09 de fevereiro de 2023

quinta semana tempo comum - Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA DA V SEMANA DO TEMPO COMUM.

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus (Sl 94,6).

 

Oração do dia

 

– Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Gn 2,18-25

 

– Leitura do livro do Gênesis: 18O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele”. 19Então o Senhor Deus formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves do céu, e trouxe-os a Adão para ver como os chamaria; todo o ser vivo teria o nome que Adão lhe desse. 20E Adão deu nome a todos os animais domésticos, a todas as aves do céu e a todos os animais selvagens, mas Adão não encontrou uma auxiliar semelhante a ele. 21Então o Senhor Deus fez cair um sono profundo sobre Adão. Quando este adormeceu, tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com carne. 22Depois, da costela tirada de Adão, o Senhor Deus formou a mulher e conduziu-a a Adão. 23E Adão exclamou: “Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘mulher’ porque foi tirada do homem”. 24Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne. 25Ora, ambos estavam nus, Adão e sua mulher, e não se envergonhavam.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 128,1-2.3.4-5 (R: 1a)

 

– Felizes todos os que respeitam o Senhor.
R: Felizes todos os que respeitam o Senhor.

– Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!

R: Felizes todos os que respeitam o Senhor.

– A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.

R: Felizes todos os que respeitam o Senhor.

– Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.

R: Felizes todos os que respeitam o Senhor.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Acolhei docilmente a Palavra semeada em vós, meus irmãos; ela pode salvar vossas vidas! (Tg 1,21)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 7,24-30

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

– Glória a vós, Senhor!  


Naquele tempo, 24Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido. 25Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. 26A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. 27Jesus disse: “Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”. 28A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”. 29Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. 30Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

 

Santo Irmão Miguel Febres, educador e patrono dos pedagogos

- por Pe. Alexandre

Religioso [1854-1910]

Origens
Francisco foi seu nome de batismo. Alcançou os santos altares como Irmão Miguel, santo missionário, entre a juventude nas escolas. Nasceu no Equador em família nobre e de forte tradição cristã. O pai foi professor universitário; e o avô foi general do exército, venerado como herói nacional.

Saúde física e ação sobrenatural
Em suas pernas, tinha uma deformação de nascença. O garoto começou a andar apenas aos 5 anos. O fato aconteceu diante de uma visão extraordinária: ele e sua mãe viram “Nossa Senhora do Manto Azul” na roseira do jardim, o que impulsionou o garoto Francisco, hoje Irmão Miguel Febres, a dar os primeiros de muitos outros passos que daria.

Chamado à vida religiosa
Miguel foi um dos primeiros alunos do “Colégio dos Irmãos”, como era conhecida a escola conduzida pela Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs no Equador. Logo ele se apaixonou pela vida daqueles irmãos e missionários, sentindo-se chamado para ser um deles. Seus pais eram cristãos, porém, em nenhum momento o apoiavam no seguimento da vocação religiosa, pois ambicionavam uma profissão honrosa para seu filho. O jovem esperou 14 anos para, em 1868, vestir o hábito religioso. A oposição paterna reacendeu-se de forma violenta, não suportando a decisão do filho, cortou totalmente os laços com Miguel.

Frase do santo
“Desde cedo, intui que a educação é tudo para o homem e que a missão de educar é a mais nobre para a humanidade e para a Igreja.”

Doação de seus talentos e habilidades
Dedicou 26 anos de sua vida na missão de educar, e foi o que o santificou. Preferiu-a ao sacerdócio, que lhe ofereciam como sutil tentação. Foi incomparável gramático e filósofo, zeloso catequista, grande escritor e poeta, sobretudo cantando as honras à Mãe Imaculada. Em 1892, foi aclamado por unanimidade como membro da Academia Equatoriana da Língua.

