07 de Maio de 2019

3ª Semana da Páscoa - Terça-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

TERÇA FEIRA – III SEMANA DA PÁSCOA

(Branco, ofício do dia)

 

Antífona da Entrada

 

– Louvai o nosso Deus, todos vós que o temeis, pequenos e grandes; pois manifestou-se a salvação a vitória e o poder do seu Cristo, aleluia (Ap 19,5; 12,10).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que abris as portas do reino dos céus aos que renasceram pela água  e pelo Espírito Santo, aumentai em vossos filhos e filhas a graça que lhes destes para que, purificados de todo pecado, obtenham os bens que prometestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 7,51-8,1a

 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, Estevão disse ao povo, aos anciãos e aos doutores da lei: 51“Homens de cabeça dura, insensíveis e incircuncisos de coração e ouvido! Vós sempre resististes ao Espírito Santo e como vossos pais agiram, assim fazeis vós! 52A qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo, do qual, agora, vós vos tornastes traidores e assassinos. 53Vós recebestes a Lei, por meio de anjos, e não a observastes!” 54Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. 55Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. 56E disse: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”. 57Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; 58arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. 59Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”. 60Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: “Senhor, não os condenes por este pecado”. E, ao dizer isto, morreu. 8,1aSaulo era um dos que aprovavam a execução de Estêvão.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 31,3cd-4.6ab.7b.8a.21ab (R: 6a)

 

– Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
R: Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

– Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me!

R: Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

– Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! Quanto a mim, é ao Senhor que me confio, vosso amor me faz saltar de alegria.

R: Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

– Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa compaixão! Na proteção de vossa face os defendeis bem longe das intrigas dos mortais.

R: Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Eu sou o pão da vida, quem vem a mim não terá fome; assim nos fala o Senhor  (Jo 6,35).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 6,30-35

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: 30“Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obras fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”. 32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. 34Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. 35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

 

Santa Flávia Domitila

- por Padre Alexandre Fernandes

Seu nome e santidade tanto se espalharam, nos primeiros tempos do cristianismo, que sua vida se mesclou a essas tradições pela transmissão dos próprios fiéis que fixaram o seu culto.

Flávia Domitila teria sido convertida ao cristianismo por dois eunucos. Enquanto ela se preparava para o casamento com o filho de um cônsul, Nereu e Aquiles lhe falaram sobre Cristo e a beleza da virgindade, "irmã dos Anjos". Ela teria abandonado o casamento e se convertido imediatamente.

 

Contudo o próprio imperador, inconformado, tentou vencer a recusa pelo compromisso da jovem com uma tarde dançante em sua homenagem. A morte repentina do próprio noivo aconteceu em meio às danças. Segundo a tradição, Flávia Domitila morreu queimada num incêndio criminoso que destruiu sua casa, sendo provocado por um irmão do noivo.

 

Mas o que existe de real sobre a vida de santa Flávia Domitila é que ela era uma nobre dama romana, esposa do cônsul Flávio Clemente e sobrinha do imperador Vespasiano, pai de Domiciano. Esses dados foram encontrados em uma inscrição da época, conservada na basílica dos santos Nereu e Aquiles, que também morreram decapitados pelo testemunho em Cristo.

No primeiro século, ela enfrentou a ira da corte por não esconder sua fé em Cristo. Banida do convívio social, foi depois julgada e condenada ao exílio, sendo deportada para a ilha de Ponza. 
 

Sua morte aconteceu de forma lenta, cruel e dolorosa, numa ilha abandonada, sem as menores condições de sobrevivência, conforme escreveu sobre ela são Jerônimo.

FONTE: DERRADEIRAS GRAÇAS 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Nunca terá sede! (Jo 6,30-35)

 

            Jesus começa por lembrar os hebreus do passado, que caminharam errantes pelo deserto por 40 anos. Quando tiveram fome, foram alimentados pelo maná que Deus mandava do céu. Mas comeram e morreram. A seguir, Jesus se dirige aos hebreus de seu tempo (e também a nós!), fazendo uma preciosa promessa: “Aquele que vem a mim… quem crê em mim… não terá fome… não terá sede…”

 

            Li um livro memorável: “Deus em Questão” (Ed. Ultimato, Viçosa, MG, 2005). O Autor confronta dois ateus – o escritor irlandês C. S. Lewis e Sigmund Freud, o psiquiatra austríaco. O primeiro ateu foi agraciado com uma experiência de Deus que o curou das marcas do passado e mergulhou sua vida em uma imprevista alegria. O segundo, apesar de graves interrogações sobre Deus e sobre seu próprio ateísmo, mostrou-se empedernido e acabaria sua vida sem fé, sem amigos, sem paz. Sua sede interior jamais foi aplacada.

 

            Vejo na vida de C. S. Lewis o cumprimento cabal da promessa de Jesus: a sede do coração humano só pode ser saciada por Cristo! Após sua descoberta de Deus, os ressentimentos de Lewis foram superados, a depressão foi curada, sua capacidade de trabalho aumentou e ele veio a escrever suas principais obras. Antes deprimido e pessimista, Lewis descobriu a alegria de viver entre amigos e partilhar a mesma fé. A experiência do amor de Deus o levaria a amar o próximo. Conforme ele escreveu, “Deus reserva para nós a felicidade definitiva e a segurança que todos nós desejamos”.

 

            Em nossa sociedade, não há muita gente feliz. A sede do coração humano faz chorar e gemer nas madrugadas insones. Muitos tentam amenizar tal sede com drogas e prazer, álcool e trabalho, viagens e posses. Entre os medicamentos mais vendidos, estão os analgésicos e os ansiolíticos. Mas a sede é mais profunda. Brota do íntimo do ser. Nada deste mundo pode amenizar o seu ardor.

 

            Felizes daqueles que se voltam para Jesus Cristo e, num ato de fé, em suas mãos misericordiosas se abandonam! Nesses bem-aventurados cumpre-se a promessa do Senhor: “Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, do seu interior manarão rios de água viva.” (Jo 7,37-38)

 

            E nós? Já nos voltamos para a fonte de água viva? Ou ainda bebemos a água lodosa de poços envenenados?

 

Orai sem cessar: “Ó Deus, todas as minhas fontes se acham em ti!” (Sl 87,7)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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