09 de Fevereiro de 2019
4ª Semana do Tempo Comum - Sábado
- por Padre Alexandre Fernandes
SABADO DA IV SEMANA DO TEMPO COMUM.
(verde, ofício do dia da IV semana)
Antífona da entrada
– Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor
(Sl 105, 47).
Oração do dia
– Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Hb 13,15-17.20-21
– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 15por meio de Jesus, ofereçamos a Deus um perene sacrifício de louvor; isto é, o fruto dos lábios que celebram o seu nome. 16Não vos esqueçais das boas ações e da comunhão, pois estes são os sacrifícios que agradam a Deus. 17Obedecei aos vossos líderes e segui suas orientações, porque eles cuidam de vós como quem há de prestar contas. Que possam fazê-lo com alegria, e não com queixas, que não seriam coisa boa para vós. 20O Deus da paz, que fez subir dentre os mortos aquele que se tornou, pelo sangue de uma aliança eterna, o grande pastor das ovelhas, nosso Senhor Jesus, 21vos torne aptos a todo bem, para fazerdes a sua vontade; que ele realize em nós o que lhe é agradável, por Jesus Cristo, ao qual seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém!
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 23,1-3a.3b-4.5.6 (R: 1)
– O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.
R: O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.
– O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.
R: O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.
– Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!
R: O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.
– Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.
R: O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.
– Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.
R: O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Foi o Senhor que me mandou boas notícias anunciar; ao pobre, a quem está no cativeiro, libertação eu vou proclamar! (Lc 4,18).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 6,30-34.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 30os apóstolos reuniram-se com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e ensinado. 31Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer. 32Então foram sozinhos, de barco, para um lugar deserto e afastado. 33Muitos os viram partir e reconheceram que eram eles. Saindo de todas as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes deles. 34Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São Miguel Febres
- por Padre Alexandre Fernandes
São Miguel Febres, conheceu a vida religiosa e foi dando frutos para o Reino de Deus
Nascido no Equador, em 1854, São Miguel Febres recebeu como nome de batismo Francisco. Nasceu com uma grave deformação física nos pés, mas seus pais amaram, acima de tudo, aquele filho do Senhor. Sua deficiência não o impediu de dar passos concretos para a vontade de Deus.
O santo entrou para a Congregação dos Lassalistas depois de conhecer a vida religiosa e, ali, foi dando frutos para o Reino de Deus. Dotado de muitos dons para lecionar e escrever, pertenceu à Academia de Letras do Equador. Prestou um grande serviço em Quito, no colégio de La Salle coordenando 1200 crianças. Em tudo buscou a vontade de Deus.
Numa pobreza interior muito grande, a infância espiritual foi o seu segredo; colocou-se no lugar do ser humano, que é o coração de Deus. Totalmente dependente d’Ele e amando o próximo, seu nome de batismo era Francisco, mas seu nome religioso era Miguel. Mais do que uma mudança de nome, uma mudança constante de vida.
Como todos os santos, conseguiu corresponder ao belo chamado do Senhor. São Miguel Febres deu o seu testemunho até o último instante. Quando, no Equador, rompeu-se a perseguição aos cristãos e um grande levante anticlerical, por obediência este santo foi para a Europa. Lá, ele pôde lecionar línguas.
Em 1910, ele partiu para a glória. Suas últimas palavras foram: “Jesus, José e Maria, eu vos dou o meu coração e a minha alma”. Palavras essas que bem representam toda uma vida entregue nas mãos de Deus.
Rezemos, pedindo a intercessão desse santo para que a nossa vida seja assim também.
São Miguel Febres, rogai por nós!
FONTE: Canção Nova
Meditação
- por Padre Alexandre Fernandes
Sequer tinham tempo para comer… (Mc 6,30-34)
Foi assim com Jesus: a multidão sedenta de Deus o cercava e comprimia, buscando-o até mesmo no deserto, onde ele se refugiava com os discípulos. Foi assim com os servidores de Deus, como o Santo Cura D’Ars (que passava 14 horas diárias no confessionário, atendendo aos penitentes), como São Serafim de Sarov (escondido no interior da floresta para conseguir algum tempo de oração pessoal) ou como São Pio de Pietrelcina, que ainda recebe anualmente bem mais de um milhão de visitantes, mesmo depois de morto.
Diante da fome espiritual que a turba manifesta, a fome material de Jesus e de seus discípulos acaba em segundo plano. Aliás, também Jesus tem insaciável sede de almas. Foi assim que S. Teresinha do Menino Jesus interpretou seu brado na cruz: “Tenho sede.” E Jesus acaba matando a sua própria fome quando atrai e seduz uma alma para o Pai, tal como no episódio da Samaritana: “Eu tenho um alimento que não conheceis… Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou.” (Cf. Jo 4,32.34)
Na história da Igreja, é incontável a multidão de servos e servas que dedicaram com tal intensidade a sua vida ao rebanho de Jesus, que acabaram se consumindo e deteriorando a própria saúde física. Eles sabiam que o amor tem consequências… E jamais avaliaram que estivessem fazendo algo desproporcional ao amor que haviam experimentado em sua vida pessoal.
Claro, tal comportamento suscita críticas generalizadas. Surgem rótulos de todo tipo: Exagerado! Fanático! Radical! No entanto, se a mesma dedicação ascética se manifesta em um atleta (à espera de uma medalha olímpica) ou em um artista (atravessando o planeta de norte a sul, de palco em palco, muitas vezes mantido de pé a custa de drogas), estes merecem aplauso e admiração. Só o serviço a Deus incomoda… Só Deus não merece tanta dedicação…
Notar que Jesus se deixa alcançar por quem o busca de alma e coração. Não alega prejuízos pessoais para se furtar ao encontro. Quem busca por Ele, acabará por encontrá-lo. Hoje, a multidão ainda procura. E dá pena ver que tantos se matam por um alimento que não sustenta (cf. Is 55,2). Dinheiro e fama, prazeres e anestesias – nada pode matar nossa implacável fome do eterno.
A quem estamos procurando?
Orai sem cessar: “Procurar-me-eis e me haveis de encontrar,
porque de todo o coração me fostes buscar!” (Jr 29,13)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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