09 de Dezembro de 2021

2a semana do Advento Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA DA II SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento I – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Estais perto, ó Senhor, e todos os vossos caminhos são verdadeiros. Desde muito aprendi que vossa aliança foi estabelecida para sempre (Sl 118,151s).

 

Oração do dia

 

– Despertai, ó Deus, os nossos corações, a fim de prepararmos os caminhos do vosso Filho, para que possamos, pelo advento, vos servir de coração purificado. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 41, 13-20

– Leitura do livro do profeta Isaías: 13Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tomo pela mão e te digo: “Não temas; venho em teu socorro. 14Não tenhas medo, Jacó, pobre verme, não temais, homens de Israel. Eu vos ajudarei”, diz o Senhor e Salvador, o Santo de Israel. 15Eis que te transformei num carro novo de triturar, guarnecido de dentes de serra. Hás de triturar e despedaçar os montes, e reduzirás as colinas a poeira. 16Ao expô-los ao vento, o vento os levará e o temporal os dispersará; exultarás no Senhor e te alegrarás no Santo de Israel. 17Pobres e necessitados procuram água, mas não há, estão com a língua seca de sede. Eu, o Senhor, os atenderei, eu, Deus de Israel, não os abandonarei. 18Farei nascer rios nas colinas escalvadas e fontes no meio dos vales; transformarei o deserto em lagos e a terra seca em nascentes d’água. 19Plantarei no deserto o cedro, a acácia e a murta e a oliveira; crescerão no ermo o pinheiro, o olmo e o cipreste juntamente, 20para que os homens vejam e saibam, considerem e compreendam que a mão do Senhor fez essas coisas e o santo de Israel tudo criou.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 145, 1.9.10-11.12-13ab (R: 8)

 

– Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão!
R: Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão!

– Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei, e bendizer o vosso nome pelos séculos. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.

R: Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão!

– Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!

R: Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão!

– Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.

R: Misericórdia e piedade é o Senhor! Ele é amor, é paciência, é compaixão!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Que os céus, lá do alto, derramem o orvalho, que chova das nuvens o justo esperado, que a terra se abra e germine o Senhor! (Is 45,8)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 11, 11-15

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 11“Em verdade eu vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. 12Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam. 13Com efeito, todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. 14E se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. 15Quem tem ouvidos, ouça”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

São Melquíades

- por Pe. Alexandre

Hoje, nos deixamos atingir pela santidade de vida de um Papa que buscou, no Pastor Eterno e Universal, toda a graça de que necessitava para ser fiel num tempo de transição da Igreja. São Melquíades, de origem africana, fez parte do Clero Romano até que, em 310, faleceu o Papa Eusébio e ele foi eleito sucessor de São Pedro.

No período de seu governo, Melquíades sofreu com a perseguição aos cristãos pelo Imperador Máximo. Essa perseguição só teve um descanso quando Constantino venceu Máximo na histórica batalha em Roma (312) a qual atribuiu ao Deus dos cristãos. Com isso, surgiu o Edito de Milão, em 313, concedendo a liberdade religiosa; assim, São Melquíades passou do Papa da perseguição para o Papa da liberdade dos cristãos.

Durante os quatro anos de seu Pontificado, as piores ameaças nasceram no interior da Igreja com os hereges. São Melquíades foi grande defensor da Fé, por isso, combateu principalmente o Donatismo, que contestava a legitimação da eleição dos ministros de Deus e fanaticamente se substituía a qualquer autoridade.

Melquíades  aproveitou a liberdade religiosa para organizar as sedes paroquiais em Roma e recuperar os bens da Igrejas perdidos durante a perseguição. São Melquíades através da Eucaristia semeou a unidade da Igreja de Roma com as demais igrejas. Entrou no céu em 314 e foi enterrado na Via Ápia, no cemitério de Calisto. Do Doutor Santo Agostinho, São Melquíades recebeu o seguinte reconhecimento: “Verdadeiro filho da paz, verdadeiro pai dos cristãos”.

São Melquíades, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Não surgiu quem fosse maior… (Mt 11,11-15)

 

            Estamos falando de João Batista, o precursor [em grego, pródromos, isto é, “o que corre na frente”]. E esta avaliação que ele mereceu de Jesus de Nazaré é um elogio notável, pois o coloca acima de todos os patriarcas e profetas da Primeira Aliança.

E qual será a razão deste elogio excepcional? Até onde posso ver, trata-se de sua escolha para ser a “voz imediata” no anúncio do Reino que se avizinhava na pessoa do Messias, Jesus Cristo. Cheio do Espírito Santo desde o ventre materno (Lc 1,44), cumpriria sua missão ao preço da própria vida.

E isto me faz pensar que não temos dada a devida consideração nem o devido valor às pessoas que também assumem a mesma missão: ser uma voz que anuncia o Senhor. Ao mesmo tempo, ajuda a compreender por que os tiranos de todos os quadrantes, de todas as épocas, se apressam a calar as vozes que repetem o Evangelho…

Hoje, no deserto das grandes cidades, somos chamados a assumir missão semelhante à do Batizador. Quem nos fala sobre isso é o Bispo do Saara argelino, Claude Rault:

“Nossa vocação é a de ser como João Batista: traçadores de estradas, humildes caminheiros do Bom Deus! O Batista tem consciência disso: ele abre a estrada para aquele que vem depois dele, ele caminha por um Outro. Isto exige fidelidade, confiança e gratuidade nas relações. Assim se traça um caminho, e outros continuarão a assumi-lo. Invisível, Jesus pisa sobre nossos passos.

João Batista traça um caminho, ele é um caminheiro cujas passadas acabam por nos deixar uma trilha. É a figura que ainda hoje nos inspira. A seu modo, somos chamados a deixar uma esteira na vida deste mundo, como estradeiros infatigáveis. A rota que deixamos atrás de nós será tomada por outros. É isto que fazemos no grande deserto da vida…”

Mas o mesmo profeta nos deixa outra lição: apagar-se, distanciar-se, sair do foco. Quando cercam João Batista, inquirindo-o se seria o Messias esperado, ele não só o nega, mas se põe em segundo plano: “Não sou digno de lhe desamarrar as sandálias”. E arremata o lema que devemos assumir nas missões da Igreja: “Importa que ele (Jesus) cresça, e eu diminua…”

O arauto corre o risco permanente de se confundir com o Rei. Sua missão é apenas tocar a trombeta e perder-se na multidão que espera pelo Senhor.

 

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