09 de Dezembro de 2022

2a Semana do Advento ano A. Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA DA II SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento I – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– O Senhor descerá com esplendor, para visitar o seu povo na paz e fazê-lo viver a vida eterna.

 

Oração do dia

 

– Ó Deus onipotente, dai ao vosso povo esperar vigilante a chegada do vosso Filho, para que, instruídos pelo próprio Salvador, corramos ao seu encontro com nossas lâmpadas acesas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 48 17-19

– Leitura do Livro do profeta Isaías: 17Isto diz o Senhor, o teu libertador, o santo de Israel: “Eu, o Senhor teu Deus, te ensino coisas úteis, te conduzo pelo caminho em que andas. 18Ah, se tivesses observado os meus mandamentos! 19Tua paz teria sido como um rio e tua justiça como as ondas do mar; tua descendência seria como a areia do mar e os filhos do teu ventre como os grãos de areia; este nome não teria desaparecido nem teria sido cancelado de minha presença”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 1, 1-2.3.4.6 (R: Jô 8,12)

 

– Senhor, quem vos seguir terá a luz da vida.
R: Senhor, quem vos seguir terá a luz da vida.

– Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.

R: Senhor, quem vos seguir terá a luz da vida.

– Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.

R: Senhor, quem vos seguir terá a luz da vida.

– Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispensada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.

R: Senhor, quem vos seguir terá a luz da vida.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– O Senhor há de vir, acorrei-lhe ao encontro; é o príncipe da paz.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 11,16-19

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 16“Com quem vou comparar esta geração? São semelhantes a crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: 17‘Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!’ 18Veio João, que nem come e nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’. 19Veio o Filho do Homem, que come e bebe e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’. Mas a sabedoria foi reconhecida com base em suas obras”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Juan Diego Cuauhtlatoatzin

- por Pe. Alexandre

Juan Diego nasceu em 1474 em Cuauhtitlan no México. Antes de ser batizado, tinha o nome de Cuauhtlatoatzin. Recebeu o nome de Juan Diego, pois o hábito dos missionários era dar o nome de “João” a todos os batizados. De origem pobre, Juan pertencia à mais baixa casta do Império Asteca.

Atraído pela doutrina franciscana que chegou ao México em 1524, Juan converteu-se e foi batizado junto com sua esposa. O missionário responsável por sua evangelização foi Frei Toríbio de Benavente.

Juan tinha o costume de realizar um percurso de vinte quilômetros para participar da Santa Missa em Tlatelolco. Tirava proveito das celebrações para aumentar sua instrução religiosa e também para venerar a Virgem Maria. Reconhecido como um homem piedoso e de intensa espiritualidade, era amigo da oração e concentrado na meditação dos mistérios religiosos. Andava descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate, como todos de sua classe social.

Ficou viúvo, em 1529, após a morte de sua esposa, Maria Lúcia, que ficou doente e acabou não suportando. Foi então morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas. No dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, durante uma de suas idas à igreja, em Tepeyac, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe. O local hoje é chamado de “Capela do Cerrinho”, onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: “Joãozinho, João Dieguito”, “o mais humilde de meus filhos”, “meu filho caçula”, “meu queridinho”.

Encarregado pela Virgem Maria, foi pedir ao bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. O bispo não se convenceu, então, ela sugeriu que Juan Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição.

No dia 12 de dezembro de 1531, Juan estava indo à cidade quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, mandou que ele fosse no alto da colina de Tepeyac e colhesse flores para ela. “No píncaro da colina, encontrarás a surpresa de flores desabrochadas. Só tens de as colher e trazê-las aqui. Vai, espero por ti!”. Apesar do frio, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora. Ela pediu que Juan as entregasse ao bispo como prova da aparição. Diante do bispo, Juan Diego abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. O bispo e todos os presentes ajoelharam-se diante deste milagre.

Após o milagre de Guadalupe, Juan foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem. Dedicou o restante de sua vida propagando as aparições de Guadalupe aos seus conterrâneos nativos, que se converteram. Juan Diego faleceu no dia 3 de junho de 1548, aos 74 anos.

Juan Diego foi beatificado em 6 de maio de 1990, pelo Papa João Paulo II, no México. Durante a canonização de Juan Diego, em 31 de julho de 2002, João Paulo II designou a festa litúrgica para o dia 9 de dezembro, dia da primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, e em louvor a São Juan Diego pela sua simples fé nutrida pelo Catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.

São Juan Diego, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

A paz seria como um rio… (Is 48,17-19)

 

Esta passagem do profeta Isaías traz uma lamentação do próprio Deus ao ver que Israel, seu povo de predileção, desperdiça as oportunidades de chegar à paz e à felicidade: “Quem dera tivesses levado a sério as minhas ordens! ”

 

Partimos do princípio de que Deus é bom, inacessível ao mal, inteiramente dedicado a promover o nosso bem. Assim sendo, aquilo que poderia ser visto como simples proibição da parte dele, é, na verdade, um gesto de amor. Por exemplo, o 5º mandamento: “Não matarás! ” E aquilo que poderia ser tomado como mero conselho, é, no fundo, um itinerário de paz. Por exemplo, o 4º mandamento: “Honra teu pai e tua mãe! ”

 

Quando um filho se sente amado, ele se esforça por ser obediente, pois entende que sua atitude é uma resposta amorosa ao amor recebido. Se, ao contrário, não experimenta o amor dos pais, facilmente assumirá uma atitude de rebeldia, vendo nas ordens, conselhos ou admoestações dos pais uma espécie de escravidão.

 

A história de Israel, no Antigo Testamento, é a narrativa de um povo que foi objeto de todas as preferências divinas e, apesar disso, foi repetindo ao longo do tempo uma série de desvios e quebras da Aliança, incluindo a busca de autodeterminação, a idolatria e a corrupção dos costumes.

 

Daí o lamento de Deus, pela boca de Isaías, ao mostrar todos os dons desperdiçados pela desobediência: uma paz sem limites, a descendência numerosa, filhos incontáveis como grãos de areia.

 

Não seria o caso de aplicar a experiência de Israel à nossa própria sociedade, que abre mão dos valores do Evangelho para idolatrar o dinheiro e o lucro, o poder e o sucesso? E, em consequência, vê os pobres explorados, os fracos marginalizados, as crianças transformadas em mão de obra semiescrava?

 

Ou, quem sabe, aplicá-la à nossa experiência pessoal, quando deixamos que nossa mente fosse “catequizada” pelos valores do mundo pagão? Não foi assim que passamos a zombar da virgindade? Não foi assim que começamos a rir dos honestos? Não foi assim que adotamos os métodos e procedimentos “pragmáticos” e utilitaristas, segundo os quais os meios justificam os fins e “é preciso levar vantagem em tudo”, certo?

 

Quando o Evangelho fala de “conversão”, sugere que voltemos a Deus…

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