08 de Agosto de 2019

18ª semana comum Quinta -feira

- por Padre Alexandre Fernandes

QUINTA FEIRA – SÃO DOMINGOS PRESBÍTERO E PREGADOR
(branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Estes são os santos que receberam a bênção do Senhor e a misericórdia de Deus, seu salvador. É a geração dos que buscam a Deus (Sl 23,5).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que os méritos e ensinamentos de são Domingos venham em socorro da vossa Igreja, para que o grande pregador da vossa verdade seja agora nosso fiel intercessor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Nm 20,1-13

 

– Leitura do livro dos Números: Naqueles dias, 1toda a comunidade dos filhos de Israel chegou ao deserto de Sin, no primeiro mês, e o povo permaneceu em Cades. Ali morreu Maria e ali mesmo foi sepultada. 2Como não havia água para o povo, este juntou-se contra Moisés e Aarão, 3e, levantando-se em motim, disseram: “Antes tivéssemos morrido, quando morreram nossos irmãos diante do Senhor! 4Para que trouxestes a comunidade do Senhor a este deserto, a fim de que morrêssemos, nós e nossos animais? 5Por que nos fizestes sair do Egito e nos trouxestes a este lugar detestável, em que não se pode semear, e que não produz figueiras, nem vinhas nem romãzeiras, e, além disso, não tem água para beber?” 6Deixando a comunidade, Moisés e Aarão foram até a entrada da Tenda da Reunião, e prostraram-se com a face em terra. E a glória do Senhor apareceu sobre eles. 7O Senhor falou, então, a Moisés, dizendo: 8“Toma a tua vara e reúne o povo, tu e teu irmão Aarão; na presença deles ordenai à pedra e ela dará água. Quando fizeres sair água da pedra, dá de beber à comunidade e aos seus animais”. 9Moisés tomou, então, a vara que estava diante do Senhor, como lhe fora ordenado. 10Depois, Moisés e Aarão reuniram a assembleia diante do rochedo, e Moisés lhes disse: “Ouvi, rebeldes! Poderemos, acaso, fazer sair água desta pedra para vós?” 11E, levantando a mão, Moisés feriu duas vezes a rocha com a vara, e jorrou água em abundância, de modo que o povo e os animais puderam beber. 12Então o Senhor disse a Moisés e a Aarão: “Visto que não acreditastes em mim, para manifestar a minha santidade aos olhos dos filhos de Israel, não introduzireis este povo na terra que lhe vou dar”. 13Estas são as águas de Meriba, onde os filhos de Israel disputaram contra o Senhor, e ele lhes manifestou a sua santidade.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 95,1-2.6-7.8-9 (R: 8ab)

 

– Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba.
R: Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba.

 

 – Vinde, exultemos de alegria no Senhor, aclamemos o Rochedo que nos salva! Ao seu encontro caminhemos com louvores, e com cantos de alegria o celebremos!

R: Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba.

 

– Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão.

R: Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba.

 

– Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: “Não fecheis os corações como em Meriba, como em Massa, no deserto, aquele dia, em que outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto as minhas obras”.

R: Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir minha Igreja. E as portas do inferno não irão derrotá-la! (Mt 16,18).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 16,13-23

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. 20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto não te aconteçerá!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

 

 

São Domingos de Gusmão

- por Padre Alexandre Fernandes

 

Neste dia lembramos aquele que, ao lado de São Francisco de Assis, marcou o século XIII com sua santidade vivida na mendicância e no total abandono em Deus e desapego material.

São Domingos nasceu em Caleruega, na Castela Velha em 1170, Espanha, e pertencia à alta linhagem dos Gusmão. O pai, Félix de Gusmão, queria entusiasmá-lo pelas armas; o menino preferia porém andar com a mãe, Joana de Aza, grande esmoler, e com clérigos e monges. Interessante é que antes de Domingos nascer sua mãe sonhou com um cão, que trazia na boca uma tocha acesa de que irradiava grande luz sobre o mundo. Mais do que sonho foi uma profecia, pois Domingos de Gusmão, de estatura mediana, corpo esguio, rosto bonito e levemente corado, cabelos e barba levemente vermelhos, belos olhos luminosos, não fez outra coisa senão iluminar todo o seu tempo e a Igreja com a Luz do Evangelho, isso depois de se desapegar a tal ponto de si e das coisas, que chegou a vender todos os seus ricos livros, a fim de comprar comida aos famintos.

