09 de Janeiro de 2019

Quarta-feira depois da Epifania

- por Padre Alexandre Fernandes

Antífona da entrada

 

– O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu (Is 9, 2).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, luz de todas as nações, concedei aos povos da terra viver em perene paz e fazei resplandecer em nossos corações aquela luz admirável que vimos despontar no povo da antiga aliança. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1 Jo 4, 11-18

 

– Leitura da primeira carta de são João – 11Caríssimos:  se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros. 12Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado em nós. 13A prova de que permanecemos com ele, e ele conosco, é que ele nos deu o seu Espírito. 14E nós vimos e damos testemunho, que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo. 15Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece com ele, e ele com Deus. 16E nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco, e acreditamos nele. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com ele. 17Nisto se realiza plenamente o seu amor para conosco: em nós termos plena confiança no dia do julgamento, porque, tal como Jesus, nós somos neste mundo. 18No amor não há temor. Ao contrário, o perfeito amor lança fora o temor, pois o temor implica castigo, e aquele que teme não chegou à perfeição do amor.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 72, 1-2.10-11.12-13 (R: 11)

 

– As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

– Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.

R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

 

– Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhe seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo e de todas as nações hão de servi-lo.

R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

– Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.

R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 – Louvai o Senhor Jesus, todos os povos, aceito pela fé no mundo inteiro!

(1 Tm 3,16).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc: 6,45-52.

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

– Glória a vós, Senhor!  

– Depois de saciar os cinco mil homens, 45Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 46Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para rezar. 47Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. 48Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, pelas três da madrugada, Jesus foi até eles andando sobre as águas, e queria passar na frente deles. 49Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. 50Com efeito, todos o tinham visto e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: “Coragem, sou eu! Não tenhais medo!” 51Então subiu com eles na barca, e o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, 52porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

 

Santo André Corsini

- por Padre Alexandre Fernandes

Santo André Corsini, passou humilhação, mas sempre centrado em Cristo

Nasceu no século XIV, dentro de uma família muito conhecida em Florença: a família Corsini. Nasceu no ano de 1302. Seus pais, Nicolau e Peregrina não podiam ter filhos, mas não desistiam, estavam sempre rezando nesta intenção até que veio esta graça e tiveram um filho. O nome: André.

Os pais fizeram de tudo para bem formá-lo. Com apenas 15 anos, ele dava tanto trabalho e decepções para seus pais que sua mãe chegou a desabafar: “Filho, você é, de fato, aquele lobo que eu sonhava”. Ele ficou assustado, não imaginava o quanto os caminhos errados e a vida de pecado que ele estava levando, ainda tão cedo, decepcionava tanto e feria a sua mãe. Mas a mãe completou o sonho: “Este lobo entrava numa igreja e se transformava em cordeiro”. André guardou aquilo no coração e, sem a mãe saber, no outro dia, ele entrou numa igreja. Aos pés de uma imagem de Nossa Senhora ele orava, orava e a graça aconteceu. Ele retomou seus valores, começou uma caminhada de conversão e falou para o provincial carmelita que queria entrar para a vida religiosa. Não se sabe, ao certo, se foi imediatamente ou fez um caminho vocacional, o fato é que entrou para a vida religiosa na obediência às regras, na vida de oração e penitência. Ele foi crescendo nessa liberdade, que é dom de Deus para o ser humano.

Santo André ia se colocando a serviço dos doentes, dos pobres, nos trabalhos tão simples como os da cozinha. Ele também saía para mendigar para as necessidades de sua comunidade. Passou humilhação, mas sempre centrado em Cristo.

Os santos foram e continuam a ser pessoas que comunicaram Cristo para o mundo. Mas Deus tinha mais para André. Ele ordenou-se padre e como tal continuava nesse testemunho de Cristo até que Nosso Senhor o escolheu para Bispo de Fiesoli. De início, ele não aceitou e fugiu para a Cartuxa de Florença e ficou escondido; ao ponto de as pessoas não saberem onde ele estava e escolher um outro para ser bispo, pela necessidade. Mas um anjo, uma criança apareceu no meio do povo indicando onde ele estava escondido. Apareceu também uma outra criança para ele dizendo-lhe que ele não devia temer, porque Deus estaria com ele e a Virgem Maria estaria presente em todos os momentos. Foi por essa confiança no amor de Deus que ele assumiu o episcopado e foi um santo bispo. Até que em 1373, no dia de Natal, Nossa Senhora apareceu para ele dizendo do seu falecimento que estava próximo. No dia da Epifania do Senhor, ele entrou para o céu.

Santo André Corsini, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Não tenham medo! (Mc 6,45-52)

 

            É lamentável a nossa tendência a minimizar os sinais messiânicos do Evangelho. Com pouco esforço, mudamos milagre em folclore. Mais um jeitinho, e pintamos o maravilhoso de pitoresco. Azar o nosso!

 

            No Evangelho de hoje, Jesus caminha sobre as águas em plena tempestade. Mais um sinal, entre tantos, de que sua presença entre nós faz uma reviravolta radical na história da humanidade. Comenta Jean Valette:

 

            “Ao pacificar a tempestade e caminhar sobre o mar, Jesus anuncia o mesmo Evangelho do Reino que ao expulsar o demônio na sinagoga de Cafarnaum, ao curar o paralítico na casa de Simão, ao partilhar a refeição em casa de Mateus e ao permitir que seus discípulos debulhem espigas com as mãos em dia de sábado. É isto que os Doze eram chamados a compreender e crer. Na verdade, toda a vida de Jesus é uma caminhada sobre o mar!”

 

            Sim, estamos diante de uma reviravolta inesperada: a chegada do Messias deixa superadas todas as realidades humanas, até mesmo as leis da física, quando água se torna vinho, pães se multiplicam e a lepra é curada por um toque das mãos. Estamos diante de uma nova Criação.

 

            Entretanto, este mundo novo é inseparável da pessoa de Jesus e de sua entrada em nossas vidas. Sem ele, permaneceremos na velha medida, escravos do medo, vítimas do acaso, marionetes dos astros. É para nos libertar que o Senhor nos exorta: “Não tenham medo!”

 

            Jean Valette prossegue: “Não tenham medo! Existe seguramente um elemento de ignorância e de superstição nesse temor, que nos faz confundir Deus com o indeterminado, o fantasmático e todas as possibilidades ameaçadoras que nos parecem agitar-se nos espaços do desconhecido e do futuro. Mas, sem dúvida, é preciso ver mais profundamente. Este temor é também a expressão de uma justa apreciação do mistério e da santidade de Deus. O temor que nos sobrevém da ação divina é aquele dos caminhos abertos para uma liberdade que desperta em nós a vertigem da diversidade dos possíveis e a necessidade de correr o risco da obediência e das escolhas ligadas à fé”.

 

            Ah! A fé… Esta virtude misteriosa que nos ensina a caminhar sobre as ondas, fazer frente às vagas do oceano, dar o passo tantas vezes adiado. No escuro da noite, Jesus estende os braços e nos assegura: “Não tenham medo! Sou eu!”

 

Orai sem cessar: “Não temerei mal algum, pois estás comigo!” (Sl 23,2)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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