07 de Abril de 2019

5º Domingo da Quaresma

- por Padre Alexandre Fernandes

V DOMINGO DA QUARESMA

(Roxo ,creio,prefácio próprio, I  semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– A mim, ó Deus, fazei justiça, defendei a minha causa contra a gente sem piedade; do homem perverso e traidor libertai-me, porque sois, ó Deus, o meu socorro (Sl 42,1).

 

Oração do dia

 

– Senhor nosso Deus, dai-nos por vossa graça, caminhar com alegria na mesma caridade que levou o vosso Filho a entregar-se à morte no seu amor pelo mundo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 43,16-21

 

– Leitura do livro do profeta Isaías: 16Isto diz o Senhor, que abriu uma passagem no mar e um caminho entre águas impetuosas; 17que pôs a perder carros e cavalos, tropas e homens corajosos; pois estão todos mortos e não ressuscitarão, foram abafados como mecha de pano e apagaram-se: 18“Não relembreis coisas passadas, não olheis para fatos antigos. 19Eis que eu farei coisas novas, e que já estão surgindo: acaso não as conheceis? Pois abrirei uma estrada no deserto e farei correr rios na terra seca. 20Hão de glorificar-me os animais selvagens, os dragões e os avestruzes, porque fiz brotar água no deserto e rios na terra seca para dar de beber a meu povo, a meus escolhidos. 21Este povo, eu o criei para mim e ele cantará meus louvores”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 126,1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R:3)

 

– Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
R: Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!

– Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções.

R: Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!

– Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!

R: Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!

– Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes, no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas ceifarão com alegria.

R: Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!

– Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes!

R: Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
 

2ª Leitura: Fl 3,8-14

 

– Leitura da carta de são Paulo apóstolo aos Filipenses: Irmãos: 8Na verdade, considero tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele eu perdi tudo. Considero tudo como lixo, para ganhar Cristo e ser encontrado unido a ele, 9não com minha justiça provindo da Lei, mas com a justiça por meio da fé em Cristo, a justiça que vem de Deus, na base da fé. 10Esta consiste em conhecer a Cristo, experimentar a força de sua ressurreição, ficar em comunhão com os seus sofrimentos, tornando-me semelhante a ele na sua morte, 11para ver se alcanço a ressurreição dentre os mortos. 12Não que já tenha recebido tudo isso ou que já seja perfeito. Mas corro para alcançá-lo, visto que já fui alcançado por Cristo Jesus. 13Irmãos, eu não julgo já tê-lo alcançado. Uma coisa, porém, eu faço: esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente. 14Corro direto para a meta, rumo ao prêmio, que, do alto, Deus me chama a receber em Cristo Jesus.

 

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Jo: Jo 8,1-11

 

Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus.

Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus.

 

– Agora, eis o que diz o Senhor: De coração convertei-vos a mim, pois sou bom, compassivo e clemente (Jl 2,12)

 

Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus.

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

– Naquele tempo, 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés, na Lei, mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?” 6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles?” Ninguém te condenou?” 11Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São João Batista de La Salle

- por Padre Alexandre Fernandes

Nasceu na França, em Reims, no ano de 1651, dentro de uma família abastada. Perdeu muito cedo seus pais, e foi ele, com este amor alimentado na oração, na vivência dos mandamentos, na vida sacramental, que educou os seus irmãos. E o carisma da educação foi brotando naquele coração chamado à vida religiosa e sacerdotal.

Estudou em Paris, e deu passos concretos de encontro às necessidades no campo da educação: cuidar e educar de maneira virtuosa os homens. Sendo assim, foi uma resposta de Deus para a Igreja.

La Salle teve uma santidade reconhecida pela sociedade. Doze ‘irmãos’ se uniram a ele nesse projeto de Deus. Esse sacerdote, centrado na Eucaristia, teve suas escolas populares espalhadas pela França, Europa, e hoje, pelo mundo.

São João Batista de La Salle, fundador dos “irmãos das escolas cristãs”, nos prova que quando se tem uma inspiração, e como Igreja, ela fará bem à sociedade, vale a pena nos doarmos, mesmo que a incompreensão nos visite.

Faleceu no dia 07 de abril de 1719, em Rouen, na França, e é intercessor dos mestres e educadores, para que sejamos na sociedade um sinal de esperança.

São João Batista de La Salle, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Ninguém te condenou? (Jo 8,1-11)

 

            Apanhada em flagrante adultério, uma jovem noiva [se já fosse mulher casada, seria condenada à forca, conforme o Sifrei 361 dos rabinos judaicos] é arrastada aos pés de Jesus por um grupo de escribas e fariseus que pretendem puni-la com a lapidação, conforme estava previsto na lei mosaica. Uma frágil pomba cercada de falcões sanguinários. Apontam para ela o dedo indicador da mão direita em um gesto de acusação… Ela deve pagar o pecado com a morte!

 

Na verdade, afirma João, tratava-se de um pretexto para deixar Jesus em má situação. Era como se dissessem: – “Vamos ver como sai dessa o tal rabi da Galileia, que tanto fala em misericórdia… Se ele concorda com o apedrejamento, desmente tudo que já ensinou. Se ele se posiciona a favor da adúltera, podemos acusá-lo de rejeitar a Lei”. Assim, depois de citar os preceitos que mandavam apedrejar a infratora (cf. Lv 20, 10; Dt 22, 23), espremem Jesus contra a parede: – “E tu, que dizes?”

 

            Mas eles mentiam, de certa forma, pois a Lei mandava aplicar a dura pena não somente contra a mulher, mas também contra o parceiro de adultério. E Jesus se cala, se inclina e começa a escrever com o mesmo dedo da mão direita na areia fina do pátio do Templo. Ali, era exatamente a Terra de Moriá, onde Isaac tinha sido poupado da morte (Gn 22). Não era lugar de condenação…

 

E o contraste é ainda mais agudo quando se leva em conta que a Lei invocada pelos acusadores havia sido gravada na pedra do Sinai, de modo indelével, e transmitida a Moisés nos ásperos tempos da Velha Aliança. Desta vez, já em clima da Nova e Eterna Aliança, é sobre a areia fina que Jesus escreve. Areia que um leve sopro de vento desmancha, a-pagando os crimes e os castigos. Areias de misericórdia…

 

            Como os acusadores insistem em obter uma resposta, Jesus, ainda inclinado, manda que a primeira pedra seja atirada por algum dos acusadores que esteja sem pecado. Depois de rápido exame de consciência, a começar pelos mais velhos – exatamente os que tiveram mais tempo para pecar -, eles se vão retirando um a um, deixando a sós Jesus e a pecadora. O Mestre estende agora – só agora – o dedo indicador para ela e pergunta: “Ninguém te condenou?” Ela murmura: “Ninguém…”

 

            “Nem eu te condeno” – diz Jesus. “Vai e não tornes a pecar!” Aquele mesmo Juiz que detesta radicalmente o pecado sempre terá infinitas reservas de amor pelos pecadores, pois Deus é amor…

 

            Em tempo de vinganças e clamores populares, chegaremos a compreender a misericórdia divina?

 

Orai sem cessar: “Meu Deus enviou seu anjo e fechou a boca dos leões!” (Dn 6, 23)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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