08 de Junho de 2019

7ª semana da Páscoa- Sábado

- por Padre Alexandre Fernandes

SABADO – VII SEMANA DA PÁSCOA
(branco, pref. da Ascensção – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Os discípulos unidos perseveravam em oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e os irmãos dele, aleluia! (Lc 4,18)

 

Oração do dia

 

– Concedei-nos, Deus todo poderoso, conservar sempre em nossa vida e nossas ações a alegria das festas pascais que estamos para encerrar. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 28, 16-20.30-31

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: 16Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa particular, com um soldado que o vigiava. 17Três dias depois, Paulo convocou os líderes dos judeus. Quando estavam reunidos, falou-lhes: “Irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra as tradições de nossos antepassados. No entanto, vim de Jerusalém como prisioneiro e assim fui entregue às mãos dos romanos. 18Interrogado por eles no tribunal e não havendo nada em mim que merecesse a morte, eles queriam me soltar. 19Mas os judeus se opuseram e eu fui obrigado a apelar para César, sem nenhuma intenção de acusar minha nação. 20É por isso que eu pedi para ver-vos e falar-vos, pois estou carregando estas algemas exatamente por causa da esperança de Israel”. 30Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia todos os que o procuravam, 31pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos, ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 11,4.5.7 (R: 7b)

 

– Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.
R: Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

– Deus está no templo santo, e no céu tem o seu trono; volta os olhos para o mundo, seu olhar penetra os homens.

R: Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

– Examina o justo e o ímpio, e detesta o que ama o mal. Porque justo é nosso Deus, o Senhor ama a justiça. Quem tem reto coração há de ver a sua face.

R: Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

 

Aclamação santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 21,20-25

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar?” 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste?” 22Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa isso? Tu, segue-me!” 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” 24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

Sagrado Coração de Jesus

- por Padre Alexandre Fernandes

A devoção ao Coração de Cristo foi um antídoto para suscitar nos fiéis o amor ao Senhor

Hoje, a Igreja Católica celebra a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Além da celebração litúrgica, muitas outras expressões de piedade têm por objeto o Coração de Cristo. Não há dúvida de que a devoção ao Coração do Salvador tem sido, e continua a ser, uma das expressões mais difundidas e amadas da piedade eclesiástica. Entendida à luz da Sagrada Escritura, a expressão “Coração de Cristo” designa o mesmo mistério de Cristo, a totalidade do Seu ser, a Sua Pessoa considerada no Seu núcleo mais íntimo e essencial.

Como o têm lembrado frequentemente os Romanos Pontífices, a devoção ao Coração de Cristo tem um sólido fundamento na Escritura. Jesus apresenta-se a si mesmo como Mestre “manso e humilde de Coração” (Mt. 11,29). Pode-se dizer que a devoção ao Coração de Jesus é a tradução em termos cultuais do reparo que, segundo as palavras proféticas e evangélicas, todas as gerações cristãs voltaram para Aquele que foi atravessado (cf. Jo 19,27; Zc 12,10), isto é, o costado de Cristo atravessado pela lança, do qual brotou sangue e água, símbolo do “sacramento admirável de toda a Igreja”.

A Idade Média foi uma época especialmente fecunda para o desenvolvimento da devoção ao Coração do Salvador. Homens insignes pela sua doutrina e santidade, como São Bernardo (+1153), São Boaventura (+1274), Santa Lutgarda (+1246), Santa Matilde de Magdeburgo (+1282), as Santas Irmãs Matilde (+1299) e Gertrudes (+1302), Ludolfo de Saxónia (+1378) e Santa Catarina de Sena (+1380) aprofundaram o mistério do Coração de Cristo no qual percebiam o “refúgio” onde acolher-se.

As formas de devoção ao Coração do Salvador são numerosas; algumas têm sido explicitamente aprovadas e recomendadas pela Santa Sé. Entre elas devem ser lembradas: a Consagração pessoal; a Consagração da família; as Ladainhas do Sagrado Coração de Jesus; o Ato de Reparação e a prática das Nove Primeiras Sextas-feiras.

A devoção ao Coração de Cristo foi um antídoto para suscitar nos fiéis o amor ao Senhor e a confiança na Sua infinita misericórdia, da qual o Coração é prenda e símbolo.

Sagrado Coração de Jesus, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Aquele que se inclinara sobre seu peito… (Jo 21,20-25)

 

            Como nos ensinam os biblistas, o autor do 4º Evangelho, ao contrário dos sinóticos, não gosta de citar o seu próprio nome. Antes, ele se esconde atrás de perífrases: “o discípulo que Jesus amava” (Jo 13,23); “o outro discípulo” (Jo 18,15; 20,8), “aquele que se havia inclinado sobre seu peito” (Jo 21,20).

 

            Eram 12 apóstolos. Nós teríamos apelidos para alguns deles: o traidor (Mt 27,3), aquele que o negou (Mt 26,70), os filhos do trovão (Mc 3,17), o racionalista (Jo 20,25) etc. Mas o título mais comovente é, sem duvida, este que cabe a João. Afinal, ser definido como aquele que se inclinara sobre o peito do Mestre durante a Última Ceia é a mais palpável prova de sua intimidade com Jesus, certamente em um grau que os demais discípulos jamais chegaram a ousar…

 

            Estamos falando de “intimidade”. Uma relação de intimidade entre o cristão e seu Salvador e Mestre, Jesus Cristo. Ao longo da história, os grandes místicos a experimentaram. Os catequistas e pregadores, porém, nem sempre se lembram de iniciar os catequizandos e os catequizados à mesma relação.

 

Ainda há quem use a imagem de Deus como vacina moral, como espada suspensa, como iminência de castigo. Ainda insistem em invocar a Deus como aquele que tem a missão exclusiva de castigar os infiéis. Ainda há que duvide da lição do mesmo Apóstolo: “Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus”. (1Jo 4,16b)

 

No Advento de 2011, o Papa Bento XVI fazia-nos um convite: “Neste tempo revigoremos a certeza de que o Senhor veio ao meio de nós e renova continuamente a sua presença de consolação, amor e alegria. Confiemos nele; como afirma Santo Agostinho, à luz da sua experiência: o Senhor está mais próximo de nós, do que nós de nós mesmos – «interior intimo meo et superior summo meo» (Confissões, III, 6, 11)”.

 

            E dizia mais: “Quem encontrou Cristo na própria vida, sente no coração uma serenidade e uma alegria que ninguém e nenhuma situação podem tirar. Santo Agostinho compreendeu-o muito bem; na sua busca da verdade, da paz, da alegria, depois de ter procurado em vão em múltiplas situações, conclui com a célebre expressão, que o coração do homem está inquieto, não encontra tranquilidade e paz, enquanto não descansar em Deus (cf. Confissões, I,1,1)”.

 

Orai sem cessar: Eu sou para o meu amado, e o meu amado é para mim.” (Ct 6,3)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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