08 de janeiro de 2023

Primeira semana tempo comum- Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – EPIFANIA DO SENHOR
(branco, glória, creio, pref. da Epifania – ofício da solenidade)

 

Antífona da entrada

 

– Eis que veio o Senhor dos senhores; em suas mãos, o poder e a realeza

(Mt 3,1; 1Cr 19,12)

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela, concedei aos vossos servos e servas, que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 60,1-6

 

– Leitura do livro do profeta Isaías – 1Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor. 2Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti. 3Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora. 4Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos braços. 5Ao vê-los, ficarás radiante, com o coração vibrando e batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar e mostrarão o poderio de suas nações; 6será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 72, 1-2.7-8.10-11.12-13 (R: 11)

 

– As nações de toda a terra, hão de adorar-vos ó Senhor!

R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!

 

– Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza!  Com justiça ele governe o vosso povo, com eqüidade ele julgue os vossos pobres.

R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!

 

– Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho!
De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!

 

– Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhes seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo.

R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!

 

– Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.
Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.

R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!

 

2ª Leitura:  Ef 3,2-3a.5-6

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Efésios – Irmãos: 2Se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito, 3ª e como, por revelação, tive conhecimento do mistério. 5Este mistério, Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: 6os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor (Mt 2,2).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 2,1-12

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!  


1Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, 2perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.’ 3Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado assim como toda a cidade de Jerusalém. 4Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. 5Eles responderam: ‘Em Belém, na Judéia, pois assim foi escrito pelo profeta: 6E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo.’ 7Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. 8Depois os enviou a Belém, dizendo: ‘Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo.’ 9Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. 10Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. 11Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. 12Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

 

São Severino

- por Pe. Alexandre

Severino nasceu em 410 na África. Inspirado pelo Espírito Santo, foi levado para uma outra região no vale do Danúbio. Isso não quer dizer que o lugar que Deus lhe indicou era o melhor. Pelo contrário, desafios econômicos e políticos, falecimento do rei dos Hunos, Átila; destruição naquele lugar por causa das invasões. Enfim, o povo estava perecendo. Para isso que São Severino foi enviado, para ser sinal desse amor de Deus.

São Severino levou a evangelização ao vale do Danúbio que, neste período, estava muito agitado. Sua fama espalhou-se, atraindo para si muitos pagãos e bárbaros hereges que, mesmo quando não se converteram, melhoraram seus costumes.

Grande influência ele exerceu pela sua vida de virtudes, de oração e penitência. Fundou vários mosteiros e foi sinal de discernimento para tantas pessoas que queriam se consagrar totalmente a Deus. Ele não fugiu do mundo; pelo contrário, retirou-se por causa do amor de Deus e de toda a humanidade. Quantas vezes, São Severino deixou a sua vida monástica para ir ao encontro de reis, porque, se o rei dos Hunos havia falecido, muitas tribos bárbaras queriam invadir aquelas regiões. Em prol da evangelização, São Severino foi se desdobrando, seus mosteiros se tornaram verdadeiros faróis de uma nova cultura, de uma civilização centrada em Deus. Suas armas: oração e diálogo.

Além do apostolado diretamente religioso, São Severino exercia a caridade. Sua obra predileta era a assistência aos pobres e, sobretudo, os prisioneiros. São Severino foi a voz de Deus nos períodos difíceis do povo. Faleceu em 482, deixando um rastro de santidade para os seus filhos espirituais e para as autoridades.

São Severino, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Onde está o Rei?… (Mt 2,1-12)

 

O verdadeiro fiel é alguém que faz perguntas. Exatamente por ter fé, ele interroga. Os homens de fé atravessam a história a interrogar. Astros e estrelas recebem seus questionamentos. O ciclo das horas e das estações, sismos e tempestades, anúncios e profecias – tudo é motivo para questionar, perguntar, interrogar. O homem de fé sabe que tem de haver uma resposta…

Neste Evangelho, no solene dia da Epifania – a manifestação de Deus acima dos véus dos mistérios -, a pergunta é apresentada por magos pagãos, gente não incluída no povo que recebera a Palavra desde o Sinai. Ouçamos Urs von Balthasar:

 

“O Evangelho descreve a vinda dos astrólogos pagãos que viram erguer-se a estrela da redenção e a seguiram. Deus lhes dirigiu a palavra através de um astro inabitual no meio de suas constelações habituais, e esta palavra os comoveu e levou-os a prestar ouvidos, enquanto Israel, habituado à palavra de Deus, tornou-se surdo a tais palavras de revelação: ele não quer ser perturbado no curso habitual de suas dinastias. Tal como a Igreja, com frequência, quando um santo a desconcerta com sua mensagem.

 

A pergunta inocente desses estrangeiros – “Onde está o rei que acaba de nascer?” – apresentada aos judeus ou à Igreja, cria embaraços e até medo. A consequência junto a Herodes será um projeto assassino prudentemente velado; mas os astrólogos, guiados pela estrela, chegam a seu objetivo, prestam homenagem ao Menino e se esquivam, orientados pela providência de Deus, sem serem inquietados.

 

O acontecimento é simbólico; ele anuncia a eleição dos pagãos. Mais de uma vez, Jesus encontrará entre eles uma fé maior do que em Israel. Muitas vezes, são esses convertidos (raramente desejados) que abrem para a Igreja novos e fecundos caminhos (cf. At 9,26-30).”

 

O burguês – inclusive o cristão acomodado – não tem o costume de fazer muitas perguntas. As coisas são como são e… a vida segue. No máximo, pergunta-se sobre o clima de amanhã e a cotação da Bolsa de Valores. O resto, deixar correr…

 

E quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? Por que Deus me chamou à existência? Qual a minha missão? Qual a minha contribuição para a sociedade humana? Qual a vontade de Deus para mim? Seria bom perguntar…

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