08 de Julho de 2021
14a semana comum- Quinta-feira
- por Pe. Alexandre
QUINTA FEIRA – XIV SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – Ofício do dia)
Antífona da entrada
– Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, com o vosso nome, até os confins da terra; toda justiça se encontra em vossas mãos. (Sl 47,10)
Oração do dia
– Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho, reerguestes o Mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e daí aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Gn 44, 18-21.23-29; 45, 1-5
– Leitura do livro do Gênesis –Naqueles dias, 18Judá aproximou-se de José e, cheio de ânimo, disse: “Perdão, meu Senhor, permite a teu servo falar com toda a franqueza, sem que se acenda a tua cólera contra mim. Afinal, tu és como um faraó! 19Foi meu Senhor quem perguntou a seus servos: ‘Ainda tendes pai ou algum outro irmão?’ 20E nós respondemos ao meu senhor: ‘Temos um pai já velho e um menino nascido em sua velhice, cujo irmão morreu; é o único filho de sua mãe que resta, e seu pai o ama com muita ternura’. 21E tu disseste a teus servos: ‘Trazei-o a mim, para que eu possa vê-lo. 23bSe não vier convosco o vosso irmão mais novo, não vereis mais a minha face’. 24Quando, pois, voltamos para junto de teu servo, nosso pai, contamos tudo o que, o meu senhor, tinha dito. 25Mais tarde disse-nos nosso pai: ‘Voltai e comprai para nós algum trigo’. 26E nós lhe respondemos: ‘Não podemos ir, a não ser que o nosso irmão mais novo vá conosco. De outra maneira, sem ele, não nos podemos apresentar àquele homem’. 27E o teu servo, nosso pai, respondeu: ‘Bem sabeis que minha mulher me deu apenas dois filhos. 28Um deles saiu de casa e eu disse: um animal feroz o devorou! E até agora não apareceu. 29Se me levardes também este, e lhe acontecer alguma desgraça no caminho, fareis descer de desgosto meus cabelos brancos à morada dos mortos’”. 45,1 Então José não pode mais conter-se diante de todos os que o rodeavam e gritou: “Mandai sair toda a gente!” E, assim, não ficou mais ninguém com ele, quando se deu a conhecer aos irmãos. 2José rompeu num choro tão forte, que os egípcios ouviram e toda a casa do Faraó. 3E José disse a seus irmãos: “Eu sou José! Meu pai ainda vive?” Mas os irmãos não podiam responder-lhe nada, pois foram tomados de um enorme terror. 4Ele, porém, cheio de clemência, lhes disse: “Aproximai-vos de mim”. Tendo-se eles aproximado, disse: “Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. 5Entretanto, não vos aflijais, nem vos atormenteis, por me terdes vendido a este país. Porque foi para a vossa salvação que Deus me mandou adiante de vós, para o Egito”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 105,16-17.18-19.20-21 (R: 5a)
– Lembrai as maravilhas do Senhor!
R: Lembrai as maravilhas do Senhor!
– Mandou vir, então, a fome sobre a terra e os privou de todo pão que os sustentava; um homem enviara à sua frente, José que foi vendido como escravo.
R: Lembrai as maravilhas do Senhor!
– Apertaram os seus pés entre grilhões e amarraram seu pescoço com correntes, até que se cumprisse o que previra, e a palavra do Senhor lhe deu razão.
R: Lembrai as maravilhas do Senhor!
– Ordenou, então, o rei que o libertassem, o soberano das nações mandou soltá-lo; fez dele o senhor de sua casa, e de todos os seus bens o despenseiro.
R: Lembrai as maravilhas do Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Convertei-vos e crede no evangelho, pois o reino de Deus está chegando!
