08 de Julho de 2022

14a Semana do Tempo Comum - Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA – XIV SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – Ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, com o vosso nome, até os confins da terra; toda justiça se encontra em vossas mãos. (Sl 47,10)

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho, reerguestes o Mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e daí aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Os 14,2-10

 

– Leitura da profecia de Oséias: Assim fala o Senhor: 2Volta, Israel, para o Senhor, teu Deus, porque estavas caído em teu pecado. 3Vós todos, encontrai palavras e voltai para o Senhor; dizei-lhe: “Livra-nos de todo o mal e aceita este bem que oferecemos; o fruto de nossos lábios. 4A Assíria não nos salvará; não que­remos montar nossos cavalos, não chamaremos mais ‘Deuses nossos’ a produtos de nossas mãos; em ti encontrará o órfão misericórdia”. 5“Hei de curar sua perversidade e me será fácil amá-los, deles afastou-se a minha cólera. 6Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como o lírio e lançará raízes como plantas do Líbano. 7Seus ramos hão de estender-se; será seu esplendor como o da oliveira, e seu perfume como o do Líbano. 8Voltarão a sentar-se à minha sombra e a cultivar o trigo, e florescerão com a videira, cuja fama se iguala à do vinho do Líbano. 9Que tem ainda Efraim a ver com ídolos? Sou eu que o atendo e que olho por ele. Sou como o cipreste sempre verde: de mim procede o teu fruto. 10Compreenda estas palavras o homem sábio, reflita sobre elas o bom entendedor! São retos os caminhos do Senhor e, por eles, andarão os justos, enquanto os maus ali tropeçam e caem”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 51,3-4.8-9.12-14.17 (R:17b)

 

Minha boca anunciará o vosso louvor!
R: Minha boca anunciará o vosso louvor!

– Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

R: Minha boca anunciará o vosso louvor!

– Mas vós amais os corações que são sinceros, na intimidade me ensinais sabedoria. Aspergi-me e serei puro do pecado, e mais branco do que a neve ficarei.

R: Minha boca anunciará o vosso louvor!

– Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

R: Minha boca anunciará o vosso louvor!

– Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!

R: Minha boca anunciará o vosso louvor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Quando o paráclito vier, o Espírito da verdade, ele vos conduzirá a toda a verdade, lembrar-vos-á de tudo o que eu tenho falado (Jo 16,13; 14,26).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 10,16-23

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 16“Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas. 17Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos, por causa de meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. 23Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo, vós não aca­bareis de percorrer as cidades de Israel, antes que venha o Filho do Homem.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santo Eugênio III

- por Pe. Alexandre

Um dado importante é que: praticamente, de cada três Papas, um foi oficialmente declarado santo. Assim aconteceu com Santo Eugênio, que, se tornou para a Igreja o homem certo para o tempo devido. Eugênio III nasceu no fim do século XI, em Montemagno, na Itália numa família rica, cristã e da nobreza italiana. Depois de ordenado, consagrou-se a Deus como sacerdote, até que abandonou todas suas funções para viver como monge.

O grande reformador da vida monástica – São Bernardo – o acolheu a fim de ajudá-lo na busca da santidade, assim como no governo da Igreja, pois inesperadamente o simples monge foi eleito para sucessor na Cátedra de Pedro. A Roma da época sofria com a agitação de Arnaldo de Bréscia, que reclamava instituições municipais com eleições diretas dos senadores, talvez por isso chegou a impedir a ordenação e posse de Eugênio, já que tinha sido eleito pelo Espírito Santo numa instituição de origem divina.

Assumiu o pontificado com o nome de papa Eugênio III, mas teve de fugir de Roma à noite, após sua eleição para ser coroado no mosteiro de Farfa, em Viterbo, no dia 18 de fevereiro de 1145. Eugênio teve muitas dificuldades no governo da Igreja, tanto que teve de sair várias vezes de Roma, mas providencialmente, aproveitou para evangelizar em outras locais, como Itália e França. Além de promover quatro Concílios e lutar pela restauração dos santos costumes, Santo Eugênio zelou pela salvação das almas, com tanta dedicação, que passou por inúmeros sofrimentos.

Faleceu no dia 8 de julho de 1153, depois de governar a Igreja, num período tão complicado e violento da história. Foi beatificado em 1872.

Santo Eugênio, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Ovelhas entre lobos… (Mt 10,16-23)

 

Ao instruir os apóstolos que saíam em sua primeira missão evangelizadora, Jesus não promete facilidades, mas alerta sobre os lobos à espera dos cordeiros. Em nenhum momento, porém, o Mestre ensina que, diante do ataque furioso das alcateias, os cordeiros devam assumir o papel de lobos. Assim sendo, a legião de mártires das Igrejas cristãs que ornam a história da humanidade não deve ser motivo de espanto nem de reclamações contra Aquele que os envia, mas apenas a certeza de que o anúncio da Boa Nova se faz ao custo da própria vida.

Santo Efrém de Nisíbia [+373] reflete sobre o tema:

“Ao lado da perseguição aberta, existe uma perseguição oculta. Se a perseguição aberta não existe em todos os tempos, a perseguição oculta sempre existe, e esta trabalha em ti.

 

Se o ódio te persegue, mostra a caridade.

Se a inveja te persegue, mostra a doçura.

Se a concupiscência te persegue, sê perfeitamente casto.

Se a injustiça te persegue, mostra a justiça.

Se o dinheiro te persegue, confessa nosso Senhor, o Senhor de todos.

Todos estes perseguidores perseguiram os confessores em períodos de paz, e é porque eles se distinguiram, graças a estes perseguidores ocultos, que eles foram coroados abertamente.

Exercita-te contra os perseguidores que não se veem, a fim de que possas resistir àqueles que se veem.

Se os perseguidores que estão em ti levam vantagem, como pensas vencer aqueles que estão fora?”

Esta lição de Santo Efrém mostra que é impossível fazer frente aos perseguidores externos quando já nos deixamos vencer pelos perseguidores internos. O martírio apenas vem coroar uma guerra surda realizada antes no coração do homem.

Se não vencesse previamente os demônios internos do medo e do desânimo, o Arcebispo Van Thuan, de Saigon, que passou 13 anos nos cárceres comunistas do Vietname, não teria permanecido fiel à sua missão.

É hora de parar com reclamações e lamentos. Jesus nunca disse que seria fácil…

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