Homem de oração, penitência e amor à Palavra de Deus, São Domingos acolheu o chamado ao sacerdócio e ao ser ordenado (no ano de 1203 em Osma, onde foi nomeado cônego). No ano de 1204, Domingos seguiu para Roma a fim de obter do Papa licença para evangelizar os bárbaros na Germânia.

No entanto, o Papa Inocêncio III orientou-o para a conversão dos Albigenses que infestavam todo o Sul da França com suas heresias. Desta forma, Domingos fez do sul da França, o seu principal campo de ação. Quando os hereges depararam com a verdadeira pobreza evangélica de São Domingos de Gusmão, muitos aderiram à Verdade, pois nesta altura já nascia, no ano de 1215 em Tolosa, a primeira casa dos Irmãos Pregadores, também conhecidos como Dominicanos (cães do Senhor) que na mendicância, amor e propagação do Rosário da Virgem Maria, rígida formação teológica e apologética, levavam em comunidade a Véritas, ou seja, a verdade libertadora.

São Domingos de Gusmão entrou no Céu com 51 anos e foi canonizado pelo Papa Gregório IX, em 1234.

São Domingos de Gusmão, rogai por nós!

 

 

 

 

FONTE: Canção Nova

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

E vós? (Mt 16,13-23)

 

            Um Evangelho com duas perguntas feitas por Jesus: “Quem dizem eles que eu sou? E vós, que dizeis?”

 

            Para a multidão tomada de espanto, o Rabi da Galileia devia ser alguém poderoso, talvez saído do mundo dos mortos: Elias… Jeremias… João Batista… Mas para os discípulos que acompanhavam Jesus e viam seus milagres, sorvendo avidamente um ensinamento ímpar, porejante de Vida eterna, só podia ser alguém vivo. Daí o brado de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!”

 

            Eis o que escreve Suzanne de Diétrich sobre esta passagem do Evangelho: “Reconhecer em Jesus não apenas um profeta, mas o ‘Filho de Deus’ só é permitido à fé. E esta fé só pode ser dom de Deus. São Paulo declara: ‘Ninguém pode dizer Jesus é o Senhor se o Espírito Santo não o inspirar’. (1Cor 12,3.) Toda a Igreja apostólica reconhece que a divindade de Jesus é um mistério de fé, inacessível à simples sabedoria humana. No momento em que Simão confessa sua fé, é o próprio Deus que fala por sua boca; uma grande graça é concedida a ele, e Jesus o proclama ‘feliz’”.

 

            Basta este dom para justificar que o Mestre passe às mãos de Simão Pedro as “chaves do Reino” e lhe dê o novo nome: kepha, a rocha sobre a qual a Igreja de Jesus será edificada. “Nós cremos – prossegue Suzanne de Diétrich – que se trata claramente da pessoa de Pedro, e não somente de sua fé. E é como confessor da fé que Pedro é chamado a desempenhar esse papel.”

 

            Hoje, quando o mundo vai perdendo a fé e apostando todas as fichas em moedas podres, não podemos abrir mão de nossa tarefa eclesial: abrir as portas da fé ao mundo sem esperança. Em sua recente Carta apostólica “Porta Fidei” [Porta da Fé], com que nos propõe um Ano da Fé, Bento XVI escreve:

 

            “O professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um fato privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este ‘estar com Ele’ introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um ato da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. No dia de Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, esta dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a própria fé a toda a gente. É o dom do Espírito Santo que prepara para a missão e fortalece o nosso testemunho, tornando-o franco e corajoso.” (PF, 10.

 

            E para mim? Quem é Jesus Cristo?

 

Orai sem cessar: “Eu cri, por isso falei!” (Sl 116, 10)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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