07 de Novembro de 2022

32a Semana do Tempo Comum Segunda-feira

- por Pe. Alexandre

SEGUNDA FEIRA – XXXII SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia da IV semana)

 

Antífona da entrada

 

– Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece (Sl 87,3)

 

Oração do dia

 

– Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Tt 1,1-9

 

– Início da carta de são Paulo a Tito: 1Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para levar os eleitos de Deus à fé e a conhecerem a verdade da piedade 2que se apóia na esperança da vida eterna. Deus, que não mente, havia prometido esta vida desde os tempos antigos, 3e, no tempo marcado, manifestou a sua palavra por meio do anúncio que me foi confiado por ordem de Deus nosso Salvador. 4A Tito, meu legítimo filho na fé comum, graça e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo nosso Salvador. 5Eu deixei-te em Creta, para organizares o que ainda falta e constituíres presbíteros em cada cidade, conforme o que te ordenei: 6todo candidato deve ser irrepreensível, marido de uma só mulher, com filhos crentes, e não acusados de levianos e insubordinados. 7Porque é preciso que o epíscopo seja irrepreensível, como administrador posto por Deus. Não seja arrogante nem irascível nem dado ao vinho nem turbulento nem cobiçoso de lucros desonestos, 8mas hospitaleiro, amigo do bem, ponderado, justo, piedoso, continente, 9firmemente empenhado no ensino fiel da doutrina, de sorte que seja capaz de exortar com sã doutrina e refutar os contraditores.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 24,1-4ab.5-6 (R: 6)

 

– É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.
R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

– Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

– “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.

R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

 

– Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face”.

R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Como astros no mundo brilheis, pregando a Palavra da vida! (Fl 2,15).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 17,1-6

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 1Jesus disse a seus discípulos: “É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! 2Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos. 3Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. 4Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”. 5Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé! ” 6O Senhor respondeu: “Se vós ti­vésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

 

São Vilibrordo

- por Pe. Alexandre

O santo de hoje nasceu em Nortúmbria, Alemanha, em 658. Pertencente a uma família cristã, foi enviado pelo pai como oblato, aos cinco anos, para o mosteiro de York, Inglaterra. Crescido, decidiu dedicar-se ao estado monástico. Ingressou para a Irlanda para aperfeiçoar sua cultura teológica sob guia do abade Egberto. Após nove anos de estudos, foi ordenado sacerdote.

No ano de 690, foi enviado como missionário acompanhado de onze companheiros para a Frísia, para a evangelização de bárbaros que viviam na Holanda. Escolhido pelo rei Franco Pepino, foi-lhe confiado como campo de apostolado a região ao leste, onde viviam povos hostis ao Evangelho e estavam em frequentes revoltas.

Realizou uma viagem para Roma após sua experiência de apostolado, com o intuito de receber o apoio do Papa Sérgio I, que muito o animou e o presenteou com as relíquias de santos mártires para serem colocadas nas futuras igrejas. Voltou para Roma alguns anos mais tarde, a fim de relatar ao Papa seus sucessos, suas dificuldades e seus planos. Contente com seu empenho, o Papa decidiu torná-lo bispo, acrescentando ao seu nome um nome latino: Clemente.

Em seu árduo apostolado, Vilibrordo fundou sua primeira sede episcopal em Utrecht, conquistou a catedral, dedicando-a ao Santíssimo Redentor. Fez progressos na conversão da Frísia e, em seguida, na Dinamarca e na região da Turíngia.

Com a morte do rei Pepino, seu protetor, duque Ratbodo reconquistou parte do território que havia perdido na Frísia, obrigando Vilibrordo a se afastar da região, ficando retirado perto de Treves, onde anteriormente havia fundado um mosteiro.

Retornou para a Frísia um tempo depois após a morte de Ratbodo, ajudou São Bonifácio alguns anos no apostolado da Alemanha, conseguindo consolidar a evangelização entre os povos do norte da Europa.

Descrito por muitos biógrafos com pequena estatura, Vilibrordo foi um homem grandioso em suas ações, sobretudo um grande organizador, com destacado senso de comando que lhe permitiu graças também à formação de muitos bispos.

Cansado pelas fadigas apostólicas, afastou-se no mosteiro de Echternach, onde faleceu no dia 7 de novembro de 739.

São Vilibrordo, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Perdoa-lhe! (Lc 17,1-6)

 

Este Evangelho nos apresenta um dos incômodos imperativos de Jesus: perdoar a quem nos pede perdão. No Pai-Nosso, a única oração que o Mestre nos ensinou, ficou registrada a condição para sermos perdoados de nossos pecados: perdoar igualmente quem pecou contra nós.

 

Quem comenta esta passagem é Anthony Bloom, metropolita do Patriarcado de Moscou:

 

“Não é que Deus não nos queira perdoar, mas se nós recusamos o perdão, colocamos em xeque o mistério do amor, nós o recusamos e já não há no Reino um lugar para nós. Não podemos ir adiante se não somos perdoados, e não podemos ser perdoados enquanto não perdoamos a todos que nos fizeram mal.

 

Isto está perfeitamente claro, límpido e preciso, e ninguém pode imaginar que está no Reino de Deus, a ele pertencer, se permanece em seu coração a recusa de perdoar. Perdoar a seus inimigos é a primeira característica do cristão, a mais elementar. Se falhamos nisso, não somos absolutamente cristãos e ainda estamos errantes no ardente deserto do Sinai.

 

Perdoar, porém, é algo extremamente difícil. Seria relativamente fácil conceder o perdão em um momento em que sentimos o coração pleno de mansidão ou num impulso de afetividade. Mas pouquíssima gente sabe como fazer para não o tomar de volta. De fato, o que chamamos de perdão consiste muitas vezes em pôr o outro à prova, nada mais que isso. Esperamos com impaciência os testemunhos do arrependimento, queremos estar seguros de que o penitente não é mais o mesmo, mas esta situação pode durar uma vida inteira, e nossa atitude é absolutamente contrária a tudo aquilo que o Evangelho ensina e, na verdade, tudo o que ele nos ordena.

 

A lei do perdão não é um estreito riacho na fronteira entre a escravidão e a liberdade; ela é larga e profunda: é o Mar Vermelho. Os hebreus não o atravessaram graças a seus próprios esforços, em barcos feitos pela mão do homem. O Mar Vermelho se abriu pelo poder de Deus. Foi preciso que Deus os ajudasse a atravessar. Mas, para ser conduzido por Deus, devemos comungar desta qualidade de Deus que é a capacidade de perdoar.”

 

Todos sonham com um mundo fraterno e pacificado, muitos invocam a pomba da paz, mas não são tão numerosos os que renovam, dia após dia, a decisão de perdoar os agressores. Não um perdão ocasional, mas perdoar setenta vezes sete, isto é, sempre. Sem esse perdão, a paz permanecerá uma utopia inatingível…

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