(Mc 1,15).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 10,7-15
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito a seu sustento. 11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz. 14Se alguém não vos receber, nem escutar vossa palavra, saí daquela casa ou daquela cidade, e sacudi a poeira dos vossos pés. 15Em verdade vos digo, as cidades de Sodoma e Gomorra serão tratadas com menos dureza do que aquela cidade, no dia do juízo.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santo Eugênio III
- por Pe. Alexandre
Um dado importante é que: praticamente, de cada três Papas, um foi oficialmente declarado santo. Assim aconteceu com Santo Eugênio, que, se tornou para a Igreja o homem certo para o tempo devido. Eugênio III nasceu no fim do século XI, em Pisa na Itália e, depois de ordenado, consagrou-se a Deus como sacerdote, até que abandonou todas suas funções para viver como monge.
O grande reformador da vida monástica – São Bernardo – o acolheu a fim de ajudá-lo na busca da santidade, assim como no governo da Igreja, pois inesperadamente o simples monge foi eleito para sucessor na Cátedra de Pedro. A Roma da época sofria com a agitação de Arnaldo de Bréscia, que reclamava instituições municipais com eleições diretas dos senadores, talvez por isso chegou a impedir a ordenação e posse de Eugênio, já que tinha sido eleito pelo Espírito Santo numa instituição de origem divina.
O Papa Eugênio teve muitas dificuldades no governo da Igreja, tanto que teve de sair várias vezes de Roma, mas providencialmente, aproveitou para evangelizar em outras locais como Itália e França. Além de promover quatro Concílios e lutar pela restauração dos santos costumes, Santo Eugênio zelou pela salvação das almas, com tanta dedicação, que passou por inúmeros sofrimentos.
Santo Eugênio, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Nem ouro, nem prata… (Mt 10,7-15)
Ao comentar este Evangelho, o teólogo luterano Dietrich Bonhoeffer, mártir da fé sob a perseguição do regime nazista, traduziu assim as instruções de Jesus aos discípulos enviados em missão:
“Mostrai claramente que, com toda a riqueza que tendes a distribuir, não desejais para vós nem a posse, nem a consideração, nem a aprovação e nem mesmo o reconhecimento! Aliás, sobre que poderíeis fundamentar vossas pretensões a tais coisas? Toda honra que recai sobre nós, nós a roubamos daquele a quem, na verdade, ela pertence: o Senhor que nos enviou. A liberdade dos enviados de Jesus deve manifestar-se em sua pobreza.”
Como é consolador ler as palavras de alguém que foi encarcerado, teve sua tarefa precocemente amputada, mas permanece fiel ao Evangelho de Jesus, um Evangelho de simplicidade e pobreza!
Bonhoeffer prossegue: “O estado daquilo que os discípulos possuem está regulamentado em seus mínimos detalhes. Eles não devem fazer-se notar como mendigos vestidos de farrapos, nem ficar ao encargo dos outros como parasitas. Mas é revestidos da libré da pobreza que eles devem ir adiante. Devem também ter poucas coisas consigo, como aquele que atravessa uma região com a certeza de, ao cair da noite, encontrar-se entre amigos, na casa que o acolherá é lhe fornecerá o alimento necessário. Por certo, não precisam depositar esta confiança nos homens, mas naquele que os enviou e no Pai celeste que deles cuidará”.
Parece ingênuo? Parece infantil? Se parece, deve andar bem raquítica a nossa fé. Se me permitem um testemunho pessoal, quando deixei o magistério para me dedicar à evangelização em tempo integral, nossa família experimentou um tempo de dez anos inteiros sem salário e sem nenhuma renda fixa. E em todo esse período, nada nos faltou e os dois filhos cursaram a universidade. A serviço do Evangelho, aprendemos que a Providência divina não é uma lenda infantil, mas uma realidade palpável nos pequenos eventos de cada dia, o que incluía anônimas sacolas de alimentos na varanda e as doações mais imprevistas em viagens missionárias.
Como conclui Dietrich Bonhoeffer, “é assim que eles [os discípulos em missão] tornarão digna de fé a mensagem que anunciam, esta mensagem da soberania de Deus que faz irrupção sobre a terra”.
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