06 de Setembro de 2019

22ª Semana Comum Sexta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

SEXTA FEIRA – XXII SEMANA DO TEMPO COMUM

(Verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam

(Sl 85,3.5).

 

Oração do dia

 

– Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Cl 1,15-20

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses: 15Cristo Jesus é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, 16pois por causa dele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, tronos e dominações, soberanias e poderes. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17Ele existe antes de todas as coisas e todas têm nele a sua consistência. 18Ele é a Cabeça do corpo, isto é, da Igreja. Ele é o princípio, o Primogênito dentre os mortos; de sorte que em tudo ele tem a primazia, 19porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude e 20por ele reconciliar consigo todos os seres, os que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 100,2-3.4.5 (R: 2c)

 

– Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!

R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos o seu povo e seu rebanho.

R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Entrai por suas portas dando graças, e em seus átrios com hinos de louvor; dai-lhe graças, seu nome bendizei!

R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

– Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!

R: Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8,12).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 5,33-39

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 33os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fari­seus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem”. 34Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão”. 36Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem. 38Vinho novo deve ser posto em odres novos. 39E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo; porque diz: o velho é melhor”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Liberato de Loro

- por Padre Alexandre Fernandes

São Liberato de Loro, vivia em plena comunhão com Deus

Liberato nasceu na pequena Loro Piceno, província de Macerata, na Itália. Pertencia à nobre família Brunforte, senhores de muitas terras e muito poder. Mas o jovem Liberato ouvindo o chamado de Deus e por sua grande devoção à Virgem Maria, abandonou toda a riqueza e conforto, para seguir a vida religiosa. Renunciou às terras e o título de Senhor de Loro Piceno, que havia herdado de seu tio em favor de seu irmão Gualterio, e foi viver no Convento de Rocabruna, em Urbino.

Ordenado sacerdote e desejando consagrar sua vida à penitência e às orações contemplativas se retirou ao pequeno e ermo convento de Sofiano, não distante do castelo de Brunforte. Ali vestiu o hábito da Ordem dos frades menores de São Francisco, onde sua vida de virtudes lhe valeu a fama de santidade. Em “Florzinhas de São Francisco” encontramos o seguinte relato sobre ele: “No Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em plena comunhão com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e durante as orações chegava a se elevar do chão. Por onde andava os pássaros o acompanhavam, pousando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando alegremente. Amigo da solidão, raramente falava, mas quando perguntado, demonstrava a sabedoria dos anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, penitência e à oração contemplativa. Os demais irmãos lhe dedicavam grande consideração. Quando atingiu a idade de quarenta e cinco anos, sua virtuosa vida chegou ao fim. Ele caiu gravemente enfermo, ficando entre a vida e a morte. Não conseguia beber nada, por outro lado, se recusava a receber tratamento com medicina terrena, confiando somente no médico celestial, Jesus Cristo, e na Sua abençoada Mãe. Ela milagrosamente o visitou e consolou, quando estava em oração se preparando para a morte. Acompanhada de três santas virgens e com uma grande multidão de anjos, se aproximou de sua cama. Ao vê-la, ele experimentou grande consolo e alegria de alma e de corpo, e lhe suplicou em nome de Jesus, que o levasse para a vida eterna, se tivesse este merecimento. Chamando-o por seu nome a Virgem Maria respondeu: “Não temas, filho, que tua oração foi ouvida, e eu vim para te confortar antes de tua partida desta vida””. Assim frei Liberato ingressou na vida eterna, numa data incerta do século XIII.

No século XV o culto à Liberto de Loro era tão vigoroso, que as terras dos Brunforte, recebeu autorização para se chamar São Liberato. Inclusive o novo convento construído por ocasião da sua morte, ao lado do antigo de Sofiano. E construíram também uma igreja para conservar as suas relíquias, atualmente Santuário de São Liberato. Porém, só no século XIX, após um complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi reconhecido pelo Papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica de ser chamado de Santo. A festa de Santo Liberato de Loro foi mantida na data tradicional de 06 de setembro, quando suas relíquias foram solenemente transferidas para o altar maior do atual Santuário de São Liberato, na sua terra natal.

São Liberato de Loro, rogai por nós!

 

São Liberato de Loro, vivia em plena comunhão com Deus

Liberato nasceu na pequena Loro Piceno, província de Macerata, na Itália. Pertencia à nobre família Brunforte, senhores de muitas terras e muito poder. Mas o jovem Liberato ouvindo o chamado de Deus e por sua grande devoção à Virgem Maria, abandonou toda a riqueza e conforto, para seguir a vida religiosa. Renunciou às terras e o título de Senhor de Loro Piceno, que havia herdado de seu tio em favor de seu irmão Gualterio, e foi viver no Convento de Rocabruna, em Urbino.

