburgo. Morreu com 54 anos, sendo considerado o maior reformador do século XII.

São Norberto, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Junto à cruz… (Jo 19,25-34)

 

Os evangelhos sinóticos registram que, na crucifixão de Jesus, um grupo de mulheres estava observando de longe (cf. Mt 27,55; Mc 15,40). No Evangelho de João – aliás, testemunha ocular da história, pois ele não fugiu com a prisão do Mestre – ao contrário, quatro mulheres permanecem firmes “junto à cruz” [para toi stauroi, no texto grego]. Quatro soldados inimigos (Jo 19,23), quatro mulheres amigas (Jo 19,25) …

 

O evangelista chega a nomear estas quatro mulheres: a Mãe de Jesus, a irmã dela, Maria de Cléofas e Maria Madalena. Juntamente com o discípulo narrador, estas mulheres são a Igreja fiel, que acompanha o Senhor até o fim, até a cruz.

 

Apesar da economia de detalhes, recusando-se a explorar aspectos de crueza, o texto registra que Jesus abrange com um só olhar (v. 26) sua Mãe e o discípulo amado. Num extremo gesto de ternura, o Filho quer garantir para ela a solicitude filial de João: “Eis a tua mãe!” Mas, ao mesmo tempo, quer assegurar para João, isto é, para a Igreja, a presença espiritual da Mãe. A partir desta cena, não é possível ignorar a maternidade de Maria para com a Igreja de Jesus: “Eis a tua mãe!”

 

“A partir dessa hora” – anota o Evangelho – “o discípulo a acolheu no que era seu”, “entre as coisas de sua propriedade” ou “em sua casa”, em diferentes traduções. De qualquer modo, vê-se aí o germe da maternidade espiritual da Mãe de Deus em relação aos que creem em Jesus.

Num patamar meramente humano, nota-se o cuidado oriental (naquela época como hoje) pelas viúvas desamparadas; num degrau mais alto, consegue-se ver que a Mulher escolhida para gerar o Verbo na carne também tem importante papel na geração do Corpo de Cristo, que é a Igreja.

O título de Mãe da Igreja, atribuído a Maria, foi utilizado pela primeira vez por Santo Ambrósio de Milão [338397], e assumido de forma oficial durante o Concílio Vaticano II pelo Papa Paulo VI. Comentando esta passagem, André Scrima observa: “Sua mãe parece ser, doravante, o lugar de uma maternidade que pode, e até deve, envolver a outros, uma vez que seu Filho único foi elevado em glória”.

            Como não seriam filhos de Maria aqueles que acolhem a Palavra de Deus tal como ela mesma a acolheu na Anunciação?

 

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