Destaque nos Lassalistas
O primeiro religioso equatoriano da Congregação dos Irmãos de La Salle ou Irmãos Lassalistas, em 1907, trabalhou arduamente em textos escolares, que dariam subsídios para toda a Congregação. Além do Equador, viveu e trabalhou em Paris (França), na Bélgica e em Premiá de Mar (Espanha).

Última frase
Em 1910, ele parte para a glória, santa e serenamente, rodeado por seus Irmãos. Suas últimas palavras foram: “Jesus, José e Maria, eu vos dou o meu coração e a minha alma”.

A “Congregação do Santo” no Brasil
A presença Lassalista no Brasil iniciou em 1907. As unidades educativas e de assistência social em que os Irmãos atuam estão presentes em nove estados brasileiros e no Distrito Federal, atendendo a mais de 47 mil alunos com o trabalho de mais de 5 mil educadores.

Oração 
“Ó Deus onipotente e eterno, que em São Miguel Febres Cordeiro, deste à tua Igreja um ilustre educador de crianças, concede-nos que, imitando a sua dedicação exemplar, saibamos acompanhar com bondade os jovens para os dirigir a ti.”

A minha oração
“Senhor Jesus, são tantos os profissionais que doam-se por uma humanidade melhor, em especial os educadores, professores e pedagogos. Senhor, muitos deles são desprezados e desvalorizados. Te peço, por intercessão de Santo Irmão Miguel Febres, que guarde para cada um desses, as glórias da vida eterna. Amém.”

São Miguel Febres, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

A mulher não era judia… (Mc 7,24-30)

 

Para um judeu do tempo de Jesus, os estrangeiros mereciam o nome de “cães”. O costume de comer carne de porco e o fato de não adotarem a circuncisão faziam dos não judeus uma gente execrável.

 

Exemplo desta aversão transparece em dois versículos do Eclesiástico: “Há duas nações que minha alma detesta e uma terceira que nem sequer é nação: os habitantes da montanha de Seir, os filisteus, e o povo estúpido que habita em Siquém”. (Eclo 50,25-26) Ora, o território dos antigos filisteus incluía, no litoral do Mediterrâneo, as cidades de Tiro e Sidônia.

 

É desta região “maldita” que sai a mulher que o Evangelho de Marcos chama de “siro-fenícia”. Sua aproximação de Jesus, o mestre judeu, já famoso pelas curas e milagres, parece de início pô-lo em prova: também os estrangeiros merecem atenção? Ou seria apenas uma reação do redator judeu, ele mesmo ainda surpreso com a impensável ampliação dos horizontes da salvação?

 

Afinal, o evangelista Marcos era exatamente o secretário de Pedro/Kefas, o mesmo apóstolo que precisou passar por uma revisão de conceitos em relação aos não judeus, como se lê em Atos 10,10, onde a visão da toalha com cobras e lagartos foi acompanhada da ordem divina: “Não chames de impuro o que Deus purificou”.

 

Cães… répteis… a mulher estrangeira… Termos pejorativos. Mas nada será obstáculo para que o pão dos filhos – a mensagem de salvação revelada a Israel, povo escolhido – venha a cair debaixo da mesa, ainda que na forma de simples migalhas, para os “cachorrinhos” [no texto grego, “kynariois”, ou seja, filhotes]. O pão não era só para os “filhos”, mas também para os “filhotes”.

 

Jean Valette comenta: “Tal como o centurião de Cafarnaum, esse outro pagão que acreditara que não há fronteiras para o poder de Deus, a mulher siro-fenícia acredita que não limites para sua bondade. E ela acaba por descobrir aquilo que Paulo empenhará todos os recursos para demonstrar: é que não existem barreiras raciais, históricas, religiosas, doutrinárias ou legais para o amor divino, que isto não é possível sob pena de Deus não ser Deus”.

 

Deus é amor (1Jo 4,16b). O amor não tem fronteiras. Ninguém está excluído da irradiação desse amor que jorra em torrentes do coração aberto pela lança do centurião, na rocha do Calvário. Os filhotes terão o seu pão…

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