Ordenado sacerdote e desejando consagrar sua vida à penitência e às orações contemplativas se retirou ao pequeno e ermo convento de Sofiano, não distante do castelo de Brunforte. Ali vestiu o hábito da Ordem dos frades menores de São Francisco, onde sua vida de virtudes lhe valeu a fama de santidade. Em “Florzinhas de São Francisco” encontramos o seguinte relato sobre ele: “No Convento de Sofiano, o frade Liberato de Loro Piceno vivia em plena comunhão com Deus. Ele possuía um elevado dom de contemplação e durante as orações chegava a se elevar do chão. Por onde andava os pássaros o acompanhavam, pousando nos seus braços, cabeça e ombros, cantando alegremente. Amigo da solidão, raramente falava, mas quando perguntado, demonstrava a sabedoria dos anjos. Vivia alegre, entregue ao trabalho, penitência e à oração contemplativa. Os demais irmãos lhe dedicavam grande consideração. Quando atingiu a idade de quarenta e cinco anos, sua virtuosa vida chegou ao fim. Ele caiu gravemente enfermo, ficando entre a vida e a morte. Não conseguia beber nada, por outro lado, se recusava a receber tratamento com medicina terrena, confiando somente no médico celestial, Jesus Cristo, e na Sua abençoada Mãe. Ela milagrosamente o visitou e consolou, quando estava em oração se preparando para a morte. Acompanhada de três santas virgens e com uma grande multidão de anjos, se aproximou de sua cama. Ao vê-la, ele experimentou grande consolo e alegria de alma e de corpo, e lhe suplicou em nome de Jesus, que o levasse para a vida eterna, se tivesse este merecimento. Chamando-o por seu nome a Virgem Maria respondeu: “Não temas, filho, que tua oração foi ouvida, e eu vim para te confortar antes de tua partida desta vida””. Assim frei Liberato ingressou na vida eterna, numa data incerta do século XIII.

No século XV o culto à Liberto de Loro era tão vigoroso, que as terras dos Brunforte, recebeu autorização para se chamar São Liberato. Inclusive o novo convento construído por ocasião da sua morte, ao lado do antigo de Sofiano. E construíram também uma igreja para conservar as suas relíquias, atualmente Santuário de São Liberato. Porém, só no século XIX, após um complicado e atrapalhado processo de canonização, é que o seu culto foi reconhecido pelo Papa Pio IX, que lhe deu a autorização canônica de ser chamado de Santo. A festa de Santo Liberato de Loro foi mantida na data tradicional de 06 de setembro, quando suas relíquias foram solenemente transferidas para o altar maior do atual Santuário de São Liberato, na sua terra natal.

São Liberato de Loro, rogai por nós!

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Enquanto o noivo está com eles… (Lc 5,33-39)

 

            Os fariseus eram gente séria. Concentravam-se em frequentes orações e jejuns. Eram extremamente ciosos no cumprimento da Lei mosaica. Mas eram tristes… Não lhes passava pela cabeça que religião fosse fonte de alegria.

 

            E não era por culpa das Escrituras que eles tanto prezavam. Segundo o Livro do Deuteronômio, a celebração do culto deveria culminar em alegria: “Então, te alegrarás com o levita e o estrangeiro que mora em teu meio por todos os bens que o Senhor teu Deus deu a ti e à tua família”. (Dt 26,11) E também o salmista sentia a religião como causa de alegria: “Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor!” (Sl 105,3)

 

            No Evangelho de hoje, os fariseus fazem críticas a Jesus de Nazaré porque os discípulos dele comiam e bebiam. Algo me diz que as refeições entre estes eram um tanto ruidosas, com risos e brincadeiras. E não podia deixar de ser assim, pois o “noivo” estava com eles. E uma festa de casamento não é lugar de tristeza. No texto grego de São Lucas, os discípulos são chamados de “filhos do noivo” ou, se quiserem, “companheiros dos esponsais”. Por isso eles festejam.

 

            Em sua resposta aos fariseus, Jesus diz que “dias virão” em que os discípulos iriam jejuar. Ele se referia à sua paixão e morte, quando as lágrimas iriam substituir o riso. A ausência do noivo seria “por um pouco de tempo” (cf. Jo 16,19-20). Mas uma vez ressuscitado, uma vez enviado o Consolador (cf. Jo 16,7), a alegria seria recuperada, uma alegria que ninguém lhes poderia roubar (cf. Jo 16,22). Não seria outra a marca principal das celebrações cristãs: “Partiam o pão pelas casas e tomavam a refeição com alegria e simplicidade de coração” (At 2,40).

 

            Naturalmente, aqui cabe uma reflexão útil para nossos dias: quem assiste às nossas celebrações chega a perceber a nossa alegria? Claro, não estou falando de agitação, música barulhenta e desordem, mas da alegria serena (seu melhor sinônimo é “letícia”) que brota dos corações tocados pela presença de Jesus. Uma forma de alegria profunda que afasta a tensão, dilui as barreiras entre as pessoas e orienta nosso coração para a partilha e a convivência fraterna…

 

            Jesus também fala de odres e vinhos. Ele sabe que um odre velho, já ressequido, não iria suportar a fermentação do vinho novo, e ambos se perderiam. Parece, pois, que os velhos odres precisam passar por uma renovação antes de acolher o vinho novo. Do contrário, sem vinho – como em Caná, antes do milagre – a festa de casamento assumirá ares de funeral…

 

Orai sem cessar: “Que alegria quando me disseram: vamos para a casa do Senhor!”

                               (Sl 122,